Fanfic: Êxtase Adp. *AyA*Ponny*

Anahí engoliu em seco. Uma fome inesperada e aguda se remexeu dentro dela. Tinha de reconhecer, aquele homem era uma fantasia sexual em carne e osso.

Droga. Tinha de parar de olhar para ele daquele jeito.

Mas seu jeito relaxado e sua expressão sonolenta a fizeram prestar atenção na cama desfeita à direita. Ela não podia deixá-lo sem troco. Não podia deixá-lo ganhar vantagem.

— E se eu tirar o blazer e abrir o botão superior da blusa?

— Não basta.

— Por que não?

— Você faz perguntas demais.

— E você faz exigências demais.

— Bem, se quiser que eu rasgue o contrato... — ele deu de ombros.

Chantagista.

— Não, não. Eu vou me trocar.

— Vista algo casual, charmoso, feminino.

— Não tenho nada do tipo. Só tenho roupas de trabalho

— Sem roupas casuais, sem trabalho.

— Quem sabe se eu também me enrolar em uma toalha? Seria casual o bastante para você, Lorde dos Video games?

— Agora é você quem está brincando comigo.

— Não é assim que você gosta?

— Princesa, e como gosto. Mas se você ficar me tentando, vai descobrir do que eu gosto do modo mais duro.

Anahí percebeu, para sua perplexidade, que ele estava certo. Ela o estava tentando para ver até onde ele iria com este jogo. Ele reagira ao desafio inconsciente que ela estava fazendo com uma ousadia muito bem calculada.

Ela balançou a cabeça. O que estava acontecendo com ela? Devia ser todo aquele ar fresco que estava obstruindo seu cérebro.

Acordara naquela manhã com uma firme decisão. Faria o que fosse preciso para realizar este projeto o mais rápido possível. Se vestira com o propósito expresso de manter as coisas em termos estritamente profissionais e agora Alfonso vinha sabotar seus planos. E o pior é que ela mesma provocara parte em sua ruína.

Ele a estava observando, esperando para ver o que ela faria. Seus olhos brilhavam de expectativa e ela de repente percebeu que aquele homem ultrajante a estava imaginando nua.

— Pare com isso!

— Parar com o quê?

— De ficar imaginando como eu ficaria enrolada em uma toalha.

—Ah, minha linda, na minha imaginação você não esta enrolada em toalha nenhuma.

Ela sentiu um calor lhe subir ao rosto e abaixou a cabeça.

Calma. Ela tinha de permanecer calma. Não podia, em hipótese alguma, dar a entender o quanto ele mexia com ela A questão principal era fazer o projeto andar. Se calças jeans e uma blusinha eram o que ele queria, tudo bem.

— Quanto às roupas — disse ele lendo sua mente de modo irritantemente preciso — você vai precisar pegar algumas emprestadas com Jenny, e depois vamos a Nova Orleans e compramos algo.

-Ok.

Por um momento, ele pareceu surpreso por ela concordar tão facilmente. Será que ele estava decepcionado ou aliviado com isso?

Ela se dirigiu à porta e então percebeu que Alfonso estava bloqueando a saída. Para sair do quarto ela teria que contorná-lo.

— Para acelerar as coisas — disse ela, limpando a garganta e fazendo questão de não olhá-lo nos olhos —, Vou trazer seu café-da-manhã. Agora vá tomar banho que eu já volto.

Na dúvida, ataque. O general a ensinara isto tempos atrás.

— Quando eu disse que precisava que você fosse meu capataz, não queria dizer tão literalmente assim.

— Não?

— O processo criativo não pode ser apressado nem forçado. Tem de ser cultivado, seduzido, convidado.

— Ok, Ok, Sr. preguiçoso. Como quiser. — Anahí pôs a mão na maçaneta. — Já entendi.

Ele a segurou pelo pulso, e o calor de seus dedos acendeu cada tendão, cada ligamento, cada fibra nervosa de Anahí.

— Acho que não entendeu, não.