Fanfics Brasil - Capitulo 12 (PARTE 3) A probabilidade estatística do amor à primeira vista(adaptada)

Fanfic: A probabilidade estatística do amor à primeira vista(adaptada) | Tema: Vondy


Capítulo: Capitulo 12 (PARTE 3)

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— Eu queria falar com você, na verdade — disse, colocando as mãos nos bolsos. — Queria pedir permissão para fazer uma coisa.


Dulce, a quem com certeza nenhum adulto jamais havia pedido permissão para nada, ficou intrigada com aquilo.


— Se achar que não é problema para você — disse ele com os olhos brilhando —, eu gostaria de pedir sua mãe em casamento.


Essa foi a primeira vez. A mãe disse não, e ele tentou de novo alguns meses depois. Ela disse não, e ele novamente esperou mais um pouco.


Dulce presenciou a terceira tentativa. Estava sentada numa das pontas da toalha de piquenique quando ele se ajoelhou na frente da mãe. O quarteto de cordas que havia contratado tocava ao fundo. A mãe ficou pálida e balançou a cabeça, mas Harrison apenas sorriu, como se aquilo fosse uma grande piada da qual ele também fizesse parte.


— Achei que você fosse responder isso — disse, fechando a caixinha e colocando-a de volta no bolso.


Olhou para o quarteto e encolheu os ombros, depois se sentou na


toalha de piquenique. A mãe se aproximou dele e Harrison balançou a


cabeça de leve.


— Eu juro — disse ele — que vou vencer pelo cansaço.


A mãe sorriu.


— Espero que sim.


Na opinião dela, aquilo era totalmente bizarro. Era como se a mãe, ao mesmo tempo, quisesse e não quisesse casar com ele, como se, mesmo sabendo que era a melhor opção, não conseguisse dizer sim porque alguma coisa a impedia.


— Isso não tem a ver com o papai, tem? — perguntou mais tarde, e a mãe a olhou, séria.


— É claro que não — disse —, até porque se eu quisesse competir com ele, teria que ter dito sim, não é?


— Eu não quis dizer que você está tentando competir com ele — explicou Dulce. — Acho que a minha dúvida era mais se você ainda está esperando que ele volte.


A mãe tirou os óculos.


— O seu pai... — disse e fez uma pausa. — A gente se enlouquecia. E eu ainda não o perdoei pelo que fez. Tem uma parte do meu coração que sempre vai amá-lo, principalmente por sua causa, mas as coisas são como são por um motivo, não é?


Mas você ainda não quer se casar com Harrison.


A mãe concordou.


— Mas você o ama.


— Amo — respondeu. — Muito.


Dulce balançou a cabeça, frustrada.


— Isso não faz sentido nenhum.


— Não é para fazer — disse a mãe com um sorriso. — O amor é a coisa mais estranha e sem lógica do mundo.


— Não estou falando sobre amor — insistiu —, estou falando sobre casamento.


A mãe encolheu os ombros.


— Isso — respondeu — é ainda pior.


Agora, Dulce está do lado de fora de uma igreja em Londres, vendo os jovens noivos descendo as escadas. O telefone ainda está perto do ouvido, ela fica escutando os toques de chamada através do oceano, pelos cabos, ao redor do globo terrestre. O noivo entrelaça seus dedos com os da noiva. É um gesto discreto, porém cheio de significado: os dois se mostram ao mundo como uma unidade.


Respira fundo quando a ligação cai na caixa postal. A voz tão familiar da mãe diz para deixar uma mensagem. Ela se vira para o oeste, inconscientemente, como se isso a fosse deixar mais perto de casa. Vê o campanário de uma igreja por entre as fachadas brancas de dois prédios.


Antes de o telefone dar o sinal para o início da gravação da mensagem, ela fecha o aparelho, deixa outro casamento para trás e anda rápido para a outra igreja, sabendo, mesmo sem saber, que era a que estava procurando.


Quando chega lá, depois de dar a volta num dos prédios e de passar por entre os carros na calçada, fica paralisada, seu corpo dormente por causa da cena. Lá está, no pequeno pátio, a estátua daVirgem Maria, na qual Christopher costumava subir com os irmãos. Em volta da estátua, em pequenos grupos, há pessoas com roupas pretas e cinza.


