Fanfic: Êxtase Adp. *AyA*Ponny*

— Quando foi para a cama com alguém pela última vez? — Remy Herrera perguntou a seu meio-irmão mais velho e sócio, o silencioso Alfonso.

Remy estava limpando o bar com um pano de prato e enchendo os potinhos das mesas com amendoim fresco, antes do happy hour. A porta da frente se abriu, mostrando alguns turistas passeando pela cidade. Dentro de poucas semanas todo o French Quarter estaria tomado pela multidão que vinha para o Mardi Gras.

Mas naquela tarde o pequeno bar e restaurante na Bourbon Street estava vazio, a não ser pelos dois irmãos e Leroy Champlain, um músico de jazz cego que cochilava na mesa Jogo atrás, aproveitando o sol que entrava pela janela limpíssima. Seu meticuloso irmão mantinha o lugar mais limpo que uma sala de cirurgia, o que era um feito e tanto levando em conta as instalações centenárias.

Alfonso se equilibrou sobre as pernas traseiras da cadeira de bambu, abaixou o boné de brim e tomou um gole de cerveja de modo displicente.

— Não é da sua conta.

— Estava pensando que uma bela mulher talvez possa lhe despertar desta apatia.

— Bem, então pode parar de pensar.

— Fico preocupado com você, Alfonso. Fica aí sem nada para fazer.

— Não estou apático, e com certeza não estou sem fazer nada.

— Então o que você está fazendo?

— Avaliando minhas opções.

— Bobagem. Você não tem nada para ocupar a mente. Enquanto estou no bar e Jenny cuida da pousada, você fica com tempo ocioso demais.

— Avaliações sérias levam tempo.

— Espero que seu futuro seja o objeto desta séria avaliação. Já faz mais de dezoito meses que você se separou de Angeline.

— Eu não me separei de Angeline. Foi ela quem se separou de mim.

— Porque você não quis pedi-la em casamento.

— Nenhum homem gosta de ser pressionado.

— Mas vocês ficaram juntos por cinco anos. Não a culpo por querer firmar um compromisso.

— Não foi por medo de compromisso que eu não quis casar com ela e você sabe disso muito bem. Angeline e eu simplesmente não fomos feitos um para o outro.

— Você levou cinco anos para perceber isto?

— Nós tivemos nossos bons momentos.

— Ela nunca superou sua partida de Manhattan.

— Não. — Alfonso deu outro gole. Ela estava enrolando com a garrafa a tarde toda e a cerveja já estava quente. — Ela não entende nada de concatenação.

Remy balançou a cabeça.

— Você e esse negócio de concatenação.

— Se você tivesse tido a infância que eu tive entenderia o porquê disso.

— OK, entendi o recado.

Um longo silêncio amigável se fez, pontuado apenas pelo ruído de Remy esfregando o pano de prato no bar e pelos roncos de Leroy.

— Você tem saudades? - o irmão perguntou alguns minutos depois.

— Saudades do quê?

— Você sabe.

— De Manhattan?

— De produzir video games.

— Eu ainda produzo video games.

— Não profissionalmente. Você não cobra por isso. Criar brinquedos computadorizados para meus filhos não conta.

— Cobrar é apenas um eufemismo para se vender.

— Agora você falou como um verdadeiro milionário.

— Não comece. — Alfonso levantou o dedo. A única questão mal resolvida entre os dois irmãos era a mãe de Alfonso.

Francesca Gregoretti Herrera MacTavish Girbaldi nascera em berço de ouro e tinha pendor para o drama.

Era capaz de traçar sua árvore genealógica até Cristóvão Colombo e viveu a vida fazendo de tudo que achava ter direito.

Ela conheceu o pai de Alfonso aos dezesseis anos quando estava nos Estados Unidos para trabalhar como modelo. Encantou-se pelo charme de Charles Herrera, que por sua vez ficou de quatro com a beleza de Francesca, sem saber que se tratava da herdeira de uma das maiores fortunas da Europa. Quando Francesca engravidou de Alfonso, Charles foi correto e casou com ela em frente a um juiz de paz da prefeitura, o que despertou a ira do poderoso clã dos Gregoretti.

E preparou o campo de batalha no qual se transformaria a infância de Alfonso.

Ele passou por tudo isto com a mãe. Divórcio, crises familiares, divórcio, numerosos amantes, mais divórcio. Mas o que mais o magoou foram os prolongados períodos de afastamento do pai e dos meio-irmãos.

Os pequenos dramas de Francesca se desenrolavam em opulentos cenários ao redor do mundo. Um chalé nos Alpes Suíços. Uma villa na Itália. Um castelo na Escócia. Em um avião supersônico. No iate de um magnata grego. Viajando no Expresso do Oriente.

Das luzes de Las Vegas ao burburinho de Nova York, passando pela populosa Hong Kong, ele ia para cima e para baixo acompanhando o furacão Francesca que deixava um rastro de massacre por onde passava.

O que Alfonso mais queria era passar a vida na preciosa e antiga residência de campo da família em Nova Orleans com Jenny e Remy e sua doce madrasta, Camille.

Mas a mimada Francesca, cheia de vontades, gostava demais de tê-lo como elemento de barganha para abrir mão do menino.

Alfonso balançou a cabeça. Não gostava de ficar pensado no passado.

— Você precisa de um propósito na vida. — Remy jogou o pano de prato sobre o ombro e se sentou em uma cadeira em frente a ele. — Você está à deriva.

— Estou esperando.

— Pelo quê?

Alfonso deu de ombros.

— Vou saber quando chegar.

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Preparados pro encontro ponny? :3

Bellaherrera: EEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE MINHA DIVA CHEGOU U.U <3 Ja amando? *-----* Own fico mtooooooooo feliz :3 Encontro ponny prox. cap. <3