Fanfic: Acordo de vingança (Adaptada) Anahí & Alfonso TERMINADA | Tema: Ponny romance

Ele parou diante do retrato do Nonno Lorenzo Herrera, que tivera discernimento para fazer da Herrera Motors o que ela se tornara atualmente.

Alfonso balançou a cabeça. Ele e os irmãos haviam feito de tudo para se assegurar de que os problemas que o Nonno tivera não iriam afetar suas vidas. Mas ter azar com as mulheres…

Isso era algo que ele parecia compartilhar com seu avô. A traição de Anahí o ferira mais profundamente do que ele esperava.

Alfonso foi até o bar e se serviu de mais uma dose de uísque. Jogou a cabeça para trás e bebeu de um só gole.

O que faria com Anahí?

Alfonso se deu conta de que tinha todas as cartas na mão. Poderia fazer o que quisesse com ela. E ele a queria.

Desejava-a inteiramente. Mas o que realmente queria, ele percebeu, era castigá-la.

A necessidade de vingança não era um traço nobre, mas Anahí roubara a Herrera Motors. Durante todo o tempo em que ele se sentira atraído por ela e confiara nela, Anahí estivera tramando com o inimigo dele. A questão era: por quê?

Alfonso não suportou mais ficar sozinho com seus pensamentos. Colocou o copo sobre a mesa, procurou o endereço de Anahí no smartphone e chamou um táxi. Bebera demais para dirigir com segurança. Fez com que o táxi o levasse até a casa de Anahí.

Ela morava numa vizinhança razoavelmente decente e, aparentemente, não havia nada no seu estilo de vida que indicasse que precisava de mais dinheiro. Não o tipo de quantia que receberia por traí-lo. Por que ela teria precisado de tanto dinheiro?

Alfonso pagou o táxi e se encaminhou para o edifício onde ela morava. A noite de primavera estava fresca, mas não muito fria. Ele parou na calçada e observou as janelas por alguns minutos.

Não planejara nada e, para ele, isso parecia estranho. Estava agindo por impulso e não sabia como aquilo iria
acabar.

Mas ele não desistiu. Adentrou o edifício. Não havia porteiro, então entrou no elevador e apertou o botão do andar em que Anahí morava, sentindo-se grato a Ian por ter lhe fornecido tantas informações pessoais a respeito dela.

Por dentro, o edifício era menos atraente que quando visto da rua. Os corredores eram sujos e mostravam os sinais do tempo. Tinham cheiro de cebola e de poeira. Fora isso? Morar naquele lugar desagradável era o motivo pelo qual ela tentara conseguir dinheiro extra?

Alfonso balançou a cabeça. Não queria sentir pena de Anahí. Ela o roubara e deveria ser punida.

Ele bateu na porta. Era muito tarde, e ele imaginou que ela poderia não atender. Não se ouvia nenhum ruído dentro do apartamento. Ele bateu novamente e, desta vez, ouviu alguns passos.

– Quem é?

– Alfonso.

Ele ouviu a chave girar na fechadura, e a porta se abriu. Ela se inclinou para fora e deu uma olhada para os dois lados do corredor.

– Você está sozinho?

– Si. Posso entrar?

Ela recuou e deixou que ele entrasse.

Girou sobre os calcanhares e entrou no apartamento. Dominic a seguiu de perto, até a sala de estar.