Fanfic: Me apaixonando por você. - AyA - (Autoral) | Tema: AyA

Alfonso estava animado, não conseguia disfarça a felicidade de voltar aquela cidade, para a mulher que amava e para o filho deles. Um filho, quem diria que em tão pouco tempo ele ganharia esse presente.
Com um sorriso bobo nos lábios olhou o pacote de presente que trazia nas mãos.
O primeiro presente para o bebê deles, seria a primeira coisa que entregaria a ela depois da aliança que também tinha comprado.
Tomado por esses pensamentos ouviu o homem que dirigia o táxi informar.
- Parece que teve algum problema na boate. - Alfonso levantou o olhar na direção que ele apontava e seu coração parou. Dois carros de policia e uma ambulância. Alfonso largou os pacotes no banco do carro e assim que ele parou ele saiu do carro em direção a boate. Podia ouvir de longe o homem do táxi o chamando mas não podia parar, um pressentimento ruim tomou conta dele e o barulho da sirene não estava colaborando para acalma-lo.
- O que está acontecendo? - Perguntou para um dos seguranças que estava na porta ajudando as pessoas saírem.
- É Anahi, ela foi baleada. - disse ele sem nem olhar para Alfonso, que na mesma hora sentiu o sangue fugir do rosto.
Alfonso passou por ele como um furação, caminhando em passos largos em direção ao camarim dela.
Quando chegou no corredor do camarim, exitou por alguns segundos. Com medo do que encontraria lá.
Balançando a cabeça se negando a pensar negativamente voltou a caminhar em direção a porta, mas antes que pudesse chegar lá, viu os paramédicos saindo carregando uma maca.
Avançou na direção deles e a viu.
Desacordada, completamente pálida e com a roupa coberta de sangue.
- Oh meu Deus. - foi tudo que conseguiu dizer.
Se aproximou ainda mais não se importando com os protestos dos paramédico que pediam para ele se afastar. Uma ova que iria se afastar dela, precisava toca-la então segurou sua mão.
- Senhor precisamos passar, por favor se afaste. - Mas ele não estava escutando precisava ficar perto de Anahi, senti-la.
- O que aconteceu com você meu amor? - murmurou passando a mão pela testa dela tirando um pouco do cabelo que cobria o rosto pálido.
- Senhor por favor. - O paramédico voltou a insistir.
Alfonso foi puxado, o que fez com que ele solta-se a mão de Anahi. Mas ele lutou para voltar a segura-la.
- Você não pode me deixar. - Sussurrou colando a testa junto com a dela.
- Alfonso deixe eles levarem ela. - Ouvi-o a voz de Marcelo mas seus olhos estavam focados nela e a unica coisa que passava na cabeça dele é que não podia perde-la, não suportaria perde-la. - Se você não se afastar ela vai morrer aqui e você não quer isso. - Insistiu Marcelo outra vez.
Alfonso não queria que ela morresse em lugar algum.
Ele deu um passo atrás, deixando eles passarem.
- Nós vamos seguir eles com o carro não se preocupe. - Não se preocupar? A mulher que ele amava estava deitada encima de uma maca desacordada e coberta de sangue e indo para o hospital e ele não deveria se preocupar?
Se virou para Marcelo com olhos cobertos de fúria.
- Você deveria ter cuidado dela, que diabos aconteceu? - Gritou o acusando.
- Eu sei, mas eu não podia imaginar. Alfonso eu explico para você a caminho do hospital não posso explicar nada agora precisamos saber se ela vai ficar bem.
Alfonso respirou fundo precisava se acalmar, para saber o que tinha acontecido ali. Mas droga seus pensamentos estavam nela e no..
- O bebê. - saiu correndo em direção aos paramédicos e os pegou quando estavam fecham a postar da ambulância. - Ela está gravida. - Ele gritou e um dos paramédicos assentiu.
- Já nos avisaram sobre o bebê, faremos o possível para salva-los. - Possível não era uma palavra animadora.
- Vamos. - Disse Marcelo atrás dele.
Alfonso o seguiu e quando entraram no carro. Olhou para as próprias mãos, nem tinha se dado conta que estavam tremendo.
