Fanfic: Ver com o coração - Portiñon | Tema: Portiñon

Cerca de meia hora mais tarde estávamos de banho tomado e vestidas, descemos então pra a cozinha, de mãos dadas e como de costumes riamos de bobagens.

- Mas que belo é o amor! - Neni falou nos olhando.

Anahí me parou e me deu um belo beijo em frente a sua irmã.

- Se o que você quer é me passar inveja, lembro a vocês que estou muito bem casada e apaixonada. -  Disse isso com uma sobrancelha levantada.

- Eu não quero te passar inveja... Mas  é impossível ficar ao lado dela sem beijá-la.

- Ah é? - Perguntei maliciosamente me aproximando dela novamente.

- Ei ei meninas !! Eu não quero ser os spoilers da história, mas sério... Vocês podiam sossegar um pouco...

- Humm .. Eu não penso assim! - Respondemos juntas. Nos beijando novamente.

- E o café? - Perguntei depois que nos separamos.

- É a única coisa que a Dulce gosta tanto quanto de você... É o meu café. É o meu café do amor. - Eu dei de ombros. Anahí olhou indignada para mim como se perguntasse se aquilo era verdade.

- Café é café. - Respondi.

Seus olhos e boca surpresos chegou a expressar o começo de um incrivelmente lindo beicinho.

- Não, não é verdade. - Disse agarrando seu rosto. - Não há absolutamente nada neste planeta que eu goste mais do que você.

- E em outros planetas? - ela perguntou com uma cara de bebê e voz.

- Muito menos. - Seus olhos brilharam e quando eu senti me derreteu.

- Ei.

Com um sorriso de completo idiota eu me aproximei dela e lhe deu um pequeno beijo nos lábios, acariciando seu rosto.

Será que vou ser capaz de ter uma conversa com vocês em algum momento da manhã? Neni interrompeu. - Sem que vocês fiquem se beijando o tempo todo.

- Você tem dois minutos até o próximo beijo. - Anahí disse e Neni rolou os olhos.

Rindo, eu me virei para a área do café e servi duas xícaras, então ofereci uma a ela e sentei-me ao lado dela e receber um sorriso terno de agradecimento.

- O que vocês pretendem fazer hoje? Além de kiss-kiss-beijinho claro.

- Hum, você tem razão irmã, beijos e mais beijos. Certo? - Ela se virou para mim, interrompendo o caminho tomou o copo aos lábios.

- Ah, sim... esse plano é perfeito.

- E amanhã?

- Mais beijos e mais beijos! - Ela respondeu - Beijos e mais beijos todos os dias.

- Infelizmente não quero ser quem estraga a festa. Mas eu acho que especialmente você Sis... você tem algumas coisas para corrigir, se você quiser ficar com a Dulce para o resto de sua vida.

Sua expressão mudou completamente da felicidade para relutância e  disse:  - Sim... É verdade. - Depois de um suspiro.

- Quanto mais cedo você enfrentar as coisas melhor é para todos.

- Eu sei... Eu preciso mesmo.

- Bem, meu amor. - Interferi. - Você vai para baixo, corrige o que você tem que corrigir e depois de tudo pega minha mão para subir de volta.

- Oh. - Agarrando o meu rosto sorrindo.

Mais uma vez ela começou a me beijar, esquecendo completamente a presença de sua irmã que felizmente para ela alguém decidiu bater na porta, neste momento, salvando uma nova sessão de beijos e sorrisos apaixonados.

Continuamos beijando e rindo absurdo concentrada como ela nos deixou.

- Anahí! -  Escutamos a voz de Neni minutos depois.

- O que aconteceu? - Ela perguntou, rindo e dando-me um último beijo antes de ir até a irmã.

Uma vez que chegou até a entrada onde Marichello esperava, quando nos aproximamos meu corpo congelou no momento em que o homem se lançou sobre Anahí, dando um grande beijo na boca.

- Linda. - Ele a abraçou pelos os ombros.

- Manuel, o que você está fazendo aqui?

- Como o que eu faço aqui? Tem mais de uma semana que eu não te vejo. E aproveitei que eu poderia escapar de São Cristovão para levá-la para almoçar e conversar tranquilamente, meu amor. Desde seu aniversário você me abandonou.

Ele virou-se para dar-lhe um beijinho que fez o meu estômago incendiar instantaneamente.

Ela não respondeu o beijo, apenas sorriu educadamente e graças a isso o cara não pode aprofundá-lo. Porque eu tive que testemunhar isso não dava nem pra imaginar a raiva que eu sentia neste momento.

- Dul, vamos lá no quarto?

O cara colocou o braço sobre os ombros e levou-a para a sala principal, sem sequer dar-lhe tempo para olhar para mim. Sentindo meu corpo continuar a queimar eu estava pronta para subir as escadas para o quarto.

- Vamos Dul? - Neni perguntou quando o "casal" se foi.

- Ao entrar no quarto me amarre na cama, porque se eu ver aquele cara beijando sua irmã de novo, eu não vou ser capaz de controlar o desejo que eu tenho que quebrar a cara dele.

- Hum... eu acho que eu preferia o mel enjoativo de vocês duas.

- Está vendo, isso é o que você ganha por reclamar tanto.

Com um sorriso tranquilizador para o rosto preocupado eu continuei no meu caminho e chegamos ao quarto onde a noite tinha vivido a melhor experiência da minha vida.

Vi a minha guitarra ao longo de um pequeno saco, peguei colocando em cima da cama, dobrando bem as poucas roupas que tinha e quando terminei de fechá-lo eu ouvi a porta abrir atrás de mim.