Fanfics Brasil - Capitulo 7 (PARTE 2) A probabilidade estatística do amor à primeira vista(adaptada)

Fanfic: A probabilidade estatística do amor à primeira vista(adaptada) | Tema: Vondy


Capítulo: Capitulo 7 (PARTE 2)

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-Comercial – corrige ela virando os olhos para cima. – Como resistir a um comercial desses.


Christopher sorri.


-Viu o quanto você já aprendeu?


Já tinham quase se esquecido da senhora ao lado deles. Ela dormiu por tantas horas que foi a falta de barulho de ronco que fez com que os dois olhassem para ela.


-Perdi muita coisa? – pergunta, abrindo a bolsa e pegando com cuidado os óculos, um frasco de colírio e uma pequena caixa de balas.


-Estamos quase chegando – informa Dulce –, mas a senhora tem sorte de ter conseguido dormir. Foi um vôo bem longo.


-Foi mesmo – concorda Christopher. Apesar de estar olhando para o outro lado, Dulce sabe, pelo tom de voz, que está sorrindo. – Foi uma eternidade


A mulher para o que está fazendo, segura os óculos entre o indicador e o dedão e olha para eles.


-Foi o que eu disse – fala e volta a mexer na bolsa.


Dulce, ciente do significado do que a velhinha disse, evita o olhar de Christopher. As comissárias examinam pela última vez os corredores pedem que os passageiros deixem o assento na posição vertical, afivelem os cintos e coloque suas malas de mão embaixo do assento da frente.


-Acho que vamos chegar um pouco mais cedo – diz Christopher –, então se a alfândega não estiver um inferno, talvez você consiga chegar a tempo. Onde é o casamento?


Dulce se inclina e pega o livro de Dickens de novo. Colocou o convite entre as folhas no final do livro para não perdê-lo.


-No Hotel Kensington Arms – informa. – Deve ser luxuoso.


Christopher chega perto e dá uma olhada na caligrafia elegante no convite cor de creme.


-Isso é a festa – diz apontando para a informação. – A cerimônia é na Igreja Sr. Barnabas.


-Fica perto?


-Do Heathrow? – Balança a cabeça. – Não, mas nada fica perto do Heathrow. Dá para chegar na hora, se você se apressar.


-Onde é o seu casamento.


Ele fica tenso.


-Em Paddington.


-Onde fica isso?


-Perto de onde cresci – diz. – Lado leste.


-Maneiro – comenta ela, mas ele não ri.


-É na igreja onde costumávamos ir quando criança – diz ele. – Tem anos que não vou lá. Sempre arrumava problema por escalar a estátua de Maria na frente da igreja.


-Imagino – diz Dulce e coloca o convite onde estava. Fecha o livro com muita força, Christopher se assusta e a observa jogando-o na bolsa.


-Vai mesmo devolver o livro para ele?


-Não sei – responde honestamente. – É provável.


Ele pensa um pouco.


-Será que pode esperar pelo menos até o fim do casamento?


Não era isso que Dulce havia planejado. Na verdade, tinha se imaginado calada e triunfante, entregando o livro para ele logo antes da cerimônia. Foi o único presente que ele deu para ela – deu de verdade, não foi um presente enviado pelo correio no aniversário ou no natal, mas uma coisa que colocou em suas mãos –, então a idéia de devolvê-lo dessa forma agradava Dulce. Se seria forçada a ir nesse casamento idiota, ia ser do jeito que queria.


-No entanto, Christopher está olhando para ela com preocupação. Dulce se sente desconfortável com aquele olhar de esperança e responde com voz trêmula.


-Vou pensar – diz  completa: – Talvez  eu nem chegue a tempo.


Olhou para a janela para acompanhar a decida, e Dulce tenta afastar uma onda de pânico; não é o medo da aterrissagem em si, mas de tudo que começa e termina com ela. O solo se aproxima rapidamente, fazendo com que tudo – as formas indefinidas lá embaixo – fique claro; as igrejas e cercas e restaurantes, até mesmo as ovelhas dispersas em um campo isolado. Ela fica observando a cidade chegando mais perto e segura o cinto de segurança com força, como se chegar fosse tão ruim quanto um acidente.


As rodas tocam o chão e quicam uma vez, duas, e a velocidade do pouso faz com que o avião deslize sobre a pista, impulsionando os passageiros para frente, como uma rolha que acabou de estourar, em meio ao vento, aos motores e ao som dos freios. É um momento tão forte para Dulce que ela tem a impressão de que nunca vão parar. Mas é claro que vão, e o avião finalmente para, e tudo volta a ficar tranquilo; depois de viajar oitocentos mil quilômetros por quase sete horas, começa a se arrastar para o portão com a velocidade de um carrinho de compras.


A pista em que estão se junta com outras, formando um grande labirinto até que pisam num tapete de asfalto que se estende e termina aonde ela consegue ver. Há torres de comunicação, filas de aviões e o grande terminal, que parece um gigante sonolento embaixo do céu nublado. Londres, finalmente, pensa Dulce. Está de costas para Christopher; sente-se grudada na janela por alguma força invisível, não consegue se virar para ele.


