Fanfic: Menina Má | Tema: Uckerroni, Incesto, Romance

Capítulo I — La Cattiva Ragazza

Algumas pessoas dizem que eu devo erguer as mãos para o alto e agradecer por tudo que a vida tem me dado. Mesmo com a perda de minha mãe, ganhei um lar, escola e se é que posso dizer; uma família. Seria muita ingratidão da minha parte, dizer que eu não tenho esse lance de família? Que eu sou apenas uma tutelada do meu tio, que não poderia negar a sobrinha órfã um teto? Eu acho que não.

— Srta. Uckermann? — a empregada da família, Dolores, deu três batidinhas na porta do meu quarto.

— Pode entrar Dora. — ela entrou sorridente — O que eu já falei sobre chamar-me de `senhorita`?

— Perdoe-me May, mas seu tio me pediu para que lhe tratasse como a futura lady que está se preparando para ser. — soltei um riso fraco, e me sentei em cima da cama de casal, com ursinhos e bonecas ao redor.

— Eu não serei uma futura lady, Dora. Na verdade, eu não serei nada além de uma alma perdida nesse mundo cruel. — suspirei. 

— Não diga isso, querida. — Dora se sentou ao meu lado — Seu tio tem grandes planos pra você.

— Exatamente, Dolores. Planos de Christopher Uckermann, e não Maite. — coloquei minha cabeça em seus ombros — Eu queria que ele entendesse que eu não quero isso pra minha vida.

— Oh, minha pequena, ele ama você e quem ama quer o melhor.

— Não Dora, por favor, não! — me levantei e fui até o banheiro — Não me diga que ele só pensa em meu futuro! Eu não nasci pra ser assim, Dora.

— May, você sabe que...

— Dolores, por favor, não começa. — eu dei uma última checada no espelho, e sai do local. Vi Dora suspirar derrotada, caminhando em direção a porta do quarto.

— Seu tio a espera no escritório, não demore.

Ela bateu a porta atrás de si, me deixando novamente sozinha em meu quarto. Christopher, não é o tio mais exemplar do mundo, mas ele tenta. Ou pelo menos costumava tentar. Ele é advogado, um dos melhores de Nova Jersey, pra ficar bem claro. Quando mamãe e eu sofremos aquele maldito acidente de carro, ele me acolheu porque meu pai nem queria saber de mim. Acho que ele tinha outra família ou coisa parecida. Então, ele me trouxe para morar com ele e pelo o que me lembro Genevive não gostou muito da idéia. Mas, ele sim. Ele me levava pra passear e tomar sorvete todo fim de semana, e sempre nas sextas ia me buscar na porta da escola. Agora, ele nem lembra mais que eu existo, a não ser é claro, quando arranjo confusão.

Agora, aqui estou eu, na porta do escritório dele, sabendo exatamente o que ele tem pra falar de tão importante, só não quero ouvir...

— Não adianta fugir, May... — suspirei profundamente girando a maçaneta de uma vez. — Mandou me chamar? - perguntei entrando sem cerimônias.

— O que eu disse sobre entrar antes de bater? — ele murmurou de cabeça baixa.

Eu bufei saindo e fechei a porta, em seguida, dei três batidinhas.

— Posso entrar Sr. Uckermann? — perguntei sarcástica e ele abriu a porta sorridente.

— Você é uma figura, Maite. — Christopher me deu passagem para entrar, e assim eu fiz, em seguida sentando-me na poltrona enorme que ele usava pra leitura — Não precisava ter feito aquilo se já havia entrado.

— Você é muito bipolar, Christopher. Uma hora é sim, outra não. Uma quente, outra frio. — suspirei — Tem que se decidir...

O sorriso de Christopher se alargou, e ele começou a remexer em alguns papéis sobre a mesa. Enquanto isso, eu observava cada detalhe dele; ombros largos, olhos azuis, musculoso, e o sorriso de tirar o fôlego de qualquer uma. Genevive é uma mulher de sorte... Resumo completo, meu tio é um homem perfeito, pelo menos pra mim.

— O que tanto olha? — ele perguntou me tirando de meus pensamentos.

— Nada. — balancei a cabeça sorrindo e notei que estava quase estraçalhando meu lábio inferior — O que queria comigo? — ele soltou um longo suspiro.

— Eu não queria ter essa conversa com você, Maite.

— Então, não tenha. — me deitei em cima da cadeira, e Christopher me deu um olhar reprovador.

— Maite, sente-se direito, por favor. — bufei e corrigi a minha postura, cruzando as pernas e sem querer (eu juro que foi sem querer!) meu shortinho de pijama subiu um pouco.

— Melhorou? — arqueei as sobrancelhas.

Ele pigarreou.

— U-hum... — ele pegou um pedaço de papel qualquer e me entregou — Leia em voz alta, por favor.

The New Jersey Times.

Ontem, por volta das onze da noite, Maite Uckermann foi flagrada dançando em cima de uma mesa de bar, com nada mais, nada menos; que peças íntimas. Aparentemente, a sobrinha de Christopher Uckermann, está crescida e virou um mulherão. Um visitante do local declarou: Ela é muito gostosa, com toda certeza eu pegaria ela!

Soltei uma gargalhada ao ler a última frase.

— Qual é graça, Maite? — Christopher questionou irritado.

— Qualquer um vai querer me pegar.

— Maite!! — gritou — Eu odeio que me venha com gracinhas. Não me agrada saber que minha sobrinha, está estampando tablóides de fofocas!!!

— Ah Christopher, eu não acho que seja pra tanto. Só é uma fofoquinha meio boba, logo a Paris Hilton vai armar um escândalo qualquer e isso vai ser esquecido. — dei de ombros.

— Não é apenas uma fofoca, May. — ele se levantou, caminhando até mim, fazendo-me levantar e sentar em seu colo — Você não pode se expor desse jeito.

— Eu não sou uma boneca ou um bichinho de estimação, tio. — me aconcheguei deitando em seu peito — Eu não posso ser treinada pra ser o que eu não sou.

— O que quer dizer com isso?

— Você sabe muito bem, — me levantei indo até a janela — aquela história que Genevive enfiou em sua cabeça.

— O que Genevive enfiou em minha cabeça, Maite?

— Que eu precisava me casar, antes de completar dezoito anos. — me virei para encará-lo — Eu não quero isso, Christopher. Não quero viver minha vida amarrada a um velho sujo e esquisito. Acha que eu não sei o porquê das visitas do Sr. DeLavier?

— Maite, Sr. DeLavier não vem aqui por você, se é o que está pensando — ele riu — mas, mesmo se fosse, você não deveria questionar qualquer decisão minha. Eu sei o que é melhor pra sua vida.

— Não Christopher, você acha que sabe. — me levantei — Eu já lhe disse que não sou o seu bichinho de estimação!

— Onde pensa que vai? — perguntou.

— Primeiro, eu não penso, eu vou. Segundo, Annie e Dulce ficaram de passar aqui pra nós três irmos ao shopping.

— Acha que depois do que aprontou não vai ficar de castigo, mocinha? — ele questionou irritado.

— Acho. — dei de ombros — Vou me arrumar te vejo mais tarde, titio... — dei uma piscadela e sai de lá.

Notas da Autora:

O que acharam? Espero que tenham gostado. No primeiro é sempre chatinho, mas no decorrer da história melhora :)

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