Fanfic: Me apaixonando por você. - AyA - (Autoral) | Tema: AyA

Alfonso não conseguira pregar os olhos aquela noite, seu olhar sempre estava alerta para qualquer enfermeira que entrasse achando que poderia ser alguma delas trazendo noticia de Anahí. Mas não teve. 
Ele chegou a perguntar e a única resposta que tinha recebido era que Anahí estava sedada e sendo monitorada. 
Pelo menos não era nenhuma noticia ruim, ela não tinha piorado. 
- Bom dia! – Marli o cumprimentou. Ele olhou para as janelas nem tinha se dado conta que já tinha amanhecido estava tão focado em seus pensamentos. 
- Bom dia. 
- Alfonso você precisa descansar um pouco, vá para a casa de Anahí deite um pouco vou ficar aqui qualquer coisa ligo para você. Ela não vai querer vê-lo cansado. 
- Eu já disse que estou bem, não vou sair daqui. – Marcelo o olhou com repreensão. 
- Não confia em mim? 
- Da ultima vez que a deixei só, olhe o que aconteceu. Desculpe-me Marcelo, mas não vou sair daqui. – Marli tocou o ombro de Marcelo. 
- Por que você não vai buscar um pouco de café para ele? Eu vou junto 
- Ok. 
Os dois caminharam em silencio até a lanchonete do hospital. E enquanto esperavam os pedidos Marli questionou. 
- Por que você está insistindo tanto que ele vá para casa? Você sabe que ele não irá. 
- Eu sei disso, o problema é que Mat está vindo você sabe como ele é quando se trata de Anahí. Não quero que ele confronte Alfonso, prefiro lidar com ele primeiro. 
- Mat é um bom rapaz, vai entender que Alfonso está tão preocupado quanto ele e que ama a irmã dele. Deixe de se preocupar atoa. Eles vão ser da mesma família tem que se encontrar de qualquer forma. Então seja o que deus quiser. – Disse Marli. 
- Ela foi perseguida, baleada e perdeu um bebê. Você acha mesmo que Mat vai lidar bem com isso? 
- Não, não vai como qualquer irmão. Mas vai ter que se controlar não só por ele como principalmente pela a irmã dele. Anahí ficaria muito chateada se por acaso ele e Alfonso se estranhassem. – Marli o fitou com intensidade. – E também ficara se você e o irmão dela não se resolverem de uma vez. 
- Isso é impossível. 
- Não é essa menina passou o diabo não será nenhum sacrifício para você dois fazerem um esforço para quando ela acordar sentir o apoio da família. Você dois são a família dela, e sabem disso. Vão sim ter que engolir o orgulho por ela. 
Marcelo refletiu sobre o que Marli tinha lhe dito. 
Ela estava certa, ele e Mat não precisavam voltar a serem os melhores amigos do mundo, mas pelo menos poderiam manter um convívio por ela. 
Anahí já tinha passado por muita coisa na vida e ainda ia ter que lidar com a perda do bebê com qual estava tão animada. Não a decepcionaria. 

Já eram cinco da tarde quando Mat cruzou a porta do hospital seguido por Clara, sua esposa. 
- Quero saber sobre uma paciente que deu entrada aqui ontem à noite o nome dela É Anahí Puente. – Perguntou assim que chegou ao balcão. 
- O senhor é o que dela? – Matt tirou a identidade do bolso. 
- Sou irmão dela. – A atendente conferiu e assentiu. 
- Sua irmã está internada, entrou em uma cirurgia ontem a noite e seu estado ainda está sobe observação. 
- Quando vou poder vê-la? 
- Não tenho essa informação, mas vou perguntar ao medico. O senhor pode esperar na sala de espera onde estão alguns amigos e o noivo de sua irmã. – Mat franzi-o a testa. 
- Noivo? – perguntou a esposa que o encarava sem entender também. 
Os dois caminharam até a sala de recepção e logo Mat viu Marcelo. Num gesto automático segurou a mão da esposa. 
