Fanfics Brasil - Capítulo Final - Sábado Love is Here

Fanfic: Love is Here | Tema: Cavaleiros do Zodíaco


Capítulo: Capítulo Final - Sábado

387 visualizações Denunciar


...


Sábado; 1h34 da Madrugada.


As luzes trovejantes ainda cavalgavam pelos céus Gregos em meio à tormenta. A Chuva caía forte e castigava àquela terra árida com sua imponência e poder...


Sobre as fortes brumas que lhe caíam sobre o corpo e o veículo ao qual ele pilotava, o rapaz de negros cabelos continuava à seguir por àquela sombria estrada deserta, tendo apenas as luzes dos relâmpagos como o único meio de iluminação na escuridão torrencial que pairava sobre si. O farol de sua moto, mal conseguia iluminar qualquer coisa à sua frente, tamanha era a intensidade da chuva que caía.


Suas roupas, à tal altura, já estavam completamente encharcadas, assim como sua pele e seus cabelos, outrora de um tom castanho dourado, agora tingidos de um preto intenso. Seus olhos, mesmo em meio ao dilúvio que se sucedia, ainda mantinham o tom esmeraldino de sempre, carregado dessa vez com um brilho de determinação e ansiedade. Sua expressão era séria e focada, e mesmo não conseguindo enxergar quase nada à frente, seu olhar era fixo no caminho que percorria. Aquele era o caminho certo, pois seria o caminho que o levaria de volta à ele... Aquele à quem amava... O Homem à quem seu Coração pertencia, e que fazia todo o seu ser estremecer apenas pelo simples ato de lembrar seu nome... "Aioria". Essa palavra ecoava em sua mente a cada novo segundo que se passava, e era somente com ele que ele queria estar naquele momento.


"É um dia chuvoso e eu...
Dou toda minha luz do sol.
Tudo está cinza mas...
Eu vejo você em minha mente.
Eu posso acender uma Luz;
E eu sei que Eu vou ficar tão bem assim"


Aioria vislumbrava de relance, por entre as brechas da persiana que encobria a janela traseira de seu trailer o relampear reluzente dos raios que lá fora se mostravam...


Suas íris esverdeadas encaravam a tempestade com firmeza e fixação, e o vislumbre que ela se mostrava ser conseguira capturar de forma contínua o interesse do leonino. Seu semblante ainda era triste, porém, ver àquela tormenta castigar a terra árida em que se encontrava de forma tão brutal e avassaladora, lhe fazia refletir sobre a dor que lhe acudia o peito em mais uma noite de solidão e amargura.


Do mesmo jeito que a Chuva e os Relâmpagos atormentavam o Vasto deserto, a dor da falta de Aioros imundava o seu ser cada vez mais a cada segundo decorrente. Ele havia dito para si mesmo por inúmeras vezes nos últimos dias que se esforçaria para não vir a sentir mais isso... Mas o sentimento que lhe tomava era muito mais forte que a sua já tão desgastada e vaga força de vontade.


Durante o dia, ele até que conseguia, ainda que a custo de muito esforço, afastar as lembranças e os pensamentos saudosos de sua mente por alguns poucos instantes. Mas ao cair da noite, assim como algo que fora pré-programado; tudo o que ele queria evitar lhe voltava a visão e a mente de forma ainda mais intensa do que antes; causando-lhe ainda mais desespero.


Ele não tinha mais em seu coração a esperança, ou mesmo a ideia fantasiosa de que Aioros ainda regressaria para si. Passado tanto tempo assim, que à essa altura já se fazia uma semana de sua partida, era praticamente impossível que o mais velho retornasse, e era com isso que ele tinha que se acostumar. Na verdade, por ele mesmo, o costume já haveria de ter vindo, mas era difícil fazer seu subconsciente teimoso e seu coração machucado e necessitado do Sagitariano aceitarem também... Era um dilema perdido.


Um novo clarão estrondoso que rasgou os céus nas proximidades o fez voltar à sombria realidade em que se encontrava... Ele estava em transe, longe dali, sua mente vagava pelas possibilidades e futuros incertos, e fora somente àquele grito da natureza revolta que o trouxe de volta. Seus olhos arregalaram-se levemente diante do contemplar de tal visão; era realmente muito fascinante apreciar aquela tempestade, pois parecia que a natureza era a única que conseguia compreendê-lo naqueles momentos; pois via nela a mesma fúria e selvageria que crescia dentro de si... Ele estava ferido, magoado, destruído, e tudo isso fora feito pelo mesmo sentimento que outrora ele mesmo julgou ser o melhor que já havia sentido, e agora, ele se mostrava ser mais devastador do que qualquer coisa.


Desviou o olhar da tempestade, focando então no escuro e depressivo ambiente que o interior do seu trailer se tornara. Todas as luzes estavam apagadas, e apenas as sombras dos objetos se faziam presentes a cada relampear que de forma não intencional clareava também o interior do recinto pelas fendas nas persianas.


Ele abaixou a cabeça, mirando então um ponto qualquer no agora escuro lençol branco que ainda cobria aquela enorme cama. Estava sentado nela, com as costas rente à fria parede metálica do carro-casa; seus curtos pelos louros, espalhados discretamente por todo o corpo se arrepiavam com a sensação térmica causada pelo agressivo frio da noite. Ele usava apenas uma bermuda jeans velha e surrada, e mesmo com a baixa temperatura e com a pele eriçada, ainda assim, recusava-se a vestir alguma camiseta ou roupa que lhe cobrisse o tórax e a parte superior do corpo.


Ele apertou forte as mãos, fechando seus punhos com fervor... Sua expressão era séria e extremamente dolorida; como se algo lhe dissesse interiormente que alguma coisa estaria por vir, mas a sua fé estava totalmente escassa naquele momento.


Era uma sensação curiosa, mas, à exemplo das demais que o atormentavam, ela era extremamente incomoda e indesejável... Era torturante cogitar que ainda possuía alguma esperança... `Dor` era uma palavra vaga para descrever sua agonia...


Desviou então o olhar, e mirou com intensidade um objeto que geralmente sempre enfeitou a cabeceira ampla de sua cama. Um porta-retrato, aonde Ele e Aioros estavam abraçados, lado à lado, numa foto um tanto velha, de bons tempos passados.


Suspirou, erguendo-se levemente e estendendo o braço para poder alcançar o objeto. Tomou-o em mãos e logo retornou para a sua posição inicial.