- O que aconteceu lá? Que droga aconteceu com ela? - Queria manter a calma sabia que assim como ele, Marcelo também estava preocupado, mas não conseguia. Era a vida da mulher e do filho dele que estavam em risco, calma por mais que ele quisesse não estava nos planos.
- Livia atirou nela. - Alfonso o encarou com obvia incredulidade no olhar.
- Livia? Como assim? Por que ela faria isso? - Marcelo deu de ombros mantendo o olhar focado na estrada.
- Eu não sei, quando cheguei lá ela estava prestes a disparar o terceiro tiro contra Anahi.
- Terceiro? Anahi levou dois tiros? Pelo amor de deus Marcelo. - O desespero que já era grande multiplicou por mil. - Que diabos levou Livia a atirar nela? - O aperto no peito era tão grande. Dois tiros, fechou os olhos com força enquanto lembrava do rosto pálido dela deitada na maca.
- Não tenho ideia, informei a policia eles estão com ela. Não podia sair do lado de Anahi então ainda não me informei de nada. - lançando um olhar rápido para Alfonso. - Eu sei que não deve está sendo fácil para você, mas tampouco está sendo para mim. Eu amo aquela menina, ela é como uma irmã para mim. Eu sei como é difícil te pedir o que eu vou pedir, mas é preciso que você mantenha acalma. Ela vai precisar de você do lado dela. E eu vou precisar voltar para a boate e depois a delegacia.
- Essa é coisa mais difícil que me pediu na vida. - Como manter a calma quando tudo que ele amava estava em risco? - Aquela mulher. Deus! - Cobriu o rosto com as mãos. - Não pode acontecer nada com ela. - Marcelo tocou o ombro do amigo e deu um aperto de leve.
- Ela vai ficar bem. - queria muito acreditar nisso, mas ele a viu sair de lá. O pulso estava muito fraco e era tanto sangue. Quando informou aos paramédicos que ela estava gravida o olhar que eles lhe lançaram não foi nada animador.
Mas não podia informar isso a Alfonso, ele já estava suficientemente nervoso para ter mais uma preocupação.
- Vou ligar para o irmão dela, ele é a única família que ela tem.
- Ela gostaria disso? Ela queria poupar ele da perseguição que sofreu.
- São situações diferentes. Não posso esconder isso dele. Depois converso com ela. - Alfonso só assentiu.
Marcelo estava enganado, o irmão não era a única família que Anahi tinha. Ele, era a família dela agora. Não sairia do lado dela, não mais.
Se ele não tivesse ido viajar ou se pelo menos tivesse voltado antes ela estaria bem, não teria saído do seu lado a teria protegido.
- Chegamos. - Alfonso saiu do carro e sem esperar por Marcelo.
Entrou no hospital indo direto ao encontro de uma enfermeira que vinha em sua direção.
- Quero saber da paciente que acabou de entrar aqui. Ela foi baleada. - A enfermeira liberou o braço que ele segurava.
- Senhor, como o senhor mesmo disse ela acabou de entrar, ainda não posso dizer como ela se encontra. O que posso informar é que o medico já está com ela. - Vendo o olhar apavorado no rosto dele a enfermeira tentou tranquiliza-lo. - Ela está com um dos nossos melhores médicos, assim que eu souber alguma coisa venho informar a você. O que você é dela?
- O futuro marido. - A mulher assentiu.
- Sua noiva está em boas mãos, enquanto isso vá até o balcão e passe os dados que lhe forem pedidos por favor.
Alfonso fez o que ela pediu, foi até o balção mas nada do que a mulher lhe perguntava ele conseguia ouvir. Então Marcelo tratou de cuidar dessa parte e o mandou sentar na sala de esperar que já lhe alcançaria. E ele o fez.
Lá não conseguia se sentar, ficou andando de um lado para outro. Estava tão nervoso que nem viu quando Marcelo entrou.
- Liguei para o irmão dela. - Notando o tom de voz de culpa na voz do amigo Alfonso olhou para ele. - Ele disse que vai pegar o primeiro voo para cá. - Marcelo sentou em uma das cadeiras e apoiou a cabeça com as mãos.