Quando chegam ao terminal, ela vê a rampa sendo alinhada ao avião, que se coloca graciosamente na posição correta e treme de leve ao estacionar. Mesmo quando param completamente, os motores silenciam e o sinal de afivelar o cintos se apaga, Dulce não se move. Escuta o som dos passageiros pegando suas bagagens, ainda sem se virar. Christopher espera um pouco até tocar seu braço. Só então ela se vira.


-Está pronta? – pergunta. Ela balança a cabeça devagar e Le sorri. – Nem eu – admite Christopher, levantando-se mesmo assim.


Antes de chegar a vez de saírem, Christopher pega uma cédula lilás dentro do bolso. Coloca a cédula no assento onde passou as últimas sete horas. O dinheiro fica lá imóvel, meio perdido na estampa chamativa do estofado.


-Para que isso? – pergunta Dulce.


-O uísque, lembra?


-Ah – responde e olha a nota mais de perto. – Aquilo não custou vinte libras de jeito nenhum.


Ele encolhe os ombros.


-Taxa extra de roubo.


-E se outra pessoa pegar?


Christopher se abaixa e coloca as pontas do cinto de segurança em cima da cédula. A impressão que dá é que o cinto está afivelado.


-Pronto – diz ele, levantado-se para admirar o trabalho. – A segurança vem em primeiro lugar.


Na frente deles, a senhora dá passos pequenos em direção ao corredor, para e fica olhando para o compartimento superior. Christopher vai rapidamente ajudá-la, ignorando as pessoas atrás deles. Pega a mala para ela e espera pacientemente que se ajeite.


-Obrigada – agradece ela, sorrindo. – Você é tão bonzinho. – Começa a andar, mas para, como se estivesse esquecido alguma coisa, e olha para ele de novo. – Você lembra o meu marido – diz.


-Espero que seja um elogio – diz Christopher meio sem graça.


-Eles estão casados há 52 anos – lembra Dulce.


Ele a observa pegar a mala.


-Achei que você não pensasse em se casar.


-Não penso mesmo – responde e vai em direção à saída.


Ele se aproxima dela no final do corredor. Nenhum dos dois fala nada, mas Dulce sente alguma coisa, um peso em cima deles como um tem de carga: o momento de dizer adeus se aproxima. Pela primeira vez em horas, ela se sente tímida. Ao seu lado, Christopher está de cabeça baixa, lendo as instruções da alfândega, pensando no próximo passo, seguindo em frente. É isso que se faz em aviões. Você divide um apoio de braço com uma pessoa por horas, troca histórias sobre sua vida, conta uma coisa ou outra, talvez uma piada. Comenta sobre o tempo e sobre a comida, que está ruim. Escuta o outro roncando. E, depois, diz adeus.


Se é assim, por que está se sentindo completamente despreparada?


Devia estar preocupada em achar um táxi e chegar à igreja a tempo, ver seu pai, conhecer Charlotte. No entanto, está pensando em Christopher, essa sensação – a vontade de não ir embora – a deixa com dúvidas. E se entendeu tudo errado? E se não foi nada do que está pensando?


As coisas já estão diferentes. Christopher parece estar a quilômetros de distância.


No final do corredor, encontram uma fila onde os passageiros do mesmo vôo estão parados com as malas apoiadas nos pés, cansados e resmungando.



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Autor(a): leticialsvondy

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 12



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  • minhavidavondy Postado em 07/05/2016 - 23:19:33

    Ameiiiiiiiiiiiiiiiiii

  • stellabarcelos Postado em 28/12/2015 - 21:17:51

    Amei

  • kathleen_ Postado em 07/10/2014 - 21:13:21

    nossa já acabou? UAU não sei o que falar

  • wermelinnger_ Postado em 06/10/2014 - 23:52:20

    ai amoooooo essa weeeeeeeb *-* ... posta maaais

  • kathleen_ Postado em 05/10/2014 - 21:35:27

    posta maisss

  • kathleen_ Postado em 05/10/2014 - 21:35:11

    PELO AMOR DE DEUS CONTINUAAAAAAA

  • kathleen_ Postado em 03/10/2014 - 06:48:58

    leitora nova continuaaa to amando essa fic

  • leticialsvondy Postado em 27/09/2014 - 16:49:13

    nyb eu não sabia que tinha sido posta aqui no site, só li o livro e gostei, e resolvi adaptar para vondy, pois é meu csal preferido.

  • nyb Postado em 27/09/2014 - 16:35:52

    Olá essa fic. Foi postada anteriormente por uma amg minha na versao ponny acharia pelo menos justo ter pedido a ela pra adptar vondy ou credita-la ja q o livro nn é mto conhecido.. Apenas minha opnião

  • milah_cruz Postado em 27/09/2014 - 15:02:33

    leitora nova continuaaa.... to amando


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