Aquela foto lhe trazia boas e más lembranças. Olha-la, e encarar novamente a imagem nítida de Aioros lhe fazia pensar que talvez tudo isso poderia ter sido evitado se ele nunca tivesse realmente cometido o erro de amá-lo mais do que deveria... Mais do que lhe era permitido na condição de irmão.


Talvez se nunca tivesse acontecido nada entre eles, Aioros jamais o teria deixado, e ainda estaria ali com ele, cuidando dele, dormindo ao seu lado, aonde ele poderia sentir o seu cheiro e a sua presença bem próxima à si, dando-lhe o conforto e a segurança que agora ele tanto almejava possuir.


Se ele nunca tivesse errado com Aioros daquela maneira, agora... Tudo estaria bem... E talvez, ou com certeza, a culpa disso tudo fora dele mesmo, e isso seria mais um motivo para que ele pagasse amargamente por um erro tão desmedido como esse.


Tocou de forma lenta e carinhosa o vidro que encobria a fotografia, deslizando de forma suave os dedos por aquele cristal, mais precisamente sobre a parte que correspondia ao irmão na imagem. Sentiu algo quente e molhado correr por seu rosto, e tão logo notou isso, uma gota d`água caiu por sobre a foto, exatamente em cima de Aioros.


Um sorriso triste e doloroso se formou ainda que sem intensão nos lábios dele, e com as costas da mesma mão que ele tocava o retrato, ele enxugou o rosto, removendo as lágrimas teimosas que novamente lhe queriam correr pela face. Era insuportável demais conviver com aquilo, com essa sensação de derrota e perda... Ele não suportaria muito mais...


Um novo estrondo a se fazer presente nos Céus lhe chamou novamente à atenção, fazendo-o olhar por entre as fendas abertas da janela atrás de si e novamente admirar a luz branca que incendiava a sombria atmosfera noturna trazida pelo diluvio torrencial.


O Brilho lacrimoso em seu olhar esmeraldino, que agora, estava bem menos cintilante e evidentemente mais opaco que antes evidenciava tudo o que sentia. Admirou então o correr incoerente do estonteante relampeio pelos cinzentos ares da Noite até que se findasse no distante horizonte.


"Eu coloquei outra foto sua ao lado da minha cama;
Eu ouço o vento soprar alto dentro da minha cabeça;
Eu não quero pensar na distância que nos mantêm afastados"


A Velocidade com o qual Aioros conduzia o veículo em que estava era tremenda a ponto de fazer a água que na pista se encontrava se erguer à alguns sentimentos do chão, deixando um rastro peculiar por onde passava... As brumas ainda caíam de forma violenta, tornando seu trajeto ainda mais complicado, devido a pouca visibilidade que tinha.


Nem mesmo o farol da `motobike` conseguia iluminar o suficiente, e o Sagitariano só conseguia visibilidade aceitável quando um generoso relâmpago surgia e lhe mostrava o caminho à contra gosto.


Sua mente estava distante dali, estava focado no objetivo que tinha que alcançar, e talvez por isso, por focar-se no algo que ele realmente queria, o rapaz ignorava por completo o fato de estar andando em alta velocidade em uma pista molhada e consequentemente derrapante sobre um veículo metálico em meio à uma tempestade com raios.


Aioria era a única coisa que lhe vinha à mente. E a ânsia de tê-lo em seus braços, e junto ao seu corpo eram fortes demais para que ele simplesmente desse ouvidos à sua racionalidade. Ele já ouvira sua razão por demais nos últimos dias, e ela só o fez cometer erros... Estava na hora de Seguir seu coração, e independente de qualquer coisa, ele iria até o fim.


A Cada curva perigosa executava com maestria por àquela autoestrada, o olhar esverdeado daquele homem mostrava-se cada mais mais fixo no caminho à sua frente, desviando-o ligeiramente em frequentes intervalos de tempo para o lado direito da pista, aonde havia estacionado o trailer quando ele e Aioria decidiram acampar no deserto.


Estava já há horas pilotando sem parar, e até então, não virá o trailer... As hipóteses indicavam que Aioria já deveria ter partido há muito tempo, e que agora, deveria estar bem longe dele, ou até mesmo... Inalcançável por ele. Esse era o seu maior temor, e uma das realidades mais possíveis de se concretizar naquele cenário; todavia, não deixava mais que tais pensamentos o entorpecessem a mente; pois só pararia e aceitaria a derrota quando chegasse na próxima cidade e nada encontrasse... Somente aí saberia que Aioria havia partido mesmo e que perderá para sempre o seu único e verdadeiro amor, mas até lá, enquanto houvesse asfalto em seu caminho, e esperança em seu coração, ele prosseguiria, e nem mesmo a natureza que mostrava-se violenta diante de si, seria empecilho para ele.


Muito pelo contrário, a tormenta lhe era inspiradora, era como um grito de dor que ecoava de dentro de seu coração para o mundo e se manifestava daquela forma... Era como se a dor que sentira ocasionada pelo peso do pecado que cometera finalmente se mostrasse diante de si, e ele a enfrentasse de forma imponente e sem recuar...


Na sua mente, apenas a voz do irmão e a imagem dele eram a única visão do "Grande Prêmio" ao qual àquela corrida levaria... Somente Aioria e o Desejo e encontrá-lo eram seus guias...


"Você está sempre aqui, o amor mantêm você perto"


Um novo trovejar à sua frente se fez presente, no mesmo instante em que ele olhou novamente para as margens da estrada e nada viu... Seu olhar tornou-se mais serrado, seus dentes trincaram de ansiedade, e ao fazer a curva em direção ao galopante relâmpago à frente, o grito de saudade emergiu de seus lábios com fervor, mais forte e mais intenso que o próprio urro do trovão.


– Aioria!!! - O Eco vagou pela planície imundada e pelos metrôs à frente que ainda percorreria logo à seguir... Girou o guidom da moto e acelerou ainda mais, deixando que a água abaixo de si se ergue-se novamente em um novo rastro respingante e ainda mais alto que o anterior...


Sua velocidade cortara a Água e o Asfalto assim como os raios rasgavam sem pena o véu sombrio das nuvens.


"7 dias na estrada, você é sempre o destino da minha alma;
Cada passo é o caminho que tem levado o meu amor de volta à você;
yeah yeah;
E o tempo passa... fica tão claro que você não está sozinho... 
O Amor está aqui"


Aioria ergueu o semblante caído e focou sua audição no ambiente externo. Talvez sua mente tivesse lhe pregando peças, ou mesmo a falta de seu amado já lhe estivesse enlouquecendo aos poucos, mas ele poderia jurar que ouviu um grito alto vindo de longe, aonde a voz tão típica de Aioros chamava por ele.


