Fanfic: 7 Days Before I Go (Adaptada, Mini - fic) | Tema: Christopher Uckermann (Com um pouco de Vondy)

Boa tarde!!! Outro post*-*!!!

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A porta do meu quarto é aberta com força e, com dificuldade, sento-me na cama para ver o Poncho com um sorriso torto no rosto. Senta-se na minha cama.
- Hey, bro! – O seu hálito cheira a álcool e tabaco.
Pego no meu telemóvel e vejo que são cinco da madrugada.
- Tu devias ter mesmo vindo, - Ele
começa a rir-se sozinho. – O Pollis, ele estava tão bêbado que enquanto estava a dançar, ele caiu e aterrou mesmo no chão do bar.
Forço uma gargalhada pois ele está a falar muito alto – Costume dele – E a minha cabeça dói mais que o normal.
- O que se tem passado contigo
ultimamente, Ucker? – O seu tom agora é mais sério, mesmo que esteja bêbado. – Tu tens andado estranho.
- Eu, - Clareio a minha garganta. – Eu estou bem.
- Não e nós todos já reparamos nisso. Parece que estás sempre cansado, a tua voz falha muitas vezes nos concertos ou mesmo nos ensaios e estás mais magro,
muito mais magro.
- É só porque eu não tenho dormido muito, os dias de folga são menores. Nós temos trabalhado muito e em diferentes coisas, é só por causa disso.
- Tens a certeza? Tu sabes que podes contar conosco, somos irmãos agora.
Eu assinto e volto a deitar-me na cama.

Poncho levanta-se e cambaleia para a sua cama – Nós partilhamos o mesmo quarto
– Mas tropeça nos seus pés, caindo.
- Oh meu Deus, o chão é tão macio. – Ele grita e começa a abanar os braços e pernas como se tivesse a fazer um anjo.
- Estás tão bêbado, Poncho.

*

O meu corpo está dorido, eu mal 
consigo me mexer mesmo que estejam a puxar o máximo por mim. Não paro de transpirar e a porcaria da música alta está a dar-me cabo da cabeça.
- Esforça-te mais, Ucker! – Mark, o nosso treinador, grita nos meus ouvidos.
Eu quero chorar, eu quero gritar, eu quero bater-lhe por estar a obrigar-me a treinar ainda mais do que o costume.
Mas ele não tem a culpa porque ele não sabe o que se passa comigo. Ninguém sabe. Eu não consigo fazer melhor que
isto.
- Eu preciso de uma pausa. - Peço
enquanto tento parar a passadeira mas os meus dedos tremem, não
conseguindo realizar a ação.
- Só paras quando te esforçares. Ucker, tu sempre correste mais que isto.
- Mark, eu acho que ele deve fazer uma pausa. – Mai intervém e desliga a passadeira.
Prendo as mãos nas laterais da
passadeira e deixo a minha cabeça tombar para a frente, tentando respirar fundo. Eu preciso de apanhar ar.
- Está bem, Ucker? – Assinto e agarro na minha garrafa de água. – Desculpa se fui duro contigo mas é que você costumava fazer melhor, o que está acontecendo contigo?
Todos perguntam o que está acontecendo comigo, querem saber? Eu estou morrendo! Se consigo dizer isso em voz
alta? Claro que não.
- Estou só cansado. – Digo a mesma desculpa de sempre.
Saio do ginásio devagar, com as minhas pernas a tremer, e tenho que segurar-me aos corrimões para não cair.

*

Deixo o meu corpo cair dentro da água quente deixando só a minha cabeça submersa. Olho para o meu corpo e assusto-me um pouco com o meu estado físico. Tenho vários hematomas que nem me lembro de tê-los arrumado. As minhas pernas e braços estão mais magros que
o normal, até a minha barriga.
Não consigo comer como sempre comi e as pessoas notam nisso. Eu meto um monte de comida no prato mas só consigo ingerir no máximo cinco garfadas. Sinto-me maldisposto se tentar comer mais e quando faço isso, acabo a vomitar.
Deslizo um pouco e a minha cabeça fica imersa sobre a água, os meus olhos fecham-se e deixo-me estar assim por
algum tempo.
Eu estou a morrer e o pior é que por mais que tente fugir da morte, ela vai acabar por apanhar-me. Eu não estou pronto para isso.

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