Fanfic: Ardente (Adaptada) Anahí & Alfonso TERMINADA | Tema: Ponny romance

Poncho olhou para o outro lado do quarto e a viu de pé à janela. Ela havia vestido a camiseta dele e estava de costas, sem se dar conta de que ele já tinha saído do banheiro.

Aquilo deu a ele uma chance de simplesmente ficar ali, olhando para ela, sentindo o próprio corpo se excitar no processo.

Como a maioria dos homens, Poncho sempre tivera um apetite sexual muito saudável, mas com Anny seu desejo por sexo era absolutamente voraz, o mais insaciável que poderia ser. Ela o tentava de maneira ilimitada, e, quanto mais o fazia, mais voraz ele ficava. Mas havia outras coisas que o excitavam também. Como o jeito com que ela se inclinava para receber um beijo sempre que a boca de Poncho se dirigia à dela, e o jeito como ela sorria para ele sem nenhum motivo em especial.

E também havia o modo como Anny se abria para ele sempre que lhe contava sobre seu passado. Ela permitira a ele sentir a dor de sua infância e, milagrosamente, Poncho a permitira sentir a dor dele, algo que nunca tinha feito com outra mulher. Seu relacionamento com sua mãe, ou a falta de um, era algo que ele mantivera engarrafado dentro de si. Mas com Anny a conversa surgira facilmente e sem qualquer raiva ou sentimento de culpa.

E com Anny ele também conseguia se divertir, como no dia em que foram pescar em Key West, no barco de Terrence, e hoje cedo, na feira. Cercados por pessoas, eles andaram de brinquedo em brinquedo, de vendedor a vendedor, e durante algumas horas Poncho se esqueceu de que o vínculo entre eles não era nada senão um teatro. Durante esse período o relacionamento entre ambos pareceu real.

Depois, houve o momento em que se sentaram juntos em um banco, esperando Wynona e Villarosas saírem de um dos brinquedos.

Ele e Anny dividiram um algodão-doce e ele ficou excitado só de observá-la colocando a língua para fora para lamber a guloseima pegajosa dos lábios. Incapaz de resistir, ele se inclinou e usou a própria língua para auxiliá-la, e foi longe a ponto de lamber um pouco de açúcar dos dedos dela. Poncho precisou se conter para não beijá-la tantas vezes hoje, beijos que ele queria dar sem motivo em especial.

Só porque sim.

Só porque ele a achava simplesmente adorável.

Só porque Anny devia ser a mulher mais sensual que ele já conhecera. E só porque tudo que eles faziam era espontâneo.

Principalmente quando faziam amor.

– Espero que haja um motivo para esse sorriso, Poncho.

Ele não percebeu quando ela se virou.

– Há um motivo, mas não tem nada a ver com o telefonema de Landon que acabei de receber – disse ele, atravessando o quarto para colocar o celular de volta na mesa de cabeceira. – O sorriso tem tudo a ver com você e com seu comportamento na feira hoje.

Ela olhou para ele, surpresa.

– Meu comportamento? E o que havia de errado com meu comportamento?