O loiro sorriu, era realmente inacreditável que mesmo após todo esse tempo, ele ainda fantasiasse, ainda que inconscientemente com o regresso de seu irmão. Até quando sua mente viria à torturá-lo de forma tão impiedosa?!


"Eu ouço o som de uma música triste, 
eu sei que vou conseguir ver você amanhã;
Você é a única razão de eu acordar para enfrentar todos os dias"


Aioros permanecia focado e rente ao seu objetivo, ele sabia que Aioria estava o esperando, pois essa certeza que lhe preenchia o peito era dada pelo forte sentimento que ele finalmente aceitara que tinha pelo outro. Não deixaria pedra sobre pedra nesse trajeto, e o encontraria finalmente ao final de sua jornada... Olhou então por mais uma vez para a margem direita da estrada e pode então ver àquilo a que tanto almejava achar.


Ao longe, ainda há alguns metros de distância, um trailer estava estacionado as margens da auto-via. Trailer esse que não havia como não ser reconhecido. Aioros rapidamente virou a moto em direção ao local, saindo finalmente do asfalto e deixando que os pneus roçassem fortemente na areia convertida em lama. A luz do Farol iluminou todo o ambiente até a carcaça metálica do carro-casa estar diante de seu alcance.


"Você está sempre aqui, o amor mantêm você perto"


Aioria assustou-se com o barulho que ouvira vindo do lado de fora. Era o som típico do motor de uma moto, e o leonino sabia bem distinguir isso... Mesmo em meio aos sons naturais e dominantes da tempestade que continuava a passar, ele pode muito bem identificar aquele barulho... A luz que se fez presente através das frestas das pequenas janelas também lhe alertava sobre a real chegada de alguém... Seu Coração bateu forte, acelerou descompassadamente a ponto de lhe fazer sentir uma dor aguda em seu peito. Ele levou sua mão por sobre o peitoral e o tocou firmemente, massageando-o do lado esquerdo, aonde seu coração palpitava de forma insana e dolorida.


Seus olhos lacrimejaram de imediato, e antes mesmo de qualquer outra coisa ocorrer, as lágrimas voltaram a correr por sua face de forma contínua... Ele já chorava diante da possibilidade que se apresentava diante de si...


– Não é possível... - sussurrou de forma quase inaudível, mais para ele do que para o ambiente externo, com um pensamento intenso e vigoroso que não podia ser contido apenas dentro de sua inquieta e ansiosa mente.


Seu olhar era fixo na porta de entrada do trailer, e nos segundos que se passaram a seguir... O Estrondo forte de um novo trovão que rugiu foi acompanhado do golpe que por ventura, fez a porta de aço se abrir...


"7 dias na estrada, você é sempre o destino da minha alma;
Cada passo é o caminho que tem levado o meu amor de volta à você;
yeah yeah;
E o tempo passa... fica tão claro que você não está sozinho... 
O Amor está aqui"


Susto. Surpresa. Emoção. Um rio de sentimentos corria pelo interior de Aioria, transbordando em forma física pelas lágrimas que escorriam de seus olhos. Ali, ainda de forma estática e inacreditada, ele vislumbrava a figura que se mostrava diante de si.


Iluminado apenas pelos relâmpagos que teimosos continuavam a vir dos Céus, Aioros finalmente o encarava. O Cabelo molhado pela chuva num tom quase negro; os olhos de um tom lodo inconfundível vistos na total escuridão. A camiseta branca, colada ao seu tórax pela água que a ensopava, delineando cada curva dos saudosos músculos que formavam aquele corpo. As gotas de água ainda pingavam de seus cabelos, rosto, queixo, braços e mãos, assim como da bermuda criando uma pequena poça de água no chão aonde estava de pé.


Os olhos dele lacrimejavam um brilho saudoso e terno ao encontrar diante de si novamente a visão que durante tanto tempo desejou ter... Aioria estava ali, ainda ao esperar, sentado em cima de seu leito, aonde há exatos sete dias atrás ambos consumaram o amor que sentiam um pelo outro.


Seu Coração palpitava de forma brusca e quase sufocante em seu peito, só de imaginar que finalmente estava em casa. Que finalmente o tinha diante de si, e que logo mais, o teria novamente como sempre deveria tê-lo tido.


O Leonino respirava de forma sofrega. Era quase como uma ilusão, um sonho distante que para ele pouco era real nessa visão que tinha. Ele não conseguia acreditar... Sete dias haviam se passado desde que Aioros havia partido, o abandonando, o deixando a deriva no Deserto e sozinho... Uma Semana completará agora desde o ato vergonhoso e covarde que o mais velho havia tido... E agora, novamente, ele estava consigo...


Aioria realmente não sabia o que sentir naquele momento. Queria odiá-lo. Queria Sentir raiva dele. Queria gritar com ele e mandá-lo embora novamente, para que assim nunca mais voltasse e pudesse deixá-lo viver em paz. Mas ele simplesmente não conseguia... As palavras, tanto as severas e carregadas de raiva que ele tinha para proferir, assim como as amorosas e as inúmeras declarações de amor que lhe vinham a mente estavam entaladas em sua garganta, presas pelo choro mudo das lágrimas que somente caíam como cascatas por sua face.


Aioros cerrou o punho, respirou fundo, e mesmo ainda um tanto receoso, deu alguns passo em direção a cama... Cada movimento era feito de forma calculada, como se ele realmente estivesse indo em direção à um Leão. Ele sabia que no olhar de Aioria, apesar do amor ser o sentimento mais notável, a raiva e a mágoa eram outros dois elementos muito presentes.


O loiro esgueirou-se ainda que de forma controlada até a extremidade oposta da cama, aonde finalmente sentou pondo os pés no chão. O irmão; seu amado e tão desejado irmão estava apenas há um metro de si. Ele o observava continuamente, como se esperasse que o mesmo tomasse a iniciativa de algo.


Aioria levantou-se, e reunindo todas as forças que ainda tinha, ergueu o semblante de desgosto e mirou com toda a intensidade que conseguia as orbes verdes à sua frente. O Verde do outro não estava tão cintilante como costumava... Tinha um brilho opaco e apagado, assim como o dele próprio naquele mesmo momento. Isso era bom... Sabia agora que o outro havia sofrido tanto quanto ele, mas ainda assim, não era isso um pagamento digno por seu sofrimento naqueles dias que se passaram... Abandonado, sozinho, deixado para trás naquele trailer no meio do nada... Saber que Aioros sofrera durante o tempo que passou longe não era nem de longe algo recompensador por tudo o que o castanho o fizera passar...


