Fanfics Brasil - Capitulo 6 (PARTE 1) A probabilidade estatística do amor à primeira vista(adaptada)

Fanfic: A probabilidade estatística do amor à primeira vista(adaptada) | Tema: Vondy


Capítulo: Capitulo 6 (PARTE 1)

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Dulce dorme: à deriva, sonhando. Em lugar escondido da mente, ela se imagina em outro vôo – é uma imagem forte, mesmo que o restante do corpo esteja mole de tanta exaustão. É o vôo que ela havia perdido. Três horas na frente, ela se imagina sentada ao lado de um senhor de idade com bigode comprido. Ele espirra e fica se mexendo, enquanto o avião passa pele Atlântico, e nunca dirige uma palavra a Dulce, que está cada vez mais ansiosa. Sua mão está apoiada no vidro da janela que a separa do nada, do nada e mais nada.


Ela abre os olhos rapidamente e vê que o rosto de Christopher está muito perto do seu. Está atento e quieto, com uma expressão difícil de decifrar. Ela toca seu coração, assustada, e se dá conta de que está com a cabeça encostada no ombro dele.


-Desculpa – murmura e se afasta.


O avião está quase completamente escuro agora, e parece que todo mundo está dormindo. Até mesmo as telas se apagaram. Dulce levanta a mão dormente presa entre eles, e checa o relógio que ainda está, infelizmente, no fuso de Nova York. Passa a mão no cabelo e dá uma olhada na camisa de Christopher para ver se babou em cima dele, pois ele está oferecendo um guardanapo para ela.


-Para quê isso?


Ela aponta para o guardanapo, e ela vê que ele desenhou um dos patos do filme.


-São seus materiais preferidos? – pergunta ela. – Caneta e guardanapo?


Ele sorri.


-Coloquei o boné de beisebol e os sapatênis para deixar o pato mais americano.


-Que graça, mas geralmente chamamos isso apenas de tênis – responde bocejando no final da frase. Coloca o guardanapo em cima da mochila. – Você não dorme em aviões?


Ele encolhe os ombros.


-Normalmente sim.


-Mas hoje, não?


Ele balança a cabeça.


-Não consegui.


-Que droga – diz ela, mas ele não lamenta.


-Você parecia estar dormindo bem.


-Mas não estava – diz ela. – Se bem que é bom eu ter dormido agora para conseguir ficar acordada durante a cerimônia amanhã.


Christopher olha para o relógio.


-Hoje, né?


-Isso – diz ela e franze o rosto. – Sou a madrinha do casamento.


-Maneiro.


-Não se eu perder a cerimônia.


-Mas sempre tem a festa depois.


-Verdade – diz, bocejando de novo. – Mal posso esperar para ficar sentada sozinha, vendo meu pai dançando com uma mulher que eu nunca vi antes.


-Você nunca a viu? – pergunta Christopher com seu sotaque britânico.


-Não.


-Nossa – comenta. – Então vocês não devem ser muito próximos.


-Eu e meu pai? Já fomos mais.


-Mas o que ouve?


-O que houve foi que seu país o engoliu.


Christopher dá uma risada curta e insegura.


-Ele foi dar aula um semestre em Oxford – explica Dulce –, e nunca mais voltou.


-Quando?


-Há quase dois anos.


-E foi quando conheceu essa mulher?


-Isso.


Christopher balança a cabeça.


-Que péssimo.


-Pois é – concorda.


As palavras não conseguem expressar o quanto foi realmente péssimo, o quanto ainda é. Apesar de ter contado a versão longa da história milhões de vezes para milhões de pessoas diferentes, ela sente que Christopher compreende melhor que os outros. A impressão deve ser fruto da maneira como ele a observa, com aqueles olhos que cavam um buraco em seu coração. Sabe que não é real; é a ilusão da proximidade, da falsa confiança que paira no avião quieto e escuro, mas ela não liga. Pelo menos, neste momento, parece ser real.


-Você deve ter ficado arrasada – diz ele –, e sua mãe também.


-No começo ficou. Mal saía da cama. Mas acho que ela voltou à realidade mais rápido que eu.


-Como? – pergunta ele. – Como você se recupera de uma coisa como essa?


-Não sei – responde Dulce honestamente. – Ela acredita que estão melhor assim. Que era para ser assim mesmo. Ela tem um novo namorado e ele, uma nova namorada, e ambos felizes agora. Só Dulce que não estava contente, principalmente com essa história de ter que conhecer a nova namorada dele.


-Mesmo que ela não seja tão nova na história.


