Fanfic: Ardente Rendição (Adaptada) Anahí & Alfonso TERMINADA | Tema: Ponny romance

         Cerca de dez minutos depois, todos já haviam terminado de comer. Aos poucos, eles foram ficando de pé e agradecendo por Anahí haver se juntado a eles para jantar.

         Contente, por haver sido tão bem acolhida, ela sorriu, agradecendo. Então começou a recolher os pratos. Poncho se pôs a ajudá-la.

         — Pode deixar que eu faço isso — falou ela.

         — Eu quero ajudar — ele insistiu.

Anahí deu de ombros, dirigindo-se à cozinha. Poncho foi levando os pratos para a pia, enquanto ela os arrumava na lava-louças. Ao terminar, ele se encostou no balcão da cozinha, atrás de Anahí, e ficou observando-a trabalhar.

         — Não tem trabalho a fazer? — perguntou ela, sem se virar.

         — Não. Na verdade, eu queria lhe perguntar uma coisa.

         Ela olhou por cima do ombro.

         — O quê?

         — Irá comigo ao leilão depois de amanhã?

         — Eu? — Anahí se virou para ele, surpresa. — Mas por quê?

         Droga, não deveria ter ficado nervosa com algo tão simples.

         — Porque eu quero que você veja como é o leilão e que entenda melhor o que eu faço.

— Eu sei o que você faz. — Ela se virou novamente para a pia. — Não falava em outro assunto além dessa fazenda quando estava na Geórgia, trabalhando naquele serviço de corretagem. — Ela balançou a cabeça, colocando o último prato na lava-louças. — Nunca entendi direito por que você trabalhou naquilo.

— Eu queria curar minhas feridas — explicou ele. — Meu pai achava que eu deveria sair da fazenda e tentar uma carreira na cidade grande, antes que acabasse passando o resto da minha vida nesse lugar. Não gostei nem um pouco da idéia, por isso procurei aquele emprego, como uma espécie de protesto. Ele não tinha nada a ver com o que eu queria fazer.

         Até que ele conhecera Anahí. Então soubera que seu coração passara a ter dona. Sentiu uma onda de remorso ao recordar o passado. Mas tratou logo de deixá-la de lado. Afinal, Anahí estava novamente ali, a seu lado. Ainda que não da maneira que ele gostaria.

— Você nunca fez nenhum comentário a esse respeito — disse a ela. — Não imaginei que minha paixão pela fazenda a aborrecesse.

         Anahí olhou para ele.

— Não chegava exatamente a me aborrecer — confessou ela. — Eu queria tê-lo por perto, e ficava incomodada com o brilho que surgia em seu olhar sempre que você falava sobre a fazenda. Tinha medo de que você acabasse voltando para cá. Mas agora que conheci esse lugar, entendo sua paixão.

         Poncho sorriu, aproximando-se dela e adorando ver o brilho de antecipação que surgia nos olhos dela diante de sua aproximação,

         — E então, dra. Portilla? Conseguirá passar um ou dois dias comigo no leilão?

         — Você não vai estar ocupado?

         Ele assentiu.

— Os compradores costumam chegar cedo e eu já terei de estar por lá. Eles sabem que os cavalos que eu vendo são de primeiríssima qualidade e que eles não são vendidos por menos do que realmente valem. Por isso gostam de chegar cedo para começarem a fazer os lances enquanto os melhores animais ainda estão disponíveis. Pretendo vender todos, mas posso acabar não vendendo nenhum. — Ele sorriu. — No fundo, é uma grande aposta.