– O que faz aqui?! - perguntou engasgado. Ainda não tinha forças, nem mesmo para se impor como gostaria diante do outro. - Porque voltou?! - aumentou o timbre, enrijecendo ainda mais a expressão, deixando claro que não seria algo simples ou fácil o surpreendente retorno do outro; que não bastaria voltar para que tudo ficasse bem... Haviam muitos `i`s sem acento na história. E Aioros teria que pontuá-los um à um...


O olhar brilhante e lacrimoso do mais velho enfim deixou uma única e triste lágrima escapar... Desviou o olhar do rosto do outro por alguns instantes, enquanto reunia forças dentro de si para dizer algo...


– Porque... - começou novamente... - você... Voltou? - perguntou com ainda mais enfase o leonino. O Tom de voz já se alterava, e a raiva começava a turvar todo o julgamento.


– Aioria, eu... - respondeu o maior, voltando a encará-lo, mas antes de continuar, sentiu o punho do loiro ir de encontro ao seu rosto, o que o fez cair no chão do trailer quase que no mesmo momento.


– Filho da Puta, eu não acredito que você teve coragem de voltar aqui... Eu não acredito que você me abandonou e me deixou sozinho por Sete dias à deriva no deserto enquanto Deus sabe aonde você foi... Vai pro Inferno... Pensou o quê?! Que só era voltar e estaria tudo bem... Vai se danar... Eu não acredito nisso... - Berrou em prantos agonizantes o leonino, emitindo gritos de desespero a cada palavra pronunciada de seus lábios. Aioria mesmo não sabia de onde havia tirado forças para tal, mas essa mágoa teria que sair, teria que se dita para ele, caso contrário ela seria o veneno que o mataria lentamente. Ele precisava arrancá-la de si, e fazer com que Aioros não somente soubesse, mais sentisse o peso da dor que ele carregou sozinho por Sete dias.


O Leonino chorava, gritava, estava em desespero total... Os gritos de dor emergiam de sua boca como rugidos de um Leão abatido... Ele cambaleou e sentou-se novamente na beirada da cama, abaixando a cabeça e deixando que o choro o consumisse novamente, só que dessa vez, de um jeito que ele não havia feito nos últimos dias.


Aioros ouvira tudo aquilo e as lágrimas agora corriam por seu rosto de forma desordenada. Ele estava caído no chão, tentando levantar-se, ainda de forma lenta e acariciando com certa firmeza o lado esquerdo de rosto, que fora golpeado violentamente pelo irmão naquela explosão de fúria.


O Sagitariano sabia bem... Ele havia causado tudo aquilo... Aioria realmente fora a vítima na história toda, pois tudo o que o menor fez, de um jeito ou de outro, fora somente amá-lo, enquanto que como pagamento por esse sentimento terno e maravilhoso, ele o havia presenteado com angustia, solidão e desapego. Aioros sabia que não tinha como se defender, nem mesmo sentia vontade disso... Ele tinha plena consciência do que causara ao irmão, e agora, estava na hora de remediar isso...


Colocou-se de joelhos diante do outro, e aproximou-se ainda lento dele que permanecia a chorar de cabisbaixo na beira da cama. Chegou bem perto, a ponto de ver as lágrimas caírem do queixo até o chão. Poi-se diante de suas pernas, as abrindo lentamente, encaixando-se nele, e tocando-lhe o queixo molhado suavemente com a mão, fazendo-o erguer a cabeça e encará-lo novamente... Olho no Olho, Face à Face.


Ali estava, a dor mostrada de uma forma que era quase insuportável. Aioros podia ver refletido nas esmeraldas que eram os olhos de seu irmão o `flashback` atordoante que foram os dias em que ele passara sozinho naquele trailer... As noites em que não dormiu; os momentos em que se sentiu frágil, as horas em que chorou, e as vezes em que gritou seu nome mentalmente em busca de conforto, carinho e Amor, e não o encontrou...


– Eu nunca vou poder te recompensar pelo mal que ti fiz... - começou o mais velho, chorando a cada fôlego que tomava. - Mas enquanto eu estive fora, eu quero saiba, que eu sofri de igual maneira, com a mesma intensidade, para que somente então eu pudesse me tocar que você era o único dono do meu Coração e é a você que minha vida pertence Aioria.. Eu só quero você... - A Declaração veio embargada pela voz chorosa.


Aioros encostou sua testa na do loiro, e ainda que os dois estivessem em prantos, eles sabiam que não havia nenhum outro lugar em que quisessem estar que não um ao lado do outro. - Me perdoa Aioria... - pediu o Sagitariano com dor e lamuria; era demais para ele pedir isso ao irmão, mas ele precisava dele, necessitava dele, queria ele para que pudesse afogá-lo de amor e arrancar de seu peito todo esse sofrimento.


Permaneceram ali, encostados um no outro... Testa com testa, nariz com nariz, e somente os soluços constantes do choro sofrego que compartilhavam era o único som audível naquele lugar...


A Chuva continuava, e os raios e trovões a seguiam por onde fosse... Aioros abraçou o irmão... Trazendo-o mais para perto de si, molhando-o com a água de suas vestes e sentindo o calor aconchegante do corpo dele junto ao seu... Sim, desejara essa sensação durante muito tempo, e somente naqueles segundos que se passaram, ele conseguiu se livrar por completo de toda a dor e culpa que o consumira como um animal carniceiro naqueles tristes dias passados.


Não queria largá-lo nunca... Queria ficar ali com ele para sempre, mas essa sensação fora quebrada pelo toque inesperado do leonino em seus braços, desapegando-os de seu corpo e fazendo Aioros voltar a atenção para seu olhos ainda fechados.


Aioria os abriu, e lágrimas não mais escorriam por eles, mas algo ainda estava presente ali, algo que fazia Aioros regressar a velha sensação de insegurança que lhe tomava sempre que as dúvidas surgiam...


O loiro levantou-se, afastando-se um pouco da cama e do irmão, caminhando até o fim do trailer, perto da direção e voltando... Aioria parecia aflito, pois andava e girava em torno de si mesmo naquele lugar, enquanto coçava a cabeça e recusava-se a focar o olhar em algum ponto.


O mais velho também se levantou, encarando de forma preocupada o irmão...


– Aioria... - chamou por ele baixo, fazendo-o encará-lo com desanimo...