- Você entende que nós dois não nos falamos a anos e quando isso acontece é porque tenho que dizer que uma das pessoas que ele mais ama está na droga de um hospital correndo risco de vida?
- Você não tem culpa, não adianta nada ficar se culpando. Você fez tudo para protege-la, me trouxe a essa cidade para cuidar dela. Não podíamos imaginar que Livia, meu deus Livia atiraria nela. Elas tiveram alguma briga enquanto eu estive fora?
- Não, ela estavam bem. Livia que trouxe o teste de bebê para Anahi. As duas estavam bem, nada explica isso.
- Eu posso explicar. - Os dois ser viraram para olhar para Fred parado olhando para eles.
- O que você está fazendo aqui? - Perguntou Alfonso já pronto para ir para cima de Fred. Mas Marcelo o impediu lhe segurando o braço.
- Alfonso, isso é um hospital. Mantenha acalma.
- Escute seu amigo, ele tem razão e eu não vim aqui para brigar. Anahi é importante para mim, mesmo que você não acredite nisso. - Alfonso resmungou e foi se sentar.
- Fale o que você sabe sobre Livia.
- Primeiro quero saber como Anahi estar.
- Ainda não sabemos os médicos estão com ela. Agora fale.
- Livia era quem vinha ameaçando Anahi, ela tinha um acordo com o prefeito ganharia uma boa soma se convencesse Anahi a sair da cidade e vender a boate pra ele. Como Anahi não fez nenhum nem outro ela teve que usar de algumas ameaças. Mas isso acabou subindo a cabeça louca dela e acabamos aqui. - Alfonso não sabia o que dizer, esse tempo todo ele esteve procurando por alguém que sempre esteve ao lado deles. Que teve acesso a Anahi tanta vezes, ele mesmo já tinha pedido para ela ficar com Anahi. Meu deus quantas vezes a vida de Anahi não estivera em risco por causa da sua falta de atenção? Lançou um olhar para Marcelo ele parecia tão surpreso quanto ele. É obvio que estava, ele estava tendo algo com Livia.
- E como você soube de tudo isso? - Marcelo perguntou se aproximando de Fred. Que deu de ombros.
- Livia me contou, e até me chamou para participar com ela. Me ofereceu Anahi em troca e dinheiro. - Alfonso levantou e avançou sobre Fred e dessa vez Marcelo não o impediu.
- E aposto que você aceitou não foi? Por que não contou a nenhum de nós que era Livia? Você diz gostar da Anahi, mas o que você fez para protege-la?
- Não falei sobre ela porque vocês não dariam a minima pra mim. Você já tinha decidido que era culpado nada do que eu dissesse mudaria isso. E sobre a segurança de Anahi, você também não fez muito já que ela está aqui. - Alfonso estava a ponto de socar a cara de Fred mas bem na hora que ia fazer isso a enfermeira entrou na sala. Ele soltou Fred o empurrando com força. E foi até a enfermeira.
- Como ela estar e me diga a verdade.
- É o que eu vou fazer senhor, a paciente levou dois tiros um no ombro e outro no peito e perdeu muito sangue. Sinto muito, mas o estado dela não é nada bom. - Alfonso sentiu o chão fugir de seus pés foi preciso Marcelo apoiá-lo para ficar de pé. - Ela já foi mandada para a sala de cirurgia, mas mesmo assim precisamos que você as sine a autorização.
- E quanto tempo dura essa cirurgia?
- Não posso dá essa informação com precisão senhor, mas vou averiguar. É uma cirurgia bem delicada.
- E o bebê? - Dessa vez a enfermeira não foi tão direta, primeiro olhou para Marcelo e depois para Alfonso.
- O medico vai fazer de tudo para salvar os dois. Se eu tive mais alguma informação venho trazer para vocês. Agora por favor assinem a autorização.
A mulher saiu.
Alfonso nunca tinha se sentindo tão impotente como agora. Se ele pudesse daria tudo para trocar de lugar com ela. Um sentimento egoísta ele sabia, ela que estaria na agustia que ele está agora. Mas pelo menos estaria bem, segura e com o bebê dele protegido.
