Fanfic: Behind Green Eyes

Foi numa segunda-feira de Julho que meu despertador, mais uma vez, não cumpriu sua função. Já era 8:00 quando eu acordei, ou seja, só ia dar tempo de eu chegar na segunda aula, levantei correndo e coloquei a primeira roupa que vi, demorei cerca de uns cinco minutos para desembaraçar a merda do meu cabelo. Vou me descrever para vocês, sou o tipo de garota que se tivesse bolas ao invés de uma vagina, todos babariam nelas. Sou ruiva, olhos verdes , não, não tenho uma barriguinha trincada, mas da pra disfarçar e parecer que sim, tenho alguns riscos no meu bumbum também, oque costumam chamar de estrias, e também da pra fazer uma psicina com as celulites das minhas coxas, que ao menos são grandes, assim como meus peitos, acho que é por isso que a maioria das pessoas costumam a me achar linda, maravilhosa e bla bla bla... Mas eles não gostariam de ser como eu.

Sai correndo e vi minha mãe deitada no sofa, com alguma bebida barata na mão, tentei ignorar, mas é meio dificil quando se trata da sua mãe. Bem no meio do caminho acabei desistindo de ir pra escola, indo matar aula no que costumava a ser um parque, se eu não me engano, quase ninguém vai lá porque uma menina foi estuprada e até hoje não acharam quem foi, não culpo o cara, a menina é muito gostosa e provocante, até eu estupraria ela. E gente, vou contar um segredo para vocês, eu fumo maconha, vocês não tem noção do quanto é bom esquecer de tudo. Esquecer de que quando você chegar em casa nem almoço vai ter, que sua mãe provavelmente vai estar mais louca que o Batman e vai querer te bater por motivos que nem ela deve saber, esquecer que seu pai morreu e que se ele estivesse aqui tudo estaria bem e eu seria uma garota normal.

Vou sempre nesse parque abandonado, lá eu posso fumar, matar aula, e até mesmo ler um livro. Hoje eu fui lá para mim fumar, ficar falando sozinha e rindo do ar por horas.

O efeito e eu decidi ler um pouco, quando fui ver já eram 15:00 e eu decidi que já era hora de eu voltar para casa, guardei minhas coisas e fui caminhando, eu estava olhando para baixo e me esbarrei em alguém

- Oh, desculpa -Eu disse e olhei para cima, e vi um rosto que eu já conhecia muito bem, era o James. Ahh... O James...

- Matando aula de novo? - ele disse, olhando em meus olhos – você não tem jeito mesmo, né?

- É... Pois é, desanimei para ir para a escola hoje, perdi algo? - Perguntei. James mechia comigo ainda, confesso. Nos eramos mais do que amigos antes dele começar a namorar com a Iris, que costumava ser minha melhor amiga até a mãe dela proibir ela de sair comigo. Mas o James... Porra, eu não gostava dele, foda-se o amor. Eu desejava ele, sentia tesão por ele. As vezes no silencio da noite eu imagino ele me comendo, mas a gente nunca transou nem nada, até porque eu sou virgem, mas a gente se catava sempre que dava, e nossa eu ficava excitada só com o beijo dele, ele tinha uma pegada que homem nunhum tinha, mas ai ele começou a namorar e acabou com toda nossa brincadeira. Mas no meu pescoço ainda tinha marcas dos chupoes dele.

- Não, a mesma droga de sempre. -Ele disse, interrompendo meus pensamentos – E você não vai acreditar... A gente conseguiu um lugar para tocar! -Sim, para ajudar ele tinha uma banda e era o guitarrista, dedos rapidos e tal.

- Serio? -tentei demonstrar interesse – E onde vocês vão tocar? E quando?

- Hoje, no Johnny`s bar -Johnny`s bar é o lugar mais “viagem” da cidade – você vai, né?

- Ah, sim, claro, que horas?

- 8:00, quer que eu te busque? -achei convite tentador, confesso

- Hmm... Não precisa, obrigada. Bom, acho que eu vou indo, preciso ir para casa, até mais.

- Até mais, e se você não for, não vou te perdoar – ele disse, sorrindo e me dando um beijo de leve no rosto, como é ruim beijo no rosto de quem você já conhece a boca.

Quando deu 7:30 eu já estava pronta, coloquei uma saia, uma meia rastão e uma camiseta do metallica e fui, não era tão longe daqui então não demorei muito para chegar. O bar estava cheio, e provavelmente eles iriam tocar no porão, fui descendo as escadas e vi os meninos se arrumando para começar a tocar, poxa, que orgulho, lembro de quando a gente ficava na garagem da casa da Iris tocando até de madrugada, era um tempo tão bom.

Eles começaram tocando The Game – Motohead e disseram que foi dedicada para mim, poxa, fiquei até com vergonha.

Depois que eles terminaram de tocar a gente foi beber, eu até contaria para vocês como foi, se eu me lembrasse, a ultima coisa que eu me lembro é que eu tava sentada na mesa de sinuca tentando tirar minha camiseta, e o James me segurando.

Acordei com uma puta dor de cabeça, não reconheci o lugar que eu estava, levantei e examinei o lugar. Me lembrei, estava na casa do James, fazia sentido porque ele estava ali, deitado dormindo no chão e eu na cama dele. Dei um chute em suas costas e ele acordou assustado.

- Como eu vim parar aqui? -perguntei, dando um sorrisinho de leve, será que a gente transou e eu não lembro?

- Você deu pt, dai eu te trouxe para cá – ele disse, sorrindo de lado

- Faz sentido...

- De nada.

- Ah, obrigada. -Eu disse, procurando meus sapatos e a minha roupa, porque eu me lembro que eu não estava só com uma camiseta gigante do Pink Floyd, e sim de saia e meia calça... - Bom, eu acho que eu tenho que ir, gosto de pensar que minha mãe pode estar preocupada.

- Ahh... Você sabe que não precisa ir. - ele disse, dando um sorriso meigo e safado – Por que não fica? Pra gente brincar um pouco? -”brincar” era o termo que nos usavamos para dar uns pega.

Continua...