– Não... Não vai ser assim... Você me deixa aqui sozinho por Sete dias, dizendo que não dava pra continuar ao meu lado, porque isso, porque aquilo, e depois volta arrependido dizendo que me quer?! Não... Não funciona assim... - A Racionalidade do leonino estava pondo o sentimento do Sagitariano à prova. Aioros sabia que não seria tão simples, sabia que uma ferida como a que havia causado, não se fecharia tão facilmente...


O Loiro caminhou novamente em direção à cama, mas ao tentar passar ao lado do outro, teve seu corpo puxado de encontro ao de Aioros, que o virou bruscamente e o prensou forte contra o armário velho e já de uma madeira gasta que havia próximo à cama ao lado esquerdo do trailer...


O menor trincou os dentes, encarando ferozmente a feição inexpressiva do outro... Aioria o encarava sem desviar o olhar, mas ainda assim, ele não conseguia imaginar o que se passava na mente do mais velho...


– O que pensa que está fazendo?! Me Solta agora... - ordenou com imponência... Seja lá o que Aioros estivesse pensando, não daria certo.


– Eu passei Sete dias vivendo um Inferno, porque diferente de você, eu não sabia o que sentia, eu não tinha uma certeza, a única coisa de que sabia e que me atormentava era a culpa de ter te feito mal, e esse sentimento se redobrava ao me torturar fazendo com que eu lembrasse que tinha te deixado aqui. O que pensa Aioria? Que essa última semana foi um mar de rosas para mim?! - questionou com firmeza, não abalando o outro. Aioria mantinha-se impassivo, pois ele só conseguia enxergar a dor que ele mesmo sentira, e o mal que lhe fora feito; o leonino recusava-se a ver o que o irmão passara.


– E o que acha que eu senti nesses últimos dias?! Sua dor, não justifica a minha... - respondeu com rebeldia... Ele sabia que Aioros estava certo, embora o mesmo também tivesse a sua razão. Razão essa que não permitiria que fosse desprezada ou esquecida.


Aioros moveu a cabeça em negação, aproximando-se mais felinamente do outro, deixando que o peso de seu corpo o prensasse em definitivo rente à porta de madeira. Aioria o olhava desconfiado, apesar de que algo dentro dele estava gostando daquilo. O Maior usou a perna direita, fazendo pressão em meio as do loiro, separando-as, encaixando-se em meio à elas. Aioria suspirou com um afago ao sentir o membro ainda flácido do irmão lhe encochar na coxa direita enquanto que sua própria perna direita agora estava entre as pernas dele.


Peitoral contra peitoral, corpo contra corpo, face contra face de forma que os narizes e as respirações já um tanto mais afetadas podiam ser sentidas e ouvidas com precisão a cada segundo. Um novo estrondo se pode ouvir então, enquanto mais um relâmpago iluminou os céus deixando o ambiente mais claro por alguns curtos segundos. Aioros encarava Aioria com um olhar firme, seus olhos miravam o interior das íris alheia. Um sentimento diferente havia ali... Possivelmente, Desejo! Desejo contido e reprimido por dias, Desejo que consumia e necessitava do corpo do outro como o pulsar constante do Sangue em suas veias. Estar ali, com Aioria, tão próximo a si e com seus corpos grudados fazia seu Sangue correr mais rápido, ficando mais e mais quente a cada momento. A água em suas roupas, e o frio que ela causava já parecia não incomodar, e mesmo estando sendo molhado pelo irmão ensopado, Aioria sentia que o outro estava esquentando, assim como a si próprio com essa proximidade.


– Aioros... - Sussurrou, num pedido mudo para o outro se conter.


– Será que não entende que eu te amo, que eu te desejo, que eu te quero, e que eu fui um merda, um burro, um imbecil por não entender e aceitar isso desde o começo. Aioria, viver sem você para mim é um castigo pior que a morte, e eu vou te provar isso... Vou te provar que te amo, te amo como nunca amei e nem vou amar ninguém na vida, e vou te provar agora, aqui... - comentou em voz baixa, para apenas ele ouvir...


O Leonino engoliu a seco a declaração do irmão; pois ele sabia que também não resistiria...


– É sério, eu não to brincando... - Ele reuniu forças não sabe-se de onde... E tocou o peitoral do mais velho sutilmente, dando à entender que iria empurrá-lo se ele tentasse algo.


– Acho que você não entendeu o que eu disse... - comentou Aioros... Segurando as mãos do irmão com as suas e logo em seguida, num movimento brusco, as prensando pelos pulsos também junto a porta de madeira. - Eu vou provar à você que te amo e que mereço ter você... - disse o mais velho, e sem mais delongas, o Grego tomou os lábios do loiro a sua frente com volúpia e energia.


Aioria não resistiu, a princípio ele até pensou em se negar, mas não podia ou mesmo conseguia tal feito, ele queria aquilo... Queria poder finalmente por um fim a toda a sua angustia, e que melhor maneira essa se não deixar que Aioros o mostrasse que o Amor que sentiam era bem mais forte que qualquer dúvida ou medo... O Mais velho lhe prensava cada vez mais forte, sarrando seu corpo ainda úmido no semi despido dele... Os lábios se devoravam com pressa, urgência e necessidade... Estavam com sede um do outro, e precisavam sacia-la.


As bocas brigavam pelo domínio, tendo as línguas se enfrentando para ver quem controlaria quem... Aioros era mais ávido, mais esperto e muito mais motivado que seu irmão para isso... Ele tomou as rédeas daquilo invadindo ainda mais o interior da boca macia do irmão provando assim de forma afoita o seu gosto e o submetendo ao seu querer e desejo.


Aioria se contorcia de prazer ao sentir o membro do irmão despertar lentamente e roçar com mais impaciência em si. O seu próprio falo já começava a incomodar com o vai e vem constante da fricção dos corpos naquele jeans surrado que usava. Seus pulsos se contorciam nas mãos fortes do maior que os prendia, buscando assim a liberdade para que pudesse apreciar da melhor forma aquela situação tão maravilhosa em que se encontravam...


Aioros logo cedeu sua pressão, e as mãos hábeis do menor buscaram então o que tanto queriam... O Corpo à sua frente...


O loiro alcançou o cós da bermuda escura do irmão, desabotoando-a e deixando que a cueca box branca que usara se revelasse ainda timidamente... Logo mais, contornou essa mesma beira, afrouxando o tecido da pele ao redor da bacia dele e logo chegando as costas... Entrou com seus dedos levemente por dentro do tecido, acariciando suavemente a pele quente do outro, que ainda de forma lasciva lhe tomava os lábios e lhe apertava com força os músculos bem torneados das coxas...


