Fanfic: Secret Heart ⋆~ | Tema: Vondy

Dulce: Você está bem? (perguntou á Christopher ao chegarem no salão da igreja – onde Luís estava sendo velado – de mãos dadas)

Christopher assentiu e lhe sorriu. Dulce beijou-o no ombro direito e seguiu atrás dele.
Morte. Um trágico acontecimento que – na maioria das vezes – é difícil ser aceitado. As lágrimas não são necessárias para demonstrar sofrimento e Christopher não chorou. As palavras do Padre – o mesmo que casara Luís com Alexandra – pareciam não fazer sentido para todos que estavam ali.

Recordações dos melhores momentos com Luis passavam – não só pela cabeça de Christopher – mas de todas as pessoas que puderam estar na companhia daquele velho e amável senhor. O empresário que, apesar de ter muito dinheiro, nunca deixara que o sucesso lhe subisse a cabeça.
Christopher: Me lembro de quando mamãe foi embora! (sussurrou apenas para Dulce e Christian ouvirem) Ele ficou tão triste, jurava que iria me deixar também!

You sang me Spanish lullabies, the sweetest sadness in your eyes

Dulce: Ele foi para um lugar melhor, sabes disso! (murmurou beijando-lhe de leve no pescoço)
Christopher: Eu sei! (sorriu fraquinho)

Christian lhe sorriu também, dando dois tapinhas em seus ombros. A cerimônia de despedida fora encerrada e com isso, chegara a hora de dizer adeus. Christopher preferira não falar nada. As condições de sair algo descente naquele momento não era as melhores.

Christian, Christopher, Alec e Jackson. Foram estas as pessoas que levaram Luís para o carro. Um funcionário, um filho e dois primos.

Christopher: Não estou certo de que quero ir ao enterro! (murmurou á Dulce, ao entrarem no carro)
Dulce: Pode se arrepender depois! (levou uma mão ao rosto dele, o acariciando)
Christopher: Não estou agüentando mais! (sussurrou com a voz embargada)
Dulce: Chore, meu amor. Vai te fazer bem!

Não fora preciso de outras palavras para Christopher perceber que o que necessitava naquele momento era chorar. Dulce o abraçou – como pôde – e não se aquietou até vê-lo calmo.

Dulce: Está melhor? (perguntou ao ouvir o choro dele cessar)
Christopher: Uhum! (assentiu e levantou a cabeça – que antes estava encostada no volante) O que eu faria se você não estivesse aqui? (olhou-a sério)
Dulce: Não tem porquê pensar nessa possibilidade! (sorriu e lhe tocou os lábios rapidamente) Vamos?
Christopher: Sim! (se endireitou no banco e ligou o motor do carro) Dul? (a chamou)
Dulce: Oi? (voltou a olhá-lo)
Christopher: Eu amo você! (sorriu, beijando-lhe a mão)
Dulce: Eu também amo você! (murmurou, abrindo um largo sorriso)

Christopher continuou a segurar a mão dela e quando precisava mudar a marcha do carro, colocava a mesma sobre sua coxa. Não permitiria que Dulce saísse de sua vida, não agora que a tinha.

Quando chegaram ao cemitério, o corpo de Luís já havia sido levado para dentro. O casal seguiu a passos lento até onde se via a multidão. Continuaram com a oração e após isso, Christopher se aproximou do caixão sozinho.

Christopher: Não sei se fui o filho que o senhor merecia, ou o que o senhor imaginava ser. Apenas sei que foras o melhor pai que alguém possa imaginar. Quando nós dois perdemos a mamãe, jurava que perderia o senhor também, mas não. Você fora forte o bastante para cuidar de mim e me fazer o que sou hoje. Devo a você, Luís Von Uckermann, toda a minha vida. Irás fazer muita, muita falta, mas sei que onde quer que esteja olha por mim e se Deus te levou embora é porque sabe que vou conseguir superar. (sussurrou, beijando a testa do pai) Eu te amo meu velho. Sempre te amarei!

Dulce foi até Christopher e o tirou do local – vendo o estado em que estava. Abraçou-o fortemente, sentindo as lágrimas dele molharem sua blusa. Apertou os braços em torno das costas dele, lhe beijando o ombro delicadamente.

Dulce: Fica calmo, amor. Tudo vai se ajeitar, se acalma, por favor! (pediu)

Christopher assentiu, apertando a cintura dela. Ficaram ali por algum tempo, até que Christian os interrompeu.

Christian: Brother, vai dar tudo certo, ok? (abraçou-o amigavelmente)
Christopher: Valeu, cara! (sorriu)
Christian: Estamos contigo e não abrimos mão! (se referiu á si mesmo e Dulce)
Dulce: Com certeza! (assentiu)
Christopher: Obrigada, de verdade! (mirou os dois compadecido)
Dulce: Não tem do quê agradecer, já disse! (se aproximou dele e lhe tocou a face)
Christian: Faço as palavras de Dulce, as minhas! (concordou) Vai pra casa e descansa, Ucker. Teremos longos dias pela frente! (se referiu ás empresas)
Christopher: Sim! (respirou fundo) Vamos, Dul?
Dulce: Vamos sim! Tchau Christian! (beijou-o no rosto e acenou)
Christian: Tchau, Dul.Tchau brother! (acenou para o amigo e a ruiva)
Christopher: Tchau, Christian! (entrelaçou suas mãos com as de Dulce e voltou a mira-lo) Avise o pessoal das empresas que voltaremos a trabalhar em 2 dias úteis, ok?
Christian: Pode deixar!

Christopher e Dulce saíram do local e seguiram para o apartamento dele. Ambos precisavam descansar.