Fanfics Brasil - 108 Entre o Agora e o Nunca - Vondy [ Finalizada ]

Fanfic: Entre o Agora e o Nunca - Vondy [ Finalizada ] | Tema: RomanVondy


Capítulo: 108

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Enquanto Dulce está pensando, escrevo o que ela já falou.


— Pasta de dente, sabonete líquido para banho... — Olho para ela. — É aquele que tem nos banheiros de restaurante, certo?


— Bem, não exatamente — ela diz, e fico tentando não olhar para os peitos dela. — Não é sabonete pra lavar a mão, é... bom, você vai descobrir.


Eu anoto: não é pra lavar a mão.


Olho novamente para ela.


— Tá, o que mais você lembra?


Ela estufa os lábios contemplativamente.


— Xampu e condicionador, de preferência da L’Oréal; vêm em tubos cor-de-rosa, não tem tanta importância, mas nada de xampu+condicionador; deixei os frascos que comprei no último motel. Ah! Me traz também uma garrafinha de óleo Johnson’s.


Ergo a sobrancelha, muito interessado.


— Óleo Johnson’s? Tá pensando em alguma coisa?


— Não! — Ela bate de leve no meu braço com os nós dos dedos, mas só consigo notar como o peito dela balançou quando ela fez isso. — De jeito nenhum! Gosto de usar no banho, só isso.


Eu anoto: uma garrafa grande de óleo Johnson’s (nunca se sabe).


— E talvez uns salgadinhos e umas garrafas de água ou chá gelado sem limão, alguma coisa que não seja refrigerante, e, ah! — Ela ergue o dedo. — Stick de carne-seca!


Sorrio e anoto isso também.


— Só?


— Só, não consigo me lembrar de mais nada.


— Bom, se você lembrar — digo, tirando o celular do bolso da perna da minha bermuda —, me liga e pede. Qual o teu telefone?


Ela sorri e me diz o número alegremente, e eu ligo para ela. A caixa postal atende e eu digo: Ei, gata, sou eu. Volto já; no momento tô um pouco ocupado olhando pra uma ruiva absurdamente gostosa, sentada nua num balcão.


Dulce sorri, fica vermelha, me puxa entre suas pernas e me beija com força.


— Cace/te! A água! — ela diz, notando a banheira quase transbordando.


Fecho as torneiras rapidamente.


Deixo o telefone e a lista de compras sobre o balcão e a ergo em meus braços.


— Christopher, não tô aleijada. — Mas ela também não está exatamente brigando comigo.


Eu a ponho na banheira e ela se deita na água quente, deixando o seu cabelo cair em volta dos ombros e na água também.


— Volto já — digo ao sair.


— Promete desta vez?


Isso me faz parar. Me viro para olhar Dulce, e desta vez ela não está brincando. Me sinto mal por ela ter que perguntar uma coisa dessas, não porque isso me ofenda, mas porque fui eu que lhe dei motivos para perguntar.


Olho para ela bem sério.


— Prometo, gata. Você não vai mais se livrar de mim, sabe disso, não sabe?


Ela sorri docemente, mas seu sorriso tem uma pitada de malícia.


— É cada uma em que eu me meto.


Pisco para ela e saio.


 


POV Dulce


 


 


O sexo sempre muda tudo. É como se você estivesse vivendo dentro de uma bolha onde tudo é seguro, só paquera, e muitas vezes previsível. Uma atração pelo tipo certo de pessoa pode durar para sempre quando o mistério da intimidade é mantido intacto, mas assim que você dorme com alguém, a segurança, a paquera e a previsibilidade costumam se transformar nos seus opostos. A atração vai acabar, agora? Ainda vamos nos desejar tanto quanto nos desejávamos antes de fazer sexo?


E será que um de nós não está pensando secretamente que cometemos um grande erro e deveríamos ter deixado tudo como estava? Não. Sim. E não. Sei disso porque sinto. Não é excesso de confiança nem o sonho iludido de uma jovem inexperiente e insegura. É um fato óbvio: Christopher Uckermann e eu tínhamos que nos encontrar naquele ônibus no Kansas.


Coincidência é só o nome que os conformistas dão ao destino.


Fico de molho na banheira por algum tempo, mas decido sair antes de virar uma ameixa seca. Está doendo lá embaixo, mas sou perfeitamente capaz de andar. Só acho meigo o modo como ele pensa que precisa cuidar de mim.


Visto o short cinza de algodão que comprei na estrada e um top preto. Faço a cama e arrumo um pouco o quarto antes de pegar o celular para ver minhas mensagens: as mesmas doideiras aleatórias de Anahi. Nada ainda da minha mãe.


Eu sempre deixo o celular no modo vibrar. Não suporto ouvir telefone tocando. Não adianta a gente poder colocar o toque que quiser; para mim um telefone tocando é como arranhar as unhas num quadro-negro. Vou até a janela, abro bem as cortinas para deixar que a luz do sol inunde o quarto e me apoio na sacada, olhando para Nova Orleans. Nunca vou esquecer este lugar.