Aioria subiu com as mãos pelas costas do irmão, suspendendo assim a camiseta molhada que ali havia... Aioros cessou o beijo que dava apenas alguns instantes, enquanto ajudou o loiro a retirar aquele pedaço de tecido incomodo, e logo o lançou ao chão, ouvindo o barulho da queda pesada da roupa devido a água que nela havia...


Voltou a prensar Aioria rente ao armário, e suas mãos pareciam ainda mais desesperadas pelo corpo dele do que antes... Tocava-lhe o tempo todo, em vários locais, coxas, abdômen, quadris e apertava-os sempre que podia, arrancando afagos delirantes dos lábios ocupados do irmão...


Aioria passeava com as mãos pelas costas quentes do maior, subia e descia por ela, as vezes, arranhando-as levemente, o que causava arrepios em Aioros a cada instante... O Beijo que compartilhavam era intenso, possessivo, descontrolado, era como se tentassem se devorar naquele ato...


O Castanho levou uma de suas mãos até a nuca do mais novo, apertando com força em seus dedos um tufo de cabelo dourado naquela região... Aioria gemeu diante de tal atitude, e logo, emanou novos grunhidos quando o Sagitariano lhe atacou o pescoço erguido e começou a lhe depositar beijos e chupões fortes e intensos... Os dentes do maior capturavam a pele bronzeada e a puxavam levemente, deixando-a úmida, marcada e avermelhada a cada vez que uma nova mordida naquela carne tão macia era dada.


O Grego mais novo foi um tanto mais audaz então, com um das mãos que percorria as costas do mais velho, ele foi até seu baixo ventre, descendo de forma lenta o zíper da bermuda que Aioros usava, expondo o pouco mais o tecido branco da cueca e também o volume notável que ali estava. O membro do irmão estava virado um tando para a esquerda, e sabendo disso, Aioria enfiou a mão por completo dentro do jeans preto e apalpou o rígido falo do outro com a mesma intensidade no o qual o mesmo lhe arrancava gemidos devido as suas mordiscadas.


Aioros arfou, cessando por alguns segundos as suas investidas para sentir a mão travessa do menor o tocar tão intimamente... Voltou então aos lábios, os tomando novamente em um ósculo selvagem e devastador. Mordeu o lábio inferior do loiro, enquanto começou a apalpar por cima da bermuda o membro também desperto de Aioria, que chegava a roçar em seu próprio com o movimento contínuo. Aioros puxou o lábio do outro, até há uma distância de dois centímetros da boca e o soltou, fazendo o outro arfar com tal ato.


Estavam os dois totalmente entregues um ao outro, e mesmo a forte tempestade que ainda gritava à plenos pulmões no ambiente exterior não conseguia mais ser uma distração para eles. Na mente de Aioria, apenas Aioros exista, e na mente do Sagitariano, somente estar e amar seu caçula eram os objetivos.


Os dedos de Aioros desceram pelo forte peitoral do irmão, escorregando de forma sensual e lenta até a bermuda do mesmo, desabotoou o botão e desceu o zíper, fazendo a cueca preta do loiro revelar-se recheada pelo membro ativo que ali se encontrava, pulsante e desejoso. O Grego maior apenas puxou o jeans dele para baixo, despindo-o dessa peça que logo foi atirada à fazer companhia para a camiseta molhada no chão. Aioros apertou novamente o falo do irmão, agora, apenas protegido pelo fino tecido da cueca que usava e o beijou novamente com ímpeto de arrancar-lhe mais e mais gemidos.


Aioria logo repetiu seus atos, e em meio ao beijo desnorteante, a bermuda de Aioros foi ao chão pelos impulsos insistentes da mãos leoninas. Agora estavam apenas com a cueca como a única peça de roupa no corpo de cada um... Aioros sarrava de forma intensa no irmão, de modo que seus falos brigavam dentro dos tecidos como espadas altivas para ver quem venceria... A porta de madeira do Armário aonde Aioria era presado rangia a cada intenso movimento, feito de forma lenta e forte, para maximizar a sensação.


O mais velho foi descendo pelo corpo do loiro, dando-lhe beijos e mordidas quentes pelos fortes peitos e barriga, deixando-o cada vez mais estasiado com a continuidade de seus toques. Os olhos verdes do mais novo agora transbordavam um brilho luxurioso expressivo, que gritava como um pedido mudo que o Castanho continuasse... Aioros chegou ao falo do menor, e ali, mordeu a extensão inteira levemente, arrancando suspiros pesados do homem à sua frente. O Tecido da cueca ficava cada vez mais encharcado da saliva depositada, e a expressão no rosto do Leonino era de um misto de prazer e agonia; ele queria logo que o irmão tomasse a atitude.


– Anda logo porra... - reclamou entre afagos, fazendo o olhar sedutor e luxurioso do outro lhe encarar novamente. Aioria sempre fora assim... Impaciente e bem mandão na hora do Sexo. Não que Aioros tivesse passado mais do que uma noite com ele na cama em sua vida, mas pelas descrições que o próprio irmão dava de suas relações pelo mundo e das experiências que tivera quando dava seus pulos e sumia por um tempo nas cidades aonde passavam, Aioros pode então chegar a esta conclusão com certa facilidade.


Aioros então desceu a cueca do irmão e um único movimento até o meio das coxas do mesmo; liberando assim o falo ereto, que de tão teso que estava, veio direto ao encontro do rosto do maior, batendo nele com certa firmeza... O mais velho encarou o menor, ainda com seu membro encostado em sua bochecha e o sorriso devasso nos lábios do outro já lhe respondia qualquer pergunta mental que estivesse fazendo...


Aioros segurou o membro com a mão, sentindo o sangue pulsar pelas veias saltadas na extensão... Começou a lamber do meio seguindo até a farta glande do pênis aonde se encontrava na fenda uma pequena gota de pré-gozo que já evidenciava a excitação prolongada do leonino. A língua áspera do maior foi de encontro àquele cogumelo rosado, ainda um pouco coberto pelo prepúcio. Aioros provou do gosto do irmão ao sentir seu néctar entre os lábios, o que arrancou um gemido mais demorado de Aioria, que ergueu a cabeça e fechou os olhos, para apreciar a sensação de ser lambido e posteriormente sugado por seu amado.