-Especialmente porque não é nova na história. Isso deixa tudo dez vezes mais intenso e estranho, e é a última coisa que quero. Fico me imaginando entrando no casamento e todo mundo olhando para mim. A filha americana melodramática, que se recusou a conhecer a madrasta. – Dulce torce o nariz. – Madrasta. Meu Deus.


Christopher franze o rosto.


-Eu acho que é muita coragem.


-O quê?


-O que você está fazendo. O fato de encarar tudo isso. Seguir em frente. É muita coragem.


-Não me sinto corajosa.


-É porque está no meio da situação – explica –, mas você vai ver.


Ela o analisa com cuidado.


-E você?


-O que tem eu?


-Aposto que você não teme seu casamento nem a metade que temo o meu.


-Eu não diria isso – fala com um tom resoluto.


Ele estava bem perto dela, seu corpo já se apoiando em Dulce. Mas agora se afasta, não muito, apenas o suficiente para que ela perceba.


Dulce se inclina para frente e ele se estica para trás, como se estivessem unidos por uma força invisível. O casamento do pai não era um assunto agradável, mas ela falou assim mesmo não falou?


-Então, você vai se encontrar com seus pais?


Ele faz que sim com a cabeça.


-Que bom – diz ela. – Vocês têm uma boa relação?


Ele abre a boca e a fecha logo em seguida, quando vê o carrinho de bebidas se aproximando. As garrafas fazem barulhos aos se chocarem. A comissária pisa no freio assim que passa por eles e se vira novamente para começar a atender aos pedidos.


A cena é tão rápida que Dulce quase não acompanha: Christopher pega uma moeda no bolso da calça jeans e joga no corredor com um movimento rápido do pulso. Ele se abaixa na frente da senhora, que ainda dorme, pega a moeda com a mão esquerda e duas garrafinhas de Jack Daniel’s com a direita. Coloca as garrafas no bolso junto com a moeda, segundo antes da comissária perguntar o que vão beber.


-Querem alguma coisa? – pergunta, olhando para o rosto surpreso de Dulce, as bochechas rosadas de Christopher e a senhora roncando com vigor no assento da ponta.


-Não, obrigada – responde Dulce.


-Também não quero nada – diz Christopher. – Saúde mesmo assim


Quando a comissária se distancia, levando o carrinho, Dulce olha para ele, boquiaberta. Ele pega as garrafas e dá uma pra ela, depois, abre a sua e encolhe os ombros.


-Foi mal – diz –, mas achei que se vamos conversar sobre família, um pouco de uísque cairia bem.


Dulce fica olhando para garrafa em suas mãos.


-Você vai beber isso tudo?



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Autor(a): leticialsvondy

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Christopher sorri. -Será que a minha pena vai ser de dez anos de trabalhos forçados? -Pensei em alguma coisa do tipo lavar pratos em restaurantes – brinca e devolve a garrafa para ele –, ou talvez carregar malas. -Acho que você vai me fazer carregar malas de qualquer maneira – responde. – Não se preocupe, vou deixar uma g ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 12



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  • minhavidavondy Postado em 07/05/2016 - 23:19:33

    Ameiiiiiiiiiiiiiiiiii

  • stellabarcelos Postado em 28/12/2015 - 21:17:51

    Amei

  • kathleen_ Postado em 07/10/2014 - 21:13:21

    nossa já acabou? UAU não sei o que falar

  • wermelinnger_ Postado em 06/10/2014 - 23:52:20

    ai amoooooo essa weeeeeeeb *-* ... posta maaais

  • kathleen_ Postado em 05/10/2014 - 21:35:27

    posta maisss

  • kathleen_ Postado em 05/10/2014 - 21:35:11

    PELO AMOR DE DEUS CONTINUAAAAAAA

  • kathleen_ Postado em 03/10/2014 - 06:48:58

    leitora nova continuaaa to amando essa fic

  • leticialsvondy Postado em 27/09/2014 - 16:49:13

    nyb eu não sabia que tinha sido posta aqui no site, só li o livro e gostei, e resolvi adaptar para vondy, pois é meu csal preferido.

  • nyb Postado em 27/09/2014 - 16:35:52

    Olá essa fic. Foi postada anteriormente por uma amg minha na versao ponny acharia pelo menos justo ter pedido a ela pra adptar vondy ou credita-la ja q o livro nn é mto conhecido.. Apenas minha opnião

  • milah_cruz Postado em 27/09/2014 - 15:02:33

    leitora nova continuaaa.... to amando


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