Fanfics Brasil - 119 Entre o Agora e o Nunca - Vondy [ Finalizada ]

Fanfic: Entre o Agora e o Nunca - Vondy [ Finalizada ] | Tema: RomanVondy


Capítulo: 119

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— E você tá certa; não é exatamente normal. — Então ele abre um sorrisão para mim, e isso instantaneamente me faz sorrir também. — Mas esse não é um dos motivos pra gente querer fazer isso? Porque não é normal?


— É, sim.


— Claro que o maior motivo é quem vai me acompanhar — ele acrescenta.


Eu fico vermelha.


Mais duas quadras de casas aconchegantes e suburbanas e calçadas brancas com crianças pedalando suas bicicletinhas e chegamos à entrada da casa da mãe de Christopher.


É uma casa térrea, com um belo jardim florido ao redor de toda a fachada, e dois arbustos verdejantes dos dois lados da calçada que vão até a porta. O Chevelle ronrona ao entrar, parando atrás de um carro de família branco de quatro portas, estacionado dentro da garagem escancarada. Eu me olho rapidamente no retrovisor para me certificar de que não estou com meleca no nariz ou alface nos dentes, do sanduíche de frango que comi, e Christopher dá a volta e abre a porta para mim.


— Ah, saquei — brinco com ele. — Você só abre a porta do carro pra mim quando a mamãe pode estar olhando.


Ele estende a mão e faz uma reverência dramática.


— Vou abrir a porta pra você de agora em diante, se você gosta dessas coisas, milady ... mas... — ponho minha mão na dele, sorrindo para o espetáculo — ... não pensei que você fosse desse tipo.


— Ah, é? — digo, com um sotaque britânico horrível, erguendo mais o queixo. — E que tipo pensou que eu fosse, sr. Uckermann?


Ele fecha a porta e passa o braço pelo meu, mantendo as costas eretas e o queixo erguido.


— Pensei que você fosse do tipo que tá se lixando, contanto que a porta abra quando você quer sair.


Eu rio.


— Bom, você acertou — digo, e me encosto no ombro dele enquanto vamos para a porta dentro da garagem.


A porta se abre para a cozinha e o cheiro de carne de panela. Eu penso: ela já teve tempo pra fazer carne de panela? Mas então vejo a panela elétrica com timer sobre o balcão. Christopher dá a volta no balcão comigo e entra na sala de estar, quando uma bela mulher de cabelo grisalho surge de um corredor.


— Que bom que você chegou — ela diz, abraçando-o forte, praticamente esmagando-o com seu corpinho. Christopher deve ser uns 8 centímetros mais alto que ela. Mas vejo a quem ele puxou os olhos castanhos e as covinhas.


Ela sorri para mim do jeito mais acolhedor do mundo e, para minha surpresa, me abraça também. Retribuo o abraço, apertando meus braços na vertical nas costas dela.


— Você deve ser Dulce — ela diz. — Sinto que já conheço você.


Isso me parece estranho. Eu nem sabia que ela existia até hoje. Olho disfarçadamente para Christopher e seus lábios se curvam num sorriso furtivo. Acho que ele teve muitas oportunidades de falar de mim enquanto estávamos na estrada, especialmente antes de ficarmos no mesmo quarto, mas o que mais me surpreende é saber que ele falou tanto de mim para ela.


— Prazer em conhecê-la, senhora... — Arregalo os olhos quando me viro para Christopher para informá-lo que vou chutar sua canela mais tarde, por ele não ter me dito o nome da mãe dele antes. Aperto os lábios, furiosa, mas ele continua apenas sorrindo.


— Pode me chamar de Alexandra — ela diz, abaixando os braços e segurando minhas mãos. Ela levanta minhas mãos com as dela, sempre me olhando com aquele sorriso radiante. — Vocês já jantaram? — ela pergunta, olhando para Christopher e depois para mim.


— Sim, mãe, a gente comeu alguma coisa mais cedo.


— Ah, mas vocês precisam comer. Fiz carne de panela e uma caçarola de vagem. — Ela solta só uma das minhas mãos, mantendo a outra delicadamente apertada na sua, e a sigo para outra sala, onde uma TV gigante está montada em cima de uma lareira. — Podem sentar que vou fazer um prato pra vocês.


— Mãe, ela não tá com fome, pode acreditar.


Christopher aparece atrás de nós.


Minha cabeça já está rodando um pouco. Ela sabe de mim, aparentemente o suficiente para sentir que já me conhece. É tão gentil e cheia de sorrisos como se já me amasse.


Sem falar que segurou minha mão, não a de Christopher, para me levar pela casa.


Será que perdi alguma coisa, ou ela é a pessoa mais doce e de personalidade mais encantadora do planeta? Bem, seja como for, sinto o mesmo por ela.


Ela me olha e inclina a cabeça para um lado, esperando que eu diga algo. Fico um pouco constrangida, porque não quero magoá-la, e digo: — Obrigada pelo convite, mas acho que não consigo comer nada agora.