O Sagitariano arregaçou com completo o prepúcio do irmão liberando a glande rosada com um todo, então, lambeu da ponta da cabeça, passando pelo corpo firme do mastro alheio até chegar ao púbis, onde sentiu o cheiro viril dos curtos pelos aparados que haviam no talo daquele membro. Logo, retomou o caminho de volta sentindo o pulsar das veias em seus lábios pela extensão e estando novamente na ponta, abocanhou de vez o membro do irmão até a metade, sugando-o e chupando-o avidamente com força e intensidade...


Aioria gemia a cada movimento preciso que Aioros realizava em seu pênis. A língua dele massageava a glande circundando-a, logo que em seguida, o maior colocava a maior parte do falo para dentro da boca, chupando até encharcá-lo com saliva e senti-lo atingir bem no fundo de sua garganta, provocando-lhe engasgos.


O Leonino gostava do som das estocadas que fazia na boca do outro, e mais ainda do som de engasgo do maior, isso o deixava ainda mais alucinado. Aioros masturbava a parte da base do membro do loiro que não conseguia engolir, enquanto mirava vez ou outra a expressão de puro êxtase que estava presente da face do irmão. Ele prometeu que provaria para Aioria que o amava, e o estava fazendo...


O Loiro agarrou os fios ainda molhados do cabelo do outro e passou a controlar as estocadas, arremetendo-se com fervor dentro da boca do castanho, arrancando cada vez mais gemidos e engasgos do outro...


– Ahhh, isso... é muito bom... - disse entre afagos o leonino; Aioria realmente estava entorpecido ao sentir todo aquele prazer... Ele nem conseguia acreditar; mesmo depois de uma semana, mesmo depois de tudo; Aioros realmente regressava, e agora estava mostrando seu arrependimento e provando que o amava tanto quanto ele, e da mesma maneira.


Alguns instantes se sucederam antes de Aioria puxar seu irmão novamente para cima e beijá-lo fogosamente, sentindo o seu próprio gosto impregnado na saliva do maior... Aioros tornou a tocá-lo de forma íntima, massageando seu mastro enquanto lhe tomava os lábios.


O Sagitariano estava chegando ao seu limite, logo não aguentaria mais e teria que levar seu amado irmãozinho ao Céu sem nem fazê-lo tirar os pés do chão.


Enlaçou a cintura de Aioria com seus fortes braços e o levou ainda aos beijos e grunhidos aos lençóis da Cama, deitando-o e pondo-se por cima dele, continuando a atacar-lhe a boca e pescoço... O Leonino já estava começando a se desesperar com essas carícias demoradas... Ele ansiava por sentir Aioros em si, e esse seria o verdadeiro momento em que se completariam como almas gêmeas.


As mãos do loiro foram descendo a cueca do maior, única barreira que ainda havia entre eles até a metade da coxa... Aioros então o ajudou, retirando a sua própria cueca até o fim e logo em seguida a do irmão que ainda estava no meio das pernas...


O membro igualmente teso do maior se mostrava enfim diante dos olhos desejosos do Caçula. Era praticamente igual ao dele, com mínimas diferenças. Aioros deitou-se sobre si, encaixando-se em meio as suas pernas e voltando a tomar-lhe os lábios com volúpia.


Os dois falos sarravam de forma constante um no outro, evidenciando que o desejo os consumia a cada segundo que se passava, e logo, o real prazer de estarem um com o outro viria a tona de uma forma orgásmica.


Aioria empurrou o irmão com força para o outro lado da cama, ficando então por cima do mesmo e tomando o controle do beijo... Desceu com a língua pelo peitoral e abdômen invejáveis de Aioros, trilhando um caminho de saliva que apenas fazia o outro suspirar ao ser construído. Chegou ao falo rígido do outro, tocando-lhe, sentindo as veias pulsarem nele na mesma intensidade que pulsavam em seu próprio mastro. Arregaçou o prepúcio do irmão, revelando a cabeça um tanto mais escura que a sua, num tom violeta roxeado e logo a abocanhou arrancando um grito feroz de tesão dos lábios gregos.


Um novo trovão ressoou nos céus diante do ato que ali se concebia. Numa noite de tormenta, ambos os irmãos se devoravam em meio àqueles lençóis sujos e tão deles...


O Tempo passava, a chuva continuava e o prazer se instalava em meio aos gemidos entorpecentes e gritos de prazer que dali saíam...


Aioros pincelava a entrada do menor com sua glande encharcada da saliva do mesmo, e Aioria o encarava de forma luxuriosa, como um pedido cálido de que ele continuasse... A Glande roçava de forma tímida no pequeno orifício, melando-o para que assim fosse mais fácil a sua invasão... Aioria apenas gemia, um gemido de prazer mesclado a ansiedade de poder ser devorado pelo mais velho... Era quase agoniante tal sensação...


– Anda logo porra... - Ordenou com impaciência, não deixando de transparecer o desejo que ardia como chama acesa em seus olhos verdes. Aioros o encarou, deixando desenhar-se em seus lábios um sorriso malicioso e desafiador, como se dissesse que quanto mais o outro reclamasse, mais ele o torturaria... O Sagitariano sabia bem como domar e conduzir o mais novo em quatro paredes... - Me como logo Caralho... - Gritou com ainda mais impaciência, fazendo o outro sorrir mais abertamente...


– Pedindo com jeitinho assim... - respondeu Aioros, finalmente forçando a entrada e penetrando o loiro lentamente...


Os gemidos de Aioria se tornavam mais eufóricos a cada segundo e centímetro que se passava e o adentrava respectivamente...


A Expressão de Aioros era feroz e séria, estava encaixando-se da melhor forma que podia no interior apertado e resistente do loiro, que apenas o cobrava com aqueles afagos excitantes que continuasse...


Em uma derradeira tentativa brusca, Aioros movimentou-se forte numa estocada precisa e entrou por completo no menor, atolando-se até o fundo dele.


O Grito de Aioria foi acompanhado de uma respiração pesada e rítmica, como se sugasse o ar do ambiente em desespero...


Aioros tomou seus lábios novamente, abafando os gemidos altos e incessantes que o outro emanava... Beijou-o de forma lenta, calma, mais apaixonada e suave, relaxando-o para o que viria à seguir.


Aioria enlaçou-o na cintura com as pernas, fazendo pressão em seus quadris para que ele entrasse apenas um pouco mais em si... E assim se fez, fazendo o leonino gemer mais uma vez...


– Você é muito escandaloso, sabia?! - comentou Aioros sorrindo, em um sussurro terno e gentil, beijando levemente os lábios do outro.


