Fanfic: Ardente Rendição (Adaptada) Anahí & Alfonso TERMINADA | Tema: Ponny romance

— Hora de dormir, Anahí. Já para a cama.

         Ela fechou os olhos, sorrindo com uma expressão de sono.

         — Você adora me dar ordens, não é, sr. Herrera?

         — Pode acreditar que sim — provocou ele.

         Anahí levantou a vista para ele.

         — Nunca aceitei ordens de ninguém. Nem mesmo de meu pai, quando ele ainda estava vivo. Mas ele se mostrava satisfeito por eu me manter ocupada e não causar problema a ele.

         Ela esticou os braços para o alto, espreguiçando-se feito uma gata. Ao ver aquilo, Poncho teve de se conter para não dar a volta pela mesa e tomá-la nos braços.

         Como que percebendo sua reação, Anahí abaixou os braços e endireitou o corpo. Fechou os livros e colocou-os na bolsa onde costumava guardá-los.

         Quando ela fez menção de levar os copos para a cozinha, Poncho a deteve.

         — Pode deixar que eu cuido disso. Agora vá descansar.

         Ele estava perto. Muito perto, pensou Anahí, sustentando o olhar e sentindo a mão dele em seu cotovelo.

— Obrigada, Poncho. Boa noite, então.

         — Boa noite.

         Ele não se mexeu. Nem ela.

         De fato, Poncho precisou utilizar toda sua força de vontade para não pôr em prática os comandos que seu cérebro estava enviando para seu corpo naquele momento. Sua vontade era tomar Anahí nos braços e esmagar os lábios dela em um beijo.

         Deus, aquilo estava sendo ainda mais difícil do que ele imaginara que seria. Mas sexo não era tudo em um relacionamento. A confiança era algo que ele considerava mais importante. Pensando nisso, deu um passo atrás e abriu caminho para ela ir para o quarto.

         — Boa noite — repetiu.

         — Nos veremos pela manhã — respondeu Anahí.

         Pegando a bolsa com os livros, foi para o quarto, deixando-o sozinho com os próprios pensamentos.

         — Alfonso Herrera Rodriguez!

Poncho encolheu os ombros ao reconhecer o tom furioso da voz de Anahí ecoar pelo estábulo. Ela sempre o chamava pelo nome completo quando ficava furiosa. Devagar, olhou por cima do cavalo do qual estava cuidando.

         — Por que toda essa fúria, srta. Portilla?

         Ela estreitou o olhar, aproximando-se com passos firmes e pousando a mão na cintura ao parar a poucos metros dele.

         — Por que não me disse que as meninas iriam passa a semana na casa da avó?

         Poncho deu de ombros.

         — Acabei esquecendo disso.

— Suas filhas estão prestes a passar alguns dias fora e você esquece de me avisar sendo que são elas o motivo de eu estar aqui? — questionou ela, indignada.

         — Sim, Anahí, eu esqueci. — Poncho verificou as pernas e as patas do cavalo. — Tenho que tomar as providencias para um leilão internacional que acontecerá aqui, na fazenda, e acabei me esquecendo de avisá-la sobre esse detalhe. Nós receberemos vários visitantes nos próximos dias que farão lances e comprarão cavalos. Estou tendo de pensar em muitas coisas ao mesmo tempo e acabei esquecendo de avisá-la. As meninas costumam passar duas semanas com minha mãe nessa época do ano.

         Anahí inclinou a cabeça.

         — Então não precisa mais de mim.

         Poncho não gostou de ouvir aquilo.