Fanfic: Ardente Rendição (Adaptada) Anahí & Alfonso TERMINADA | Tema: Ponny romance

— Nunca tive tempo nem dinheiro para isso, Poncho. Você sabe disso.

         Ele descobriu as terrinas, revelando a refeição de um aroma delicioso.

         — Eu sei, querida, mas durante os próximos dias, quero que você relaxe e que não pense em nada.

         Ela se endireitou na cadeira, adorando o aroma da comida.

— Nem precisa me pedir duas vezes — disse a ele, provando um pedaço de vitela. — Hum... Isso está delicioso. Foi muita gentileza sua me poupar esta noite, Poncho.

         — Não fiz isso por gentileza, querida. Fiz porque você merece isso mais do que ninguém.

         Anahí olhou para ele, com o brilho das velas se refletindo em seu olhar.

         — Está tentando me seduzir, sr. Herrera?

         Os lábios dele se curvaram em um sorriso.

         — Será que estou tendo sucesso?

         Ela sorriu.

         — Puxa, essa é uma pergunta perigosa.

         — Então não responda — pediu ele. — Deixe que eu mesmo tire minhas conclusões.

         Anahí tomou um gole de vinho, sentindo um agradável calor pelo corpo. Durante o jantar, trocaram olhares cheios de sensualidade, mas conversaram sobre assuntos triviais, mantendo uma atmosfera amena entre eles.

Fazia alguns minutos que haviam terminado a sobremesa quando Poncho ficou de pé e estendeu a mão para ela.

         — Venha — disse ele.

         — Para onde?

         — Vamos fazer uma cavalgada.

         Ela arqueou uma sobrancelha, olhando-o com desconfiança.

         — No meu cavalo — explicou ele. — Mas que mente mais poluída — brincou.

         — Não é perigoso andar de cavalo à noite?

         — A lua está cheia e eu conheço esta fazenda como a palma da minha mão.

         — Então vá buscar os cavalos — disse ela, gostando da idéia de cavalgar à noite. — Ficarei esperando aqui.

         Ele sorriu e se retirou. Anahí suspirou.

         “Relaxe”, disse a si mesmo. “Aproveite cada instante porque logo você irá embora e, como sempre, vai se arrepender das coisas que não fez.”

Poucos minutos depois, ouviu o sim de cascos de cavalo se aproximando e foi até a varanda. A visão de Poncho montado em seu garanhão preferido lhe pareceu incrivelmente romântica. Ainda mais quando ele estendeu a mão em sua direção e chamou-a com um sorriso charmoso.

         — Vamos no mesmo cavalo? — Ela se surpreendeu. — E sem sela?

         Poncho sorriu.

         — Basta apoiar seus pés sobre os meus que eu farei o resto — explicou ele.

         Ela não pareceu muito convencida de que isso seria suficiente.

         — Confie em mim, Anahí. — Ele a fitou nos olhos. — Não deixarei que se machuque. Prometo.

         Aquele olhar e o tom de voz seguros foram suficientes para convencê-la. Poncho desceu do cavalo e ajudou-a a montar, antes de voltar e subir no garanhão, atrás dela.

“Deus, o que estou fazendo?”, pensou ela, sentindo o corpo másculo e quente de Poncho colado ao seu e apoiando as botas sobre as dele.

         — Interessante — disse ela, olhando por cima do ombro.

         — Vai ficar ainda melhor.

         Poncho incitou o cavalo a se mover e eles se dirigiram ao campo aberto, onde começaram a cavalgar livremente. Anahí adorou sentir o vento nos cabelos e a força dos músculos do animal em contato com o seu corpo, assim como a força poderosa dos de Poncho, que controlava o cavalo com precisão.

         O campo estava iluminado pelo luar, lembrando o cenário de um sonho. Mas aquilo que ela estava sentindo era real. Muito real.

         Por fim, chegaram à beira de um lago e Anahí conteve o fôlego diante da bela visão. Poncho diminuiu o ritmo do cavalo até fazê-lo parar a poucos metros do lago.

         — Eu costumava vir até aqui sozinho, há alguns anos.

         Ele não disse “enquanto estava casado com Michelle”, mas Anahí percebeu o tom implícito no comentário.

         — Eu me sentava ali. — Ele apontou o local. — E me punha a pensar.

— Pensar?

         — Sim. Eu pensava em você. Onde estaria, o que estaria fazendo...