Fanfic: Jogo de Sedução(DyU)[1ª/2ª temporada]*adaptada*

Dulce respirou fundo, decidida a não discutir até que a situação se acalmasse.

Não
lhe ocorreu, ao deixar Londres e voltar para casa, que seria recebida como a
grande culpada por tudo. Poncho fazia-se de mártir, deixando que ela arcasse com
a res­ponsabilidade do rompimento.

-
Dá um tempo, mãe. - Any apareceu na porta da cozinha com um sorriso
radiante. - Pelo menos os convites ainda não haviam sido enviados.

Dulce saiu para o quintal.

-
Parece que o sangue não nega... - a voz estridente da tia foi ouvida através da
janela.

Afastando-se,
Dulce começou a retirar as roupas secas do varal. O pesadelo parecia não ter
fim. Anahí chegara de Londres há uma hora, confiante em que a prima não
ousaria revelar a verdade.

Os
tios estavam arrasados, acreditando que Dulce traíra Poncho com um ricaço que,
aparentemente, a abandonara. Era o único consolo da tia. Janice Dalton achava
justo que um comportamento errado recebesse um castigo adequado.

Ao
pensar em Ucker, ela tremeu de desejo e ficou ainda mais confusa. Fizera bem em
sair de Londres. Não podia enfrentar Ucker Rossini. Ele só a desejara porque
ficara desconcertado ao descobrir uma mulher indiferente a seu charme. Nem de
longe imaginava que o desejo que Dulce nutria por ele era real e poderoso.

Ela
ainda estava aturdida com o estrago que um ho­mem podia provocar na vida de uma
mulher. Tudo o que acreditava saber sobre si mesma fora pelos ares, do modo
mais inusitado possível, em apenas vinte quatro horas! - Eu sabia que você não
diria nada...

Ao
ouvir a voz, Dulce virou a cabeça e deparou com Any, parada a pouca
distância.

-
Fiquei calada porque a verdade não acrescentaria nada, a não ser mais desgosto
para todos.

- Poncho não quer falar comigo. Acha que eu lhe dei o telefonema.

-
É claro que você deu!

-
Não dei! - a prima gritou, furiosa. - Alguém, que sabia sobre nós dois, não
achou nada melhor para fazer do que nos meter nessa enrascada. Talvez alguém
que trabalhe com ele nos tenha visto juntos... Não sei, mas não fui eu que liguei
para você.

Para
Dulce, não tinha a menor importância quem fora o autor da chamada. Sorriu ao
notar a atitude de defesa da prima. Culpada de ter dormido com seu noivo, mas
inocente no telefonema.