Fanfic: Belo Desastre (Adaptada) MyC | Tema: Chaverroni romance

—Eles teriam ficado com o seu dinheiro! — ele disse.

— E eu não teria perdido um segundo de sono por causa disso — disse Taylor.

Thomas me encarava em silêncio do canto da sala.

—Por que você fica encarando a minha garota, Tommy?

—Qual é mesmo o sobrenome dela? — Thomas quis saber.

Alternei meu peso entre uma perna e outra, nervosa. Minha mente buscava freneticamente algo espirituoso ou sarcástico para dizer a fim de fugir da pergunta. Em vez disso, fiquei mexendo nas unhas, me xingando em silêncio. Eu devia saber que não valia a pena ganhar todas aquelas mãos seguidas. Thomas tinha sacado. Eu podia ver nos olhos dele.

Percebendo minha inquietação, Christian se virou para o irmão e colocou o braço em volta da minha cintura.

Eu não sabia ao certo se ele estava me protegendo ou se preparando para o que o irmão ia dizer.

Christian se mexia, visivelmente incomodado com a pergunta.

— É Perroni. O que você tem com isso?

— Posso entender por que você não ligou os pontos antes, Chris, mas agora não tem mais desculpa — disse Thomas, com um ar presunçoso.

— De que merda você está falando? — Christian quis saber.

— Por acaso você é parente do Mick Perroni? — Thomas me perguntou.

Todas as cabeças se viraram na minha direção, e mexi no cabelo, nervosa.

— Como você conhece o Mick?

Christian entortou a cabeça para me olhar nos olhos.

— Ele é só um dos melhores jogadores de pôquer que já existiram. Você conhece?

Eu me encolhi, sabendo que não tinha mais saída a não ser dizer a verdade.

— Ele é meu pai.

A sala inteira explodiu.

— NÃO ACREDITO!

— EU SABIA!

— ACABAMOS DE JOGAR PÔQUER COM A FILHA DO MICK PERRONI!

— MICK PERRONI! PUTA MERDA!

Thomas, Jim e Christian eram os únicos que não estavam gritando.

— Eu falei pra vocês que era melhor eu não jogar — eu disse.

— Se você tivesse dito que era filha do Mick Perroni, acho que gente teria te levado mais a sério — disse Thomas.

Olhei para Christian, que me encarava, espantado.

— Você é a Lucky Thirteen? — ele me perguntou, com os olhos ainda um pouco turvos.

Trenton se levantou e apontou para mim, boquiaberto.

— A Lucky Thirteen está na nossa casa! Não é possível! Eu não acredito nisso!

— Esse foi o apelido que os jornais me deram. Mas a história não foi exatamente aquela — eu disse, inquieta.

—Preciso levar a May pra casa, pessoal — disse Christian, ainda me encarando.

Jim me espiava por cima dos óculos.

—Por que não foi exatamente aquela?

—Eu não roubei a sorte do meu pai. Tipo, isso é ridículo — dei uma risada abafada, torcendo o cabelo, nervosa, em volta do dedo.

Thomas balançou a cabeça.

— Não, o Mick deu aquela entrevista. Ele disse que, à meia-noite do seu aniversário de treze anos, a sorte dele secou.

— E a sua nasceu — Christian acrescentou.

— Você foi criada por mafiosos — disse Trent, sorrindo de animação.

— Hum... não — Eles não me criaram. Eles só... estavam sempre por perto.

— Aquilo foi um absurdo, o Mick jogar o seu nome na lama daquele jeito em todos os jornais. Você era só uma criança — disse Jim, balançando a cabeça.