Penso em Christopher e no pai dele rapidamente, mas tiro isso da cabeça. Vou lhe dar mais alguns dias antes de tentar tocar no assunto de novo. Ele vai sofrer por um tempo, mas não gostaria que, sem querer, me usasse como uma barreira. Christopher vai precisar enfrentar isso em algum momento.


Ponho meu telefone sobre a sacada e olho minhas músicas. Faz um bom tempo que não ouço nada meu; o que me surpreende é que isso não me fez muita falta. Não me acostumei, apenas, com o rock clássico de Christopher; ele me fez meio que adorá-lo. Barton Hollow. The Civil Wars. Paro nessa — minha favorita nos últimos dois meses — e ligo o alto-falante, deixando a música invadir o quarto com aquele estilo country -folk que é meu prazer secreto. Não curto muito música country , mas essa banda é uma exceção. Canto junto com John e Joy , me soltando, já que estou na privacidade do meu quarto, e cantando a plenos pulmões. Danço um pouco de pé na frente da janela. E quando começa o solo de Joy , canto junto com ela como sempre faço, tentando tornar minha voz amadora tão aveludada quanto a dela. Nunca vou conseguir cantar como ela, mas me sinto bem cantando junto.


Meus lábios se fecham e meu corpo dançante fica imóvel quando noto Christopher encostado na parede, perto da porta, me observando. Sorrindo de orelha a orelha, naturalmente.


Literalmente derreto com o rubor do meu rosto.


Ele entra completamente no quarto, agora que foi flagrado, e deixa duas sacolas plásticas sobre o balcão da TV.


— Pra alguém que tá tão dolorida — ele caçoa, suas covinhas ficando mais fundas — você tava mexendo essa bundinha pra valer.


Ainda vermelha, tento distraí-lo o máximo possível do pequeno espetáculo que dei, indo até as sacolas.


— Ah, é? E você não devia me bisbilhotar desse jeito.


— Eu não tava te bisbilhotando — Christopher diz —, só curtindo um pouco. Tua voz é linda.


Fico mais vermelha ainda, dando-lhe as costas e fuçando numa das sacolas.



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— Obrigada, amor, mas você é meio suspeito pra falar. — Olho para trás só o suficiente para lhe endereçar um sorrisinho brincalhão. — Não, é sério — ele diz, e parece falar a sério mesmo —, você não canta tão mal como pensa. — Não canto t&atil ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 209



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  • Minni Postado em 30/05/2020 - 03:58:34

    Meu Deus, eu li essa história há muitos anos e estou tão emocionada de voltar aqui. É como revisitar meu passado de surtos por Vondy. Muito obrigada por essa história, ela marcou minha infância aqui no fanfics Brasil 💙

  • elielma12 Postado em 03/09/2019 - 20:28:15

    Adorei,um dos melhores romances que já li

  • anne_mx Postado em 30/07/2015 - 20:40:11

    Eu ameiiiii essa fic e sabe no começo , não vou mentir eu a achei um pouco chata mais algo me fez a continuar lendo e n me arrependi pq ela é linda e a história me envolveu de uma forma achei lindo a declaração através da carta do Ucker pra Dul amei de verdade,parabéns ah e eu quase chorei emocionada quando vi o túmulo UCKERMANN pensando que fosse Christopher uffa aindda bem que n ,mais enfim parabéns!!!!

  • naty_rbd Postado em 29/11/2014 - 19:08:45

    Ah que isso estou sempre a disposição ;D

  • gabys_vondys2 Postado em 27/11/2014 - 13:47:24

    oie, nao vou dizer que sou leitora nova, pq nao sou, eu acompanhava pelo facebook, sou a Gaby Matos U.U e eu amei o fim... adorei é tão lindo!!! kkk mas serio? Agora eu vou comer vc grávida kkk adorei <3

  • melicia_fagundes Postado em 26/11/2014 - 17:59:26

    Foi lindo! Amei!

  • naty_rbd Postado em 26/11/2014 - 17:24:29

    Ah o final foi lindo kkkk e o Christopher não tem jeito! Que pena que acabou, vou sentir saudades.

  • senhorita_ackles Postado em 26/11/2014 - 11:36:10

    Rebeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeca, sua linda o final foi fantástico, pena que acabou, estava tudo lindo até o Ucker dizer : ''E agora vou comer você grávida.'' kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk ri muito, e sim, eu acredito que o amor salva as pessoas mesmo, o amor é lindo, é puro, é sem explicação ai ai, enfim eu dei uma lida em algumas resenhas sobre o segundo livro e tals,, a história é boa, mais parece que os personagens não são os mesmo, sei lá, e fora o lance do bebe e tals, enfim, ai já to com saudades dessa web :'(

  • leticiavondy12 Postado em 26/11/2014 - 11:12:05

    To chorando aqui :( Nem acredito que acabou, nao vou poder ver esses dois maloquinhos em suas aventuras na estrada :( mais foi lindo o final, ela fez a outra metade da tatuagem e ainda vão ter um filhinho :)) vou sentir saudades <3

  • candy_telles Postado em 25/11/2014 - 23:40:48

    Chorei no final, estou emocionada!Parabéns


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