Fanfic: A probabilidade estatística do amor à primeira vista(adaptada) | Tema: Vondy
Dulce só se dá conta de que não sabe aonde está indo quando já está na rua. Os sinos tocam na igreja. Um enorme ônibus vermelho passa rápido e ela dá um passo para trás, surpresa, antes de sair correndo atrás dele.
Mesmo sem a mala, que deixou na igreja, ela ainda está lenta. Quando finalmente chega à esquina, o ônibus já foi embora.
Ofegante, apoia-se no vidro do ponto de ônibus para dar uma olhada no mapa com os trajetos, que nada mais é que um emaranhado de linhas coloridas e nomes estranhos. Morde os lábios enquanto o analisa e se pergunta se não há uma maneira melhor de decifrar o código, até que finalmente vê o nome Paddington no canto superior esquerdo.
Não parece ser tão longe, mas é difícil ter certeza sem ter noção da escala. Pode ficar a quilômetros dali, ou a apenas alguns quarteirões. Não há detalhes suficientes no mapa, e ela ainda nem sabe o que vai fazer quando chegar lá; a única coisa que lembra é que Christopher mencionou uma estátua da Virgem Maria na frente da igreja e que ele e seus irmãos costumavam subir nela. Olha para o mapa novamente. Quantas igrejas haveria numa parte tão pequena da cidade? E quantas estátuas?
De qualquer maneira, tem apenas dez libras na bolsa. A julgar pela corrida de táxi, dez libras não servem nem para ir à esquina. O mapa teimoso se recusa a desvendar seus mistérios, então ela acha melhor pedir informação para o próximo motorista de ônibus e torcer para que descubra o melhor caminho. Contudo, depois de dez minutos esperando em vão, resolve dar mais uma olhada nas rotas. Bate os dedos no vidro em sinal
óbvio de impaciência.
— Você sabe como funciona, não sabe? — diz um homem com camisa
de futebol.
Hadley se estica, ciente de que está bem-vestida demais para um
ponto de ônibus. Fica em silêncio, então o homem continua a falar. — Você
espera durante anos, aí vêm dois juntos.
— Tem algum ônibus aqui que vai para Paddington?
— Paddington? — pergunta. — Tem sim, não se preocupe.
Quando o ônibus chega, o homem sorri para Dulce e ela nem precisa perguntar ao motorista, pois entende que é o ônibus correto. Fica vendo as placas passarem pela janela e se pergunta como vai saber que chegou, pois as placas só mostram nomes de ruas, não de bairros. Depois de uns bons 15 minutos olhando para as paisagens, finalmente junta coragem para ir até a frente do ônibus e perguntar onde deve descer.
— Paddington? — indaga o motorista, mostrando um dente de ouro ao sorrir. — Você está indo na direção errada.
Dulce resmunga.
Ele a deixa sair em Westminster e ensina como chegar em Paddington de metrô. Ela fica parada por um instante na calçada. Olha para o céu e vê um avião, o que a deixa mais calma. Sente-se de novo no assento 18A, ao lado de Christopher, suspensa acima do mar, envolta por uma total escuridão.
De repente, parada na esquina no meio de Londres, ela se dá conta de que conhecê-lo foi um milagre. Imagine se tivesse chegado na hora certa para o primeiro voo? Ou se tivesse passado todas aquelas horas ao lado de outra pessoa, um estranho que, mesmo depois de quilômetros, continuasse sendo um estranho? A ideia de que seus caminhos quase não se cruzaram a deixa sem ar, como se acabasse de escapar de um acidente numa estrada. A arbitrariedade desse encontro a espanta. Como qualquer outro sobrevivente, sente uma leve onda de gratidão, metade adrenalina, metade esperança.
Ela vai andando pelas ruas lotadas de Londres, procurando pela saída do metrô. A cidade é cheia de caminhos complicados e contorcidos, cheia de avenidas curvas e ruelas sinuosas, como um labirinto vitoriano. É um lindo sábado de verão e as pessoas estão todas na rua, carregando sacolas de supermercado, empurrando carrinhos de bebê, passeando com cachorros e indo caminhar no parque. Passa por um menino que veste a mesma camiseta azul de Christopher e seu coração acelera.
Pela primeira vez, Dulce se arrepende de não ter visitado o pai antes para apreciar as construções antigas, tão imponentes, as cabines vermelhas de telefone, os táxis pretos e as igrejas de pedra. Tudo na cidade parece ser antigo, mas de uma maneira tão charmosa, como se fosse parte de um cenário de um filme. Se não estivesse correndo de um casamento para um funeral e, depois, de volta para o casamento, se não estivesse nervosa, se cada osso de seu corpo não implorasse por Christopher, seria até capaz de passar algum tempo por ali.
Quando finalmente vê a placa vermelha e azul do metrô, desce as escadas correndo e se assusta com a escuridão da estação. Leva muito tempo para entender como usar a máquina de bilhetes e sente que as pessoas na fila atrás dela estão impacientes, até que finalmente uma senhora, que se parece com a rainha, fica com pena e a ajuda. Primeiro, diz quais opções Dulce deve escolher, depois, a afasta da máquina para usá-la.
— Pronto, querida — diz, entregando o bilhete —, boa viagem.
O motorista dissera que Dulce poderia chegar em Paddington trocando de linhas em algum lugar, mas pelo que dá para ver no mapa, dá para ir direto pela linha Circle. Um painel digital avisa que o trem vai 115 chegar em seis minutos, então ela se espreme num pequeno espaço vazio na plataforma e espera.
Autor(a): leticialsvondy
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 12
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minhavidavondy Postado em 07/05/2016 - 23:19:33
Ameiiiiiiiiiiiiiiiiii
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stellabarcelos Postado em 28/12/2015 - 21:17:51
Amei
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kathleen_ Postado em 07/10/2014 - 21:13:21
nossa já acabou? UAU não sei o que falar
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wermelinnger_ Postado em 06/10/2014 - 23:52:20
ai amoooooo essa weeeeeeeb *-* ... posta maaais
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kathleen_ Postado em 05/10/2014 - 21:35:27
posta maisss
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kathleen_ Postado em 05/10/2014 - 21:35:11
PELO AMOR DE DEUS CONTINUAAAAAAA
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kathleen_ Postado em 03/10/2014 - 06:48:58
leitora nova continuaaa to amando essa fic
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leticialsvondy Postado em 27/09/2014 - 16:49:13
nyb eu não sabia que tinha sido posta aqui no site, só li o livro e gostei, e resolvi adaptar para vondy, pois é meu csal preferido.
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nyb Postado em 27/09/2014 - 16:35:52
Olá essa fic. Foi postada anteriormente por uma amg minha na versao ponny acharia pelo menos justo ter pedido a ela pra adptar vondy ou credita-la ja q o livro nn é mto conhecido.. Apenas minha opnião
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milah_cruz Postado em 27/09/2014 - 15:02:33
leitora nova continuaaa.... to amando