Dulce fica parada ao longe, pés fincados na calçada. Agora que está lá, sua decisão de ter ido parece ser a pior coisa do mundo. Tem consciência de que sempre tendeu a se jogar nas situações, mas se dá conta de que esse tipo de visita não se faz dessa maneira. Este não é o fim de uma jornada espontânea, e sim uma coisa profundamente triste, uma coisa irreversível e terrivelmente fatal. Olha para seu vestido de tom lilás, muito alegre para a ocasião, e já está se preparando para ir embora quando avista Christopher, do outro lado do pátio, e sente a boca seca.


Está ao lado de uma mulher baixa, abraçado com ela. Dulce deduz que é sua mãe, mas depois dá uma olhada com mais atenção e percebe que não é Christopher. Os ombros são muito largos e os cabelos muito claros. Quando protege os olhos do sol com as mãos, vê que aquele homem é muito mais velho. Mesmo assim, fica espantada quando ele olha para ela através do pátio. Fica claro que é um dos irmãos de Oliver, tem alguma coisa muito familiar em seus olhos. Seu estômago chega a doer, ela anda para trás e se esconde atrás de um arbusto, como se fosse uma criminosa.


Quando se certifica que não conseguem mais vê-la ali ao lado da igreja, percebe que está perto de uma cerca de ferro, coberta de plantas. No outro lado, há um jardim com árvores frutíferas, uma variedade desorganizada de flores, alguns bancos de pedra e uma fonte que está quebrada e seca. Ela dá a volta na cerca, passando a mão pelo metal gelado até chegar ao portão.


Um pássaro grita no ar e Dulce o observa fazer círculos preguiçosos no céu. As nuvens estão espessas, como algodão, e douradas, por causa da luz do sol, e ela pensa no que Christopher dissera no avião. A palavra se define em sua mente: cumulus. A nuvem que parece ser imaginária e real, a um só tempo.


Quando olha para a frente de novo, ele está lá do outro lado do jardim, quase como se ela tivesse feito com que ele aparecesse com o poder da mente. Parece mais velho por causa do terno, pálido e solene, cavando o chão com a ponta do sapato, ombros caídos e cabeça baixa. Ao vê-lo, Dulce sente uma onda tão forte de afeição que quase o chama.


Porém, antes que ela tenha tempo de reagir, ele se vira.


Tem alguma coisa diferente nele, algo quebrado, um vazio em seus olhos que a faz ter certeza que não devia ter vindo. No entanto, o olhar dele a mantém presa, colada no chão que pisa, dividida entre o instinto de ir embora e o desejo de ir até ele.


Ficam assim por um bom tempo, parados como estátuas. Ele não faz nenhum gesto — nem de boas-vindas nem de que precisa dela —, portanto Dulce engole a saliva e decide ir embora.


Mas, assim que se vira para sair, ela escuta a voz dele dizendo uma palavra cujo peso abre portas, como um fim e um começo, como um desejo.


— Espere — pede ele, e ela obedece.



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Autor(a): leticialsvondy

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— O que você está fazendo aqui? — pergunta Christopher olhando para ela como se não acreditasse que está lá. — Eu não notei — responde com calma —, no avião... Ele abaixa o olhar. — Não percebi — repete ela. — Desculpa. Ele faz que sim e olha para um banco afastado, cuj ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 12



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  • minhavidavondy Postado em 07/05/2016 - 23:19:33

    Ameiiiiiiiiiiiiiiiiii

  • stellabarcelos Postado em 28/12/2015 - 21:17:51

    Amei

  • kathleen_ Postado em 07/10/2014 - 21:13:21

    nossa já acabou? UAU não sei o que falar

  • wermelinnger_ Postado em 06/10/2014 - 23:52:20

    ai amoooooo essa weeeeeeeb *-* ... posta maaais

  • kathleen_ Postado em 05/10/2014 - 21:35:27

    posta maisss

  • kathleen_ Postado em 05/10/2014 - 21:35:11

    PELO AMOR DE DEUS CONTINUAAAAAAA

  • kathleen_ Postado em 03/10/2014 - 06:48:58

    leitora nova continuaaa to amando essa fic

  • leticialsvondy Postado em 27/09/2014 - 16:49:13

    nyb eu não sabia que tinha sido posta aqui no site, só li o livro e gostei, e resolvi adaptar para vondy, pois é meu csal preferido.

  • nyb Postado em 27/09/2014 - 16:35:52

    Olá essa fic. Foi postada anteriormente por uma amg minha na versao ponny acharia pelo menos justo ter pedido a ela pra adptar vondy ou credita-la ja q o livro nn é mto conhecido.. Apenas minha opnião

  • milah_cruz Postado em 27/09/2014 - 15:02:33

    leitora nova continuaaa.... to amando


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