Fanfic: Ardente Rendição (Adaptada) Anahí & Alfonso TERMINADA | Tema: Ponny romance

— É sempre bom agradar clientes — sussurrou ela quando os dois ficaram sozinhos por um momento, na cozinha.

         Então encheu a xícara dele com mais café. Poncho observou-a com admiração, sentindo-se o perfume dela lhe invadir as narinas, aguçando-lhe os sentidos. Quando deu por si, havia enlaçado o braço em torno da cintura dela e a puxara para si, notando que Anahí contivera o fôlego.

         Era a primeira vez que ele a tocara desde que se jogara na piscina com ela. Segurou-a com mais firmeza, puxando-a um pouco mais para perto de si. A lembrança da pele nua Anahí sendo tocada por suas mãos deixou-o excitado no mesmo instante. Mal pôde conter o fluxo de imagens eróticas que surgiram em sua mente. Então inclinou-se e sussurrou-lhe ao ouvido:

         — Está linda, sereia..

         Anahí sentiu o rosto esquentar.

         — Obrigada.

         A voz de Poncho, adquiriu um tom sensual.

         — Deliciosamente linda.

         Anahí deixou escapar uma leve exclamação de surpresa.

         — Comporte-se.

A tentação de tocá-la com mais intimidade quase dominou Poncho por completo, mas ele se conteve a tempo. De fato, agradeceu por ela se afastar, antes que ele acabasse fazendo alguma besteira. Estava se sentindo com um dos garanhões que havia acabado de mostrar aos compradores, e não seria nada bom para sua reputação se alguém o encontrasse fazendo amor com a babá de suas filhas em plena mesa da cozinha.

         Deixando tais pensamentos de lado, colocou a xícara sobre a mesa e se dirigiu á porta.

         — Hora de ganhar mais dinheiro — disse de um modo que somente ela pudesse ouvir, então se retirou.

         Durante o resto da tarde, Anahí se manteve ocupada em arrumar a cozinha e a sala de jantar, depois da reunião, enquanto Nash continuou a se ocupado com o pessoal do leilão, mostrando a eles seus melhores puros-sangues.

         Ao final da tarde, Anahí viu que não lhe restava mais nada a fazer, então decidiu ir para o quarto, estudar um pouco. Pegou um dos seus livros de medicina e sentou-se à janela, mas nem chegou a abri-lo porque sua atenção logo se voltou para a movimentação do lado de fora. E para Poncho.

         Admitindo para si mesma que gostava de vê-lo trabalhando, ficou olhando-o com ar de encantamento. Na verdade, gostava de vê-lo fazendo qualquer coisa.

         Sentiu o coração acelerar ao vê-lo sair do estábulo montando em um belo garanhão negro. Vestido com calça e camisa jeans e botas pretas de cano alto, estava mais másculo do que nunca.

         Então Poncho conduziu o animal até o local de treinamento e começou a exibi-lo para os compradores, que mantinham pranchetas de anotações. Ao mesmo tempo em que comandava o impotente cavalo, Poncho conseguia manter a atenção de todos presa à figura dele.

         Com o cotovelo apoiado no parapeito da janela e o queixo apoiado na mão, ANahí continuou a admirá-lo a distância. Poncho lidava tão bem com os compradores, quanto com os leiloeiros e também os negociantes de gado da Flórida e da Geórgia, que haviam ido até ali para comprar cavalos treinados por ele.

         No íntimo, admitiu para si mesma que invejava a vida que Poncho levava ali. Ele trabalhava duro, mas tinha raízes que o mantinham ligado àquele lugar havia pelo menos duzentos anos. Ele estava fazendo o mesmo trabalho que seus ancestrais haviam feito com todo prazer, mantendo uma admirável tradição.

         Mas era justamente àquilo que ela não conseguiria pertencer. Anahí não tinha idéia do que era manter uma tradição familiar de duzentos anos. Isso era algo que pertencia a Poncho, não a ela. Como poderia ele acreditar que ela fosse capaz de ser esposa e mãe se nem mesmo ela acreditava ser capaz de assumir tais papéis? Na vida dele, ela era apenas uma ex-namorada que provavelmente o fazia lembrar alguns momentos especiais. Mas Anahí não esperava ser mais nada além disso. E não seria.