Fanfic:  A Dança da Sedução {♥} AyA [ finalizada ] | Tema: hot, drama, ponny, AyA

— Acho que consigo — disse Diego em tom de desafio, erguendo a perna, perdendo o equilíbrio e estatelando-se no chão.

— Bem feito, Diego! — disse Catarina. Mai sorriu para Anny.

— Não dói?

— Com muito exercício, não. — Baixou a perna e olhou para a menina. — Quantos anos você tem, Catarina?

— Cinco, e consigo tocar a ponta dos pés.

Cinco anos, pensou Anny. Ossos ainda maleáveis, o corpo propenso a aprender movimentos diferentes.

— Se sua mãe deixar, na primavera vou ensiná-la a dançar. E mostrará ao seu irmão que bale não é coisa para gente emplumada.

Piscou para a menina, deitou-se no chão, arqueou o corpo para trás formando uma ponte, e ergueu as pernas para o teto, ficando assim um momento e retornando à posição normal.

— Nossa! — exclamou Diego para Arthur. — Ela é demais!

Alfonso continuava a observar, sem nada dizer.

— Bale é para atletas — disse Anny, arrumando os cabelos e olhando para o irmão de Catarina. — Deixa as pessoas ágeis e flexíveis. Você poderia praticar um pouco.

— De jeito nenhum!

— Venha com sua irmã depois, e lhe mostrarei.

Mai soltou uma risada.

— Isso é o que chamo de procurar confusão. Venha, terremoto!

Pôs a mão na cabeça do filho.

Alfonso continuava perdido nos próprios pensamentos, que haviam se tornando um tanto eróticos, nos últimos minutos. Disse em voz alta:

— Obrigado por cuidar de Arthur, Mai.

— Não é incômodo nenhum. Disponha sempre que quiser.

— Verdade? — Anny relanceou um olhar enviesado para Alfonso.

Mai olhou de um para o outro, e um sorriso de compreensão surgiu em seu rosto simpático. Bem, pensou, já era hora de Alfonso Herrera ter alguém em sua vida.

— Arthur é um menino muito bom — afirmou. — Aliás, estou pensando em preparar um belo espaguete um dia desses e convidá-lo para jantar com Diego.

— Que tal sexta-feira? — propôs Anny com doçura. — O que acha, Alfonso?

— Não sei, eu...

Em um mudo entendimento feminino, Mai apressou-se a dizer:

— Ótimo! — Empurrou os filhos para a porta. — Não se esqueça, Arthur. Vou pegá-lo na escola e levá-lo direto para minha casa. Depois poderão assistir a um filme de vídeo. — Olhou para Alfonso, sem perder Anny de vista. — Talvez ele possa dormir lá em casa. Basta mandá-lo para a escola na sexta-feira com uma muda de roupa. Prazer em revê-la, Anny.

— O prazer foi meu, Mai.

Arthur dava pulos de alegria.

— Vou dormir na casa de Diego! Obrigado, papai!

— Sim — Anny deslizou um dedo nas costas de Alfonso, sorrindo com malícia. — Obrigada.