– Cala a boca e me fode logo de vez... - reclamou Aioria, puxando-o e mordendo seu queixo levemente e sensualmente, deixando o maior em estado de entorpecência.


Os movimentos então começaram, à princípio lentos e controlados, mas as reclamações de Aioria logo fizeram Aioros movimentar-se de forma brutal e avassaladora, arremetendo-se dentro do outro com uma força e velocidade que ele mesmo não sabia ser capaz de usar num ato sexual...


Aioria gritava e gemia alto, com urros e berros que podiam ser ouvidos há vários metros... O falo do irmão ia e vinha sem misericórdia e a mente do loiro estava em paz e feliz por recebê-lo da forma que sempre sonhou...


Aioros não fora bonzinho naquele momento, e nem mesmo se Aioria lhe pedisse para parar, ele não o faria, estava gostando do leonino ter trazido a tona esse seu lado mais selvagem e agressivo na cama, e se era assim que ele o queria, era assim que ele o teria.


Ergue-se então, ficando ajoelhado na cama, e ainda à penetrar o leonino abaixo de si... Pegou as pernas do mais novo e as levantou até seus ombros, apoiando-as em seu corpo forte...


Literalmente `fodia` o irmão de forma incessante, vendo a expressão de dor e prazer no rosto de Aioria lhe servir de combustível para ser ainda mais intenso; beijava seus pés, lambias os dedos grandes e os calcanhares dos mesmo agora tão próximos de seu rosto, e continuava a `socar` profundamente o caçula.


Os gritos do mais novo só faziam Aioros se orgulhar de seu desempenho... Ele o estava atingindo fundo, o mais fundo que conseguira, e sabia que o ponto mais íntimo de seu irmão era prensado a cada segundo com suas penetrações firmes.


Segurou o membro teso do outro, levantado para cima tamanho sua excitação e pulsante devido ao sangue e calor que por ele circulavam... Começou a manipulá-lo na mesma velocidade em que as estocadas lhe era dadas, e sem mais demoras, o leite tão denso de Aioria jorrou em jatos precisos pelo ar emergindo de sua glande, melando assim o peitoral dele e do próprio Aioria.


– Ah... Caralho... - Gritou alto o menor, fazendo Aioros incrivelmente o devorar de forma ainda mais rápida... As contrações no interior do loiro o prensavam forte, fazendo seu membro inchar e logo mais, o mais velho derramou-se no interior do irmão, com jatos fortes, precisos e certeiros de um leite grosso e quente que imundava as profundidades do leonino...


Quase que instantaneamente as energias se esgotaram, e Aioros caiu por cima do mais novo de forma exausta e sem forças.


O respirar de ambos era alterado e ofegante; o pulsar dos corações em seus peitos eram como tambores em constante batuque. O Calor exalado de suas peles flambadas pelo suor era reconfortante para os dois. Aioros ainda não conseguia acreditar que finalmente estava com seu amado irmão ao lado, e Aioria ainda custava a crer que tudo se resolvera, que sua tormenta desesperadora que aparentava não ter fim finalmente havia se findado.


Após alguns segundos, o maior ergueu o semblante afundado no ombro do outro e encarou os olhos esverdeados do loiro. Suas testas novamente estavam coladas, assim como seus narizes, e o ar quente que saia de seus pulmões podia ser sentido como uma leve carícia a tocar-lhes os rostos.


– Eu te amo... - Suspirou Aioros, fazendo o outro sorrir. Ainda era difícil para Aioria acreditar nisso, principalmente pelo que havia passado, e Aioros sabia bem disso, pois pode ver o brilho da dúvida e do receio ainda a pairar pelas íris de seu amado, todavia, o maior repetiria isso quantas vezes lhe fossem necessárias para provar ao irmão que realmente o amava como ele merecia e queria. - Eu te amo... Te amo... Te amo... Te amo... - repetia Aioros, fazendo o sorriso do outro se alargar ainda mais... - Te amo... - Beijou-o levemente nos lábios. - Te amo... - beijou-o novamente... - Te amo... - E a cada novo beijo, uma nova confirmação de Amor saia dos lábios do Castanho.


O loiro abraçou-o ainda mais possessivamente e o apertou ainda mais contra seu corpo exausto. Girou com ele em cima da cama fazendo com que o maior ficasse ao seu lado e começou a depositar beijos e mais beijos leves em sua boca carnuda...


Continuaram a se aninhar entre abraços e beijos por toda a longa madrugada que se sucedeu... E com o calar da tormenta após uma noite de tempestade, os primeiros raios de um novo, ensolarado e majestoso dia finalmente rasgavam o manto sombrio e escuro que assolou àquela terra durante as últimas horas...


Àquela altura, Aioria já estava mais do que convencido que Aioros o amava mais do que a qualquer coisa, e da mesma maneira que ele mesmo o amava... Seu sentimento fora correspondido e aceito; e agora, nada além de paz, felicidade e Amor lhe preenchiam o peito, principalmente pela certeza de que o outro partilhava das mesmas sensações.


"Nuvens estão sumindo...
Elas voaram para longe... 
O Sol está brilhando; 
E o Céu está ficando azul"


As primeiras luzes do raiar do dia transpassaram as brechas das persianas iluminando timidamente o leito de amor daqueles homens... Aioria ainda beijava os lábios de Aioros de forma singela e constante, enquanto permanecia abraçado ao amado em meio aos lençóis de sua cama. O maior apenas acariciava suas suaves mechas douradas e mirava com profundidade o interior dos olhos daquele homem... Nenhuma palavra havia sido dita, e sono algum lhes emplacou durante as horas que passaram... Eles estava estasiados e perdidos demais no que sentiam um pelo outro para que pudessem se dar conta disso..


Aioros precisou de 7 dias na estrada para descobrir que Aioria era o único destino de sua alma. E agora, que finalmente entenderá tal sentimento, ele sentia-se livre, completo e amado.


""7 dias na estrada, você é sempre o destino da minha alma;
Cada passo é o caminho que tem levado o meu amor de volta à você;
yeah yeah;
E o tempo passa... Fica tão claro que você não está sozinho... 
O Amor está aqui"


Fim



Compartilhe este capítulo:

Autor(a): archer_beafowl

Este autor(a) escreve mais 22 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
- Links Patrocinados -



Loading...

Autor(a) ainda não publicou o próximo capítulo



Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 0



Para comentar, você deve estar logado no site.


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.


- Links Patrocinados -

Nossas redes sociais