Fanfic: Êxtase Adp. *AyA*Ponny*

Ele pegou a cadeira da escrivaninha, levou para perto, cama e sentou-se nela. Pegou o tornozelo direito de Anahí com dedos quentes.

— Ei, o que está fazendo? — Ela dobrou o joelho.

— Ajudando você a relaxar. Dê-me o pé.

Ela deu-lhe o pé de má vontade.

Odiava se encontrar em uma posição submissa, mas não tinha escolha. Se quisesse que ele trabalhasse no projeto teria que aceitar suas estipulações. Se ela perdesse o projeto Baxter & Jackson, perderia não só a promoção como também corria sério risco de perder o emprego. Aquilo bastava para que ela ficasse apavorada e fizesse qualquer coisa que Alfonso mandasse.

Ele tirou os sapatos dela e os pôs no chão, um de cada vez. Então passou o óleo na mão e começou a massagear seu pé direito.

Ela respirou fundo. Não fazia idéia de como uma massagem nos pés podia ser deliciosa.

— Gosta?

Anahí soltou um gemido de prazer, quase um uivo, foi o único som que conseguiu fazer. Perdera a voz e a capacidade de coordenar os pensamentos. Sua mente se recusava a se concentrar em qualquer coisa, a não ser nas mãos de Alfonso massageando seu pé.

Ele fez movimentos circulares e pressionou. Ela gemeu baixinho.

— Dói?

Ela fez que sim.

— Mas é bom ou ruim?

— B-bom — ela gaguejou.

Ele murmurou — Relaxe com a massagem, deixe fluir, fique à vontade.

A despeito de suas melhores intenções de resistir ao empenho de Alfonso em fazê-la perder a rigidez, Anahí sentiu que estava quase derretendo sobre os travesseiros.

— Isso, isso — ele repetiu vagarosa e sonolentamente como quem tenta pôr uma criança hiperativa para dormir — Feche os olhos.

Todos os sentidos de Anahí tinham sido despertados

— Agora sim, podemos falar de trabalho — disse ele

— Hummm — ela murmurou levemente, com a mente amortalhada por uma névoa de bem-estar. — Trabalho

— Diga, Anahí, quais são suas fantasias secretas?

— Como é? O que você disse?

— O que a excita?

Ela se levantou e o encarou.

— Ei, isso é algo muito pessoal, não acha?

— A idéia deste video game é entrar no âmbito pessoal. Preciso de uma perspectiva feminina. Para este projeto funcionar com os pacientes de Baxter & Jackson, é preciso desenvolver algo que tenha como ponto de partido fantasias reais. Por isso precisamos conversar sobre nossas fantasias.

Anahí achou que ficaria feliz quando começassem a efetivamente trabalhar. Pois se enganara. Estava tudo, menos contente. Sentia-se desgastada, irritada. Onde fora se meter?

— Não perco muito tempo com fantasias sexuais — disse ela, afinal. — Sou uma pessoa ocupada.

— Que pena.

— O que quer dizer?

-—As fantasias são o tempero da vida. Sei que você tem alguma. Vamos vasculhar bem.

— Melhor não.

— Você gosta de se enganar.

— Do que está falando? — Ela abriu os olhos e tentou tirar o pé das mãos dele, mas ele segurou com força.

— Você sabe. Do contrário não estaria tão apavorada. Tem medo de que eu vá descobrir algo sobre você, Anahí?

— Não tenho medo de você.

— Você tem medo daquilo que vou revelar.