Sem conter a raiva ele socou a parede varias vezes soltando alguns grunhidos de frustração. Como se aquilo pudesse aliviar a dor no peito e o medo de perder quem mais amava. Foi preciso Marcelo segura-lo para que ele se afastasse da parede.
- Ela não pode morrer. - Marcelo fez com que ele se sentasse outra vez.
- Ela vai ficar bem, Anahi é uma mulher forte você vai ver. E quando acordar e ver que está num hospital ainda vai dá um esporro em nós dois. - Alfonso deu um leve sorriso ao imaginar ela brigando com eles, deus daria tudo para que ela estivesse ali nem que fosse para discutir com ele.
- Anahi está gravida? - lembrando que Fred ainda estava ali Alfonso e Fred voltaram a prestar atenção nele.
- Não é da sua conta nada sobre ela. O que você ainda estar fazendo aqui? Não devia estar na delegacia prestando depoimento contra Livia, ou será que deixou de dizer alguma coisa para nós? - Fred deu de ombros.
- Não tenho nada a esconder Herrera, mas vou fazer isso vou a delegacia. E depois volto para saber como Anahi estar. - Ia se virar para sair mas deu meia volta. - O bebê é seu?
- O bebê e Anahi. Agora saia logo daqui. - Fred levantou as mãos em rendição e saiu.
- Eu não suporto esse cara. - disparou irritado.
- Você tem ciume dele. - concluiu Marcelo.
- Muito! - Ele sabia que não tinha motivo para isso, mas todas as vezes que Anahi o defendeu incomodava ele. Não que ele duvidasse do amor dela, mas não queria Fred nem como amigo de Anahi.
- Sabe que não tem motivo pra isso não é? Anahi é apaixonada por você.
- Eu sei disso, não duvido do que ela sente por mim. Mas mesmo assim não suporto Fred. E achei muito estranho ele saber tudo sobre Livia. Você precisa ir a delegacia e confirmar se ele realmente está dizendo a verdade. Pra mim ele tem participação nisso, Livia não faria sozinha. - Marcelo assentiu, Alfonso tinha razão ele precisava ir a delegacia e ver o que eles já tinham descoberto quanto a Livia. Mas ainda assim estava indeciso entre ir e cumprir com sua obrigação ou ficar para dar apoio a Alfonso e também para ele mesmo.
- Você tem certeza que pode ficar aqui sozinho? - Alfonso não tinha certeza de nada, mas sabia que Marcelo tinha que ir cuidar do caso. Ele precisava descobrir tudo sobre esse interesse do prefeito, ele usou Livia mas pode ter usado outras pessoas também e pode continuar usando. Marcelo precisava parar esse maldito, e manter Livia na cadeia pelo que fez.
- Eu vou ficar bem, mas qualquer coisa me ligue.
- Certo, qualquer noticia sobre o estado dela me avise também certo?
- Claro, qualquer coisa que me falarem eu ligo para você. Você acha que é melhor ligar para Marli? Isso é uma cidade pequena não vai demorar muito para chegar no ouvido dela e também tem a mãe da Livia.
- Já pensei nisso, vou passar na casa de Marli e também na da mãe de Livia para contar o que aconteceu. Marli provavelmente virar correndo para cá, o que eu acho bom porque ela vai poder fazer companhia para você. - A companhia que Alfonso precisava estava na sala de cirurgia, essa era a única companhia que ele realmente queria.
- Por mim tudo bem. Anahi vai gostar de saber que ela estar aqui quando sair da cirurgia.
Marcelo levantou e apontou o ombro do amigo.
- Dei seu numero pro irmão dela, caso ele não conseguir falar comigo poderá falar com você. - Alfonso assentiu.
Marcelo saiu.
Alfonso soltou o ar com força, seria uma longa noite e cheia de agonia. E ele não poderia fazer nada para ajudar a mulher que amava. Não estava nas mãos deles salvar a vida dela e a do bebê, ele só podia confiar nos médicos e esperar. E essa era a parte mais difícil, esperar.