- Mat! – Exclamou Marli e foi logo abraça-lo. – Como você está lindo menino. – Se virou para Clara. – E você nem parece que tem dois filhos, parece uma boneca. 
Clara sorriu e cumprimentou assim como seu marido havia feito.

Alfonso levantou o olhar e não precisou ouvir o nome para saber que se tratava do irmão de Anahí. Ele era a versão masculina dela. 
Olhou Marcelo se aproximar do casal e temendo algum conflito entre os dois Alfonso também se levantou e tocou o ombro de Marcelo. 
- Não vá fazer nenhuma besteira. - Falou baixo para que só ele ouvisse. 
- Eu não vou fazer nada, não se preocupe. Estamos aqui por Anahí. – Alfonso concordou, mas ainda ficou do lado do amigo. 
- Mat. – cumprimentou Marcelo esticando a mão e para surpresa de Alfonso o irmão de Anahí correspondeu mesmo que ainda tivesse o olhar carregado de desconfiança. Mas foi logo direto ao ponto. 
- Primeiro quero saber sobre minha irmã, como diabos ela foi baleada? – Marcelo fez uma careta. 
- Antes deixe eu lhe apresentar o namorado de Anahí – Se virou e apontou para Alfonso. - Alfonso Herrera. 
Alfonso sentiu o olha avaliador sobre ele tanto do irmão quanto da cunhada de Anahí. 
- A recepcionista disse que eram noivos. Nem sabia que minha irmã estava envolvida com alguém. Alias pelo que parece não estou sabendo sobre muita coisa sobre ela ultimamente. 
- Me apresentei como noivo dela, mas ainda não tive a chance de fazer o pedido. – Esticou a mão para cumprimentar o cunhado e em seguida a esposa dele. 
- Depois quero saber mais sobre isso, mas agora estou mais interessado no motivo de minha irmã ter sido baleada. – Seu olhar se voltou para Marcelo. – Algo me diz que você tem muito a me explicar. – Alfonso notou o aperto que a mulher dele deus em seu braço. 
- Vou contar tudo, por que não vamos até a lanchonete? 
- Estou ótimo aqui, pode começar a falar. – Alfonso sabia que nesse momento Marcelo estava se controlando para não discutir. Pensou em intervir, mas Marcelo já estava falando. 
- Se você prefere. 
Marcelo relatou tudo desde o começo com mínimos detalhes, das ameaças, boa noite Cinderela, a invasão de Renato a casa dela, sobre Fred, Lívia e o tiro. 
A expressão de Mat era de espanto e ao mesmo tempo medo. Alfonso podia entender ouvindo Marcelo relatar tudo que Anahí já havia passado o coração dele ficou apertado. 
- E por que ela não me procurou? Por que continuou nessa maldita cidade se estava correndo perigo. 
- Você conhece sua irmã melhor do que ninguém sabe que ela é teimosa como uma mula. Recusou-se a sair daqui foi o segurança dela que me contatou e me contou sobre as ameaças. Então me prontifiquei a cuidar da segurança dela mandando um dos meus melhores policias para cuidar dela. – Marcelo apontou para Alfonso. – Alfonso cuidou dela e protegeu sua irmã o máximo que pode. 
Alfonso já estava pronto para ouvir as acusações de Mat, mas se surpreendeu quando o homem lhe lançou um olhar agradecido e disse: 
- Obrigada por ter cuidado dela. 
- Não tem o que agradecer, sua irmã significa muito para mim eu faria qualquer coisa por ela. 
Mat assentiu. 
- O que eu não entendo é por que ela não me procurou? 
- Ela não queria preocupar você, ela queria resolver tudo sozinha sem ter que envolve-lo nisso. 
- Mas chamou você. 
- Não, ela não me chamou foi Fred eu que me impus para que ela permitisse minha ajuda. Ela bem cabeça dura quando quer. 
Mat riu 
- E como. Lembra quando parou de falar com nós dois por que afastamos um dos pretendentes dela? – Marcelo sorri.
