Fanfic: Jogo de Sedução(DyU)[1ª/2ª temporada]*adaptada*

encantada
com o desenho dos papéis nas paredes e com as elaboradas pinturas no teto.

A
cozinha era enorme. Panelas de cobre estavam pen­duradas em toda a extensão do
fogão. No centro do apo­sento havia uma mesa retangular de madeira maciça,
ladeada por dois bancos. Uma luz suave penetrava atra­vés dos vidros, trazendo
calor e aconchego.

Um
rato correu na frente de Dulce, mas ela nem notou. Fascinada, subiu a escada de
carvalho, percorrendo com os dedos, aqui e ali, detalhes do entalhe delicado.
Nem uma só palavra passou por seus lábios. Concentrou-se em fazer um julgamento
racional. - É uma casa muito grande.

-
Você acha? Para mim é modesta demais - Ucker admitiu com suavidade.

Dulce olhou pela janela de um dos quartos e sorriu. - Há um jardim de topiaria lá
embaixo. Veja, apesar da falta de poda, ainda é possível perceber as formas
esculpidas. Aposto que daquele outro lado existia uma horta.

-
Esta casa demandaria uma boa reforma. Dulce virou a cabeça.

-
Você não desistiria do imóvel por esse motivo, não é?

-
Confesso que preferiria compra-la depois de reformada. Ela pensou na imaculada
casa de Ucker em Londres. Lembrou a decoração fria e contemporânea dos poucos
cômodos que pudera observar e concordou com um aceno de cabeça.

-
Sabe que posso visualizar esta construção como um... lar? - ucker saboreou as
palavras de modo sedutor. - Eu também...

-
Case comigo e transforme isto em...

Incrédula,
Dulce ficou imóvel, os olhos arregalados. - 0 que disse?

-
Eu quero uma esposa e filhos. - Ucker escolheu as palavras com calma. - Também
quero você. Parece que, neste momento de nossas vidas, nós dois desejamos as
mesmas coisas. Por que não as procuramos juntos?

Dulce passou a língua nos lábios subitamente resseca­dos. Enfrentou o olhar de Ucker,
sentindo os nervos vibrar. Tremeu, consciente da imediata reação de seu corpo,
so­bre a qual perdera o controle. Viu-o aproximar-se.

-
Nós dois temos o fogo da paixão, sem o qual um casamento de conveniência não
sobrevive. Você me quer, bella mia... Não tenha vergonha de admitir.

-
Não acredito que você queira se casar!

-
Estou com trinta e quatro anos, Dulce. Confesso que, durante esse tempo todo,
aproveitei muito bem minha liberdade. Mas não são apenas as mulheres que têm ne­cessidade
de se estabelecer com um parceiro.

-
Eu sei, mas...