Fanfics