E diante do olhar surpreso tanto do de Clara como o de Alfonso os dois começam a conversa como se nunca tivesse parado de se falar. 
- Anahí ficaria surpresa. – Clara assentiu e encarou Alfonso. 
- Espero que voltem a se falar, faz tanto tempo. 
- Anahí comentou comigo. 
- Vocês dois estão juntos há muito tempo? – perguntou curiosa.
- Não, mas o tempo suficiente para eu saber que ela é a mulher da minha vida. – Clara sorrio diante do comentário apaixonado. Depois perguntou séria.
- Ela vai se recuperar? 
- Sim, o medico disse que ela reagiu bem à cirurgia fora a perda do bebê, ela vai ficar bem. – Ela o olhou boquiaberta e exclamou chamando atenção do Marido.
- Gravida? Ela estava gravida meu deus. – Cobri-o a boca com as mãos. 
- Gravida, minha irmã? 
- Sim, mas ela perdeu. O bebê infelizmente não resistiu à cirurgia. – Disse Marli. 
- Meu deus! Ela já sabe? 
- Ainda não. 
- Eu sinto muito. – disse clara. – pelo seu bebê 
Alfonso assentiu 
- O relacionamento de vocês está realmente sério não é? Minha irmã ia ter um filho seu. 
- Muito sério, vou me casar com ela. Assim que puder, vou pedi-la em casamento. 
Mat o olhou com evidente aprovação. 
- Posso falar com você em particular por um minuto?
- Claro, vamos à lanchonete. – Mat beijou a esposa com extremo carinho e depois saiu logo seguido de Marcelo. 

Os dois sentaram em um lugar mais reservado. 
- Quero saber mais sobre a relação de minha irmã com seu amigo. – Marcelo respirou um pouco mais aliviado estava achando que ele queria falar sobre Clara. 
- Eles se conheceram quando eu o mandei vir cuidar da segurança dela. Os dois se envolveram, estão apaixonados.
- Ela está realmente apaixonada ou é como ela estava por aquele babaca? 
- Não, sua irmã realmente o ama. E ele sente o mesmo por ela, não está sendo nada fácil para ele. 
- Um bebê. Quanta coisa sobre ela eu não estou sabendo.
- Ela ia contar pra você assim que contasse para Alfonso. Mas ela não teve chance. 
- Sempre soube que chegaria esse dia, mas minha irmã gravida. É como se ela de fato tivesse crescido. – Marcelo assentiu. 
- Ela estava muito animada com o fato de ser mãe, não vai ser fácil quando ela descobrir que perdeu a criança. 
- Não queria que ela passasse por nada disso. 
- Eu também. – Marcelo sabia que era uma boa hora para esclarecer algumas coisas. 
- Desculpe, por ter sido um babaca durante todos esses anos. – Mat o fitou com surpresa no olhar. 
- Eu talvez tivesse feito o mesmo, eu sei que você gostava de Clara. Mas nós dois nos apaixonamos, nunca quis você fora da minha vida, mas esse era preço para viver com Clara. Sinto muito, e agradeço por ter permanecido na vida da minha Irmã. 
- Eu jamais a deixaria você sabe que ela significa muito pra mim. 
Os dois permaneceram conversando por um longo tempo. Uma briga de tantos anos não seria resolvida de uma hora para outra, mas já era um começo. 

Passava das oito da noite quando o medico de Anahí entrou na sala. E todos se viraram para ele. 
- Boa noite! – Alfonso nem ligou para o cumprimento foi logo perguntando sobre Anahí. 
- Como ela esta? 
- É justamente sobre o estado de saúde dela que vim falar, sua noiva está reagindo bem à cirurgia até melhor do que esperávamos. – todos soltaram suspiros e palavras de alivio. 
- Vamos poder vê-la? – Alfonso perguntou ansioso.
- Todos ainda não, mas um de vocês vai poder. Ela ainda está na UTI não vão poder ficar muito tempo lá. E de qualquer forma ela ainda estar desacordada. 
