Fanfic: A probabilidade estatística do amor à primeira vista(adaptada) | Tema: Vondy
Se alguém perguntasse por algum detalhe específico da viagem de volta à Kensington — em qual estação do metrô fez baldeação, quem sentou ao seu lado, quanto tempo levou —, Dulce teria dificuldade em responder. Dizer que a volta foi um borrão sugeriria que pelo menos alguma informação teria sido apreendida, mesmo que a confusão fosse intensa.
Mas, quando finalmente voltou à luz do dia na parada de Kensington, foi tomada por uma sensação desconfortável de que viajou no tempo como uma pedra.
O choque — ou seja lá o que for isso que está sentindo — é uma das curas mais eficazes para a claustrofobia. Viajou por baixo do solo durante uma hora e meia e não teve que forçar sua mente a pensar em outro lugar nem uma vez. A localização não importava; sua mente já estava nas nuvens.
Ela se dá conta de que deixou o convite do casamento dentro do livro, e mesmo sabendo que o hotel é perto da igreja, não consegue se lembrar do nome. Violet ficaria surpresa. Quando abre o celular para ligar para o pai, Dulce vê que tem uma mensagem, e mesmo antes de digitar sua senha, sabe que é da mãe. Ela nem checa a mensagem, simplesmente liga de volta, não quer ouvir a caixa postal de novo.
A mãe, porém, não atende.
Mais uma vez cai na caixa postal, e Dulce suspira.
Tudo o que quer é falar com a mãe, contar sobre o pai e o bebê, sobre Christopher e o pai dele, sobre o fracasso da viagem.
Tudo o que quer é fingir que as duas últimas horas não existiram.
Sente um bolo do tamanho de um punho em sua garganta quando pensa na maneira como Christopher a deixou sozinha no jardim, a maneira como seus olhos — que a observaram com tanto carinho no avião — estavam fixados no chão.
E aquela garota. Tinha quase certeza que era a ex-namorada dele — a maneira casual como veio chamá-lo, a mão amiga no ombro. Só não tem certeza sobre ser ex. Ela olhou para ele de uma maneira tão possessiva, como se estivesse demarcando o território, mesmo que a distância.
Encosta numa cabine telefônica vermelha e se sente mal, deve ter parecido uma idiota por ter ido procurar por ele daquele jeito. Tenta não pensar no que devem estar falando sobre ela, mas as possibilidades passam pela mente mesmo assim: Christopher encolhendo os ombros em resposta às perguntas da garota, dizendo que Dulce é só uma pessoa que conheceu no avião.
Carregou as memórias da noite no voo durante a manhã inteira, a ideia de que Christopher fora uma espécie de escudo contra este dia, mas agora estava tudo arruinado. Nem mesmo a memória do último beijo a anima. É provável que nunca mais o veja, e a maneira como se despediram a faz querer se deitar no chão bem ali na esquina.
— Onde você está? — pergunta, quando ela atende. Ela olha para todos
os lados.
— Estou quase aí — responde, sem ter certeza de onde fica esse aí.
— Onde você estava? — pergunta ele.
Pelo tom de voz, sabe que o pai está furioso. Pela milionésima vez naquele mesmo dia, sente vontade de voltar para casa, mas ainda tem que ir à festa e dançar com o pai raivoso enquanto todo mundo olha; ainda tem que desejar tudo de bom para o casal, ver o bolo sendo cortado e passar mais sete horas sobrevoando o Atlântico ao lado de alguém que não vai desenhar um pato num guardanapo, que não vai roubar uma garrafinha de uísque para ela, nem vai tentar beijá-la no banheiro.
— Tive que ir ver um amigo — explica.
O pai resmunga.
— E agora? Vai visitar algum coleguinha em Paris?
— Pai.
Ele respira fundo.
— Você escolheu uma excelente hora para isso, Dulce.
— Eu sei.
— Fiquei preocupado — admite.
O tom áspero em sua voz vai diminuindo. Ela esteve tão ansiosa para achar Christopher que não pensou que o pai fosse ficar preocupado. Com raiva, sim; mas, preocupado? Ele não bancava o pai protetor há tanto tempo, e, além disso, é o dia do casamento dele. Agora percebe que sua fuga pode ter assustado o pai, e começa a ficar mais calma também.
— Fui impulsiva — confessa. — Perdão.
— Quanto tempo vai demorar para chegar aqui?
— Pouco tempo — responde. — Quase nada.
Ele respira fundo de novo.
— Que bom.
— Mas, pai?
— O quê?
— Aonde é que eu tenho que ir?
Autor(a): leticialsvondy
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Dez minutos depois, com a ajuda das instruções do pai, Dulce está na entrada do hotel Kensington Arms, uma mansão gigante que parece fora de contexto no meio das ruas lotadas, como se tivesse sido arrancada do interior e despejada ali em Londres. O chão é feito de mármore preto e branco, como um gigantesco tabuleiro de xadrez, ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 12
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minhavidavondy Postado em 07/05/2016 - 23:19:33
Ameiiiiiiiiiiiiiiiiii
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stellabarcelos Postado em 28/12/2015 - 21:17:51
Amei
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kathleen_ Postado em 07/10/2014 - 21:13:21
nossa já acabou? UAU não sei o que falar
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wermelinnger_ Postado em 06/10/2014 - 23:52:20
ai amoooooo essa weeeeeeeb *-* ... posta maaais
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kathleen_ Postado em 05/10/2014 - 21:35:27
posta maisss
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kathleen_ Postado em 05/10/2014 - 21:35:11
PELO AMOR DE DEUS CONTINUAAAAAAA
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kathleen_ Postado em 03/10/2014 - 06:48:58
leitora nova continuaaa to amando essa fic
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leticialsvondy Postado em 27/09/2014 - 16:49:13
nyb eu não sabia que tinha sido posta aqui no site, só li o livro e gostei, e resolvi adaptar para vondy, pois é meu csal preferido.
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nyb Postado em 27/09/2014 - 16:35:52
Olá essa fic. Foi postada anteriormente por uma amg minha na versao ponny acharia pelo menos justo ter pedido a ela pra adptar vondy ou credita-la ja q o livro nn é mto conhecido.. Apenas minha opnião
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milah_cruz Postado em 27/09/2014 - 15:02:33
leitora nova continuaaa.... to amando