Seu sorriso se abranda.


— Bom, então que tal uma bebida?


— Perfeito; tem chá?


— Claro — ela diz. — Com açúcar, sem, sabor limão, pêssego, framboesa?


— Só com açúcar está ótimo, obrigada.


Eu me sento na almofada do meio do sofá cor de vinho.


— Querido, você quer o quê?


— O mesmo de Dulce.


Christopher se senta ao meu lado, e antes de sair e voltar para a cozinha, ela nos olha por um momento, sorrindo, como se estivesse pensando alguma coisa em silêncio. E então desaparece.


Eu me viro rapidamente para Christopher e cochicho: — O que você falou de mim pra ela?


Christopher sorri.


— Nada de mais — ele diz, tentando parecer casual, mas sem conseguir. — Só que conheci uma garota doce e inimaginavelmente sexy , boca-suja e que tem uma pintinha na parte de dentro da coxa esquerda.


Dou um tapa na perna dele. Seu sorriso só aumenta.


— Não, gata — ele diz, falando sério agora —, só falei pra ela que te conheci no ônibus e que a gente tá junto desde então. — Ele passa a mão na minha coxa para me reconfortar.


— Parece que ela gosta demais de mim pra você ter contado só isso.


Christopher dá discretamente de ombros, e então sua mãe volta para a sala com dois copos de chá. Ela os coloca à nossa frente na mesinha de centro. O vidro dos copos é decorado com pequenos girassóis amarelos.


— Obrigada — digo e tomo um gole, pousando o copo de volta delicadamente. Procuro um descanso de copo sobre a mesinha para apoiá-lo, mas não há nenhum.


Ela se senta na poltrona que faz jogo com o sofá à nossa frente.


— Christopher falou que você é da Carolina do Norte.


Ahan... foi só isso que ele contou, o caramba! Posso sentir que ele está rindo por dentro; consigo até ouvir. Ele sabe que não posso fuzilá-lo com o olhar, nem lhe dar um tapão, nem fazer nada que normalmente eu faria. Apenas sorrio como se ele não estivesse sentado ao meu lado.


— Sim — respondo. — Nasci em New Bern, mas morei quase a vida toda em Raleigh. — Eu tomo outro gole.



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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 209



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  • Minni Postado em 30/05/2020 - 03:58:34

    Meu Deus, eu li essa história há muitos anos e estou tão emocionada de voltar aqui. É como revisitar meu passado de surtos por Vondy. Muito obrigada por essa história, ela marcou minha infância aqui no fanfics Brasil 💙

  • elielma12 Postado em 03/09/2019 - 20:28:15

    Adorei,um dos melhores romances que já li

  • anne_mx Postado em 30/07/2015 - 20:40:11

    Eu ameiiiii essa fic e sabe no começo , não vou mentir eu a achei um pouco chata mais algo me fez a continuar lendo e n me arrependi pq ela é linda e a história me envolveu de uma forma achei lindo a declaração através da carta do Ucker pra Dul amei de verdade,parabéns ah e eu quase chorei emocionada quando vi o túmulo UCKERMANN pensando que fosse Christopher uffa aindda bem que n ,mais enfim parabéns!!!!

  • naty_rbd Postado em 29/11/2014 - 19:08:45

    Ah que isso estou sempre a disposição ;D

  • gabys_vondys2 Postado em 27/11/2014 - 13:47:24

    oie, nao vou dizer que sou leitora nova, pq nao sou, eu acompanhava pelo facebook, sou a Gaby Matos U.U e eu amei o fim... adorei é tão lindo!!! kkk mas serio? Agora eu vou comer vc grávida kkk adorei <3

  • melicia_fagundes Postado em 26/11/2014 - 17:59:26

    Foi lindo! Amei!

  • naty_rbd Postado em 26/11/2014 - 17:24:29

    Ah o final foi lindo kkkk e o Christopher não tem jeito! Que pena que acabou, vou sentir saudades.

  • senhorita_ackles Postado em 26/11/2014 - 11:36:10

    Rebeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeca, sua linda o final foi fantástico, pena que acabou, estava tudo lindo até o Ucker dizer : ''E agora vou comer você grávida.'' kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk ri muito, e sim, eu acredito que o amor salva as pessoas mesmo, o amor é lindo, é puro, é sem explicação ai ai, enfim eu dei uma lida em algumas resenhas sobre o segundo livro e tals,, a história é boa, mais parece que os personagens não são os mesmo, sei lá, e fora o lance do bebe e tals, enfim, ai já to com saudades dessa web :'(

  • leticiavondy12 Postado em 26/11/2014 - 11:12:05

    To chorando aqui :( Nem acredito que acabou, nao vou poder ver esses dois maloquinhos em suas aventuras na estrada :( mais foi lindo o final, ela fez a outra metade da tatuagem e ainda vão ter um filhinho :)) vou sentir saudades <3

  • candy_telles Postado em 25/11/2014 - 23:40:48

    Chorei no final, estou emocionada!Parabéns


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