Fanfic: Ver com o coração - Portiñon | Tema: Portiñon

O resto da festa foi bastante tranquila, dança, música, memórias, mais música, mais dança... Anahí foi se dividindo entre todos os seus convidados e eu, que secretamente não parava de olhá-la, percebi que estava sendo dificil pra ela atender todo o mundo. Mas ainda assim via a alegria em seu rosto... Ela estava feliz o que me fez automaticamente feliz, apesar da situação.

- Estou morta! - me disse, caindo ao meu lado em uma espreguiçadeira à beira da piscina, onde eu estava a um tempo sozinha, tomando a última cerveja desta noite.

- Todos já foram embora?

- Sim... Graças a Deus. Só ficou eu e você.

- Se você quiser ir dormir.

- Você está louca! O que é isso? Eu estive a noite toda querendo passar um tempo a sós com você e não vamos ainda... A não ser que... você queira dormir.

- Eu estou bem - Eu concordei sorrindo.

- Perfeito vampira! Porque agora nós vamos brindar.

Do nada tirou uma garrafa de vinho com dois copos, que imediatamente foram preenchidos pela bebida para me oferecer um copo.

- A esta noite tão… estranha - disse levantando-a no ar.

- Por você... – Respondí imitando o seu gesto enquanto a olhava fixamente - Porque você teve um feliz aniversário.

- Estranho... Mais sem dúvida alguma feliz.

Depois que os nossos olhos permaneceram imóveis por um momento, olhares acompanhados por sorrisos... Algo me dizia que ela estava tão nervosa quanto eu. Em seguida, recolhemos os copos para beber daquele vinho requintado.

- Acreditava que já não cabia mais álcool no meu corpo - Eu disse, sentindo o líquido pela minha garganta – Mais esse vinho é delicioso.

- Sabia que você iria gostar.

- E o que você não sabe de mim? – Perguntei sorrindo

- Hoje? Nem tudo que eu gostaria.

- Oh... E você tem alguma curiosidade?

- Muitíssimas! Já pode começar a me contar o que aconteceu na sua vida nesses três anos sem ocultar nenhum detalhe... a noite é muito longa.

- Na verdade já está quase amanhecendo.

Ela observou o céu por um momento, e ví uma ponta de desapontamento em seus olhos, mas rapidamente me olhou para mudar essa expressão por um sorriso de nostalgia.

- Quantas vezes ficamos aqui para ver o amanhecer?

- Mais do que deveríamos... - Lembrei-me também e sorrí - Nossas noites sem dormir trouxe muitos problemas com a produção.

- Sim é verdade... Você sempre me fazia chegar tarde.

- Aaah eu? – Perguntei ofendida – Pelo que eu me lembre era você que custava a levantar da cama pela manhã e era melhor não chegar nem perto porque você mordia.

Seu sorriso foi ouvido em todo o espaço, enquanto me dava um tapinha no ombro, que eu agradeço, porque assim ela conseguiu que eu não ficasse  hipnotizada mais uma vez ao vê-la rir.

- Isso não mudou muito, sigo com o mesmo mau humor de sempre pela manhã e curiosamente até hoje não conheci ninguém que não seja você que saiba controlar o meu mau humor.

- É fácil é só ignorar você – Disse dando de ombros.

- Ah então era isso? - Queixou-se a dar-me outro pequeno golpe – Sentí muitas saudades disso.

Como é possível que um único corpo humano possa resistir a essa combinação de borboletas, formigas, batendo em alta velocidade e inúmeras sensações ao mesmo tempo? Eu sinto que vou explodir a qualquer momento, enquanto eu continuar a olhando e... Uau ela é realmente tão linda! Por favor alguém faça alguma coisa, antes que eu começe a babar e ela perceba tudo.