Pela logica, o irmão dela deveria entrar, mas Alfonso precisava vê-la se não enlouqueceria de preocupação, precisava ver com seus próprios olhos que ela estava realmente bem.
Marcelo tocou o ombro dele. 
- Mat eu sei que é sua irmã, mas Alfonso está tão ou mais preocupado que todos nós. Deixe-o ir. – Mat parecia hesitante, mas Clara pediu também. 
- Eles perderam um bebê, ela ficara feliz em saber que ele esteve com ela o tempo todo. Eu ficaria se fosse comigo, gostaria de saber que esteve lá. 
Mat encarou Alfonso e mesmo hesitante ele consentiu. 
- Tudo bem, pode ir. Mas da próxima vez quem vai sou eu. – Alfonso assentiu agradecido e seguiu com o medico. 
Seu coração batia tão forte e ao mesmo tão apertado suas mãos estavam suando.
- Você não vai poder ficar muito tempo com ela. – Alfonso assentiu e entrou.
Cada passo que ele dava em direção à cama, era uma batida de seu coração. 
Quando finalmente se aproximou dela se inclinou e beijou-lhe a testa com todo carinho que podia por em um beijo. Depois afastou um pouco do cabelo que estava sobre o rosto. E a observou ela estava pálida, e complemente longe dali dormindo tranquilamente devido aos sedativos. 
- Você vai ficar bem. – sussurrou enquanto segurava a mão dela entre as suas. 
Ele a amava tanto, e vê-la nessa situação estava acabando com ele. E o uma situação que poderia ter sido evitada, se ele tivesse prestado mais atenção no trabalho dele. Ele teria evitado tudo aquilo, e o bebê deles estaria ali e ela estaria bem. 
Se pudesse voltar no tempo, nunca teria se afastado dela. Não a teria deixado sair do lado dele nem por um segundo. 
Era difícil aceitar que a única pessoa que ele daria a vida para proteger estava ali desacordada em uma cama de hospital recém-operada e tinha perdido um bebê. 
O quão justo a vida era? Ele foi capaz de salvar muitas pessoas no seu trabalho e falhou com a que mais amava. Não só com ela, com o filho dele também. 
- Senhor Herrera, o senhor tem que ir. Aqui não é uma ala para visitantes, foram cedidos apenas alguns minutos. 
Alfonso não queria sair, mas sabia que acabaria arrumando confusão se fizesse isso.
Voltou a se inclinar sobre ela, beijou-lhe a testa, o nariz e pousou os lábios contra o dela com delicadeza temendo machuca-la. 
- Eu amo você, vou estar aqui do lado quando você acordar. – disse com carinho. – Vai ficar tudo bem. 
Relutante se virou para sair, na porta parou e olhou para ela uma ultima vez e saiu. 
- Ela vai ficar. – disse uma enfermeira. – Sua noiva está reagindo muito bem. Sabe ela é mais bonita do que eu pensava. Meu filho trabalha na boate dela, e já me amostrou algumas fotos. Ele gosta muito dela, e diz que todos no trabalho também. Sinto muito pelo bebê de você. Mas ela é jovem, saudável. Logo, logo vai ter outros filhos. – Ela lhe tocou o braço. – Mas se quer um concelho de alguém que já passou por isso, não tente dá essa justificativa a ela, agora ela não vai entender isso. Apenas a deixe chorar e depois você vai ver que ela vai melhorar. 
Alfonso segurou a mão da mulher e agradecido disse:
- Muito obrigado, vou lembrar-me do seu concelho quando tiver que contar a ela. 
- Se você preferi o medico que fez a cirurgia pode contar. – Ele negou com a cabeça. 
- Não, eu mesma quero contar a ela. Mas obrigada. 
Alfonso não direto para a sala de esperar desviou o caminho e foi até a capela do hospital. Nunca foi muito próximo das coisas de Deus, mas naquele momento sabia que era a Ele que ele tinha que agradecer por ter salvo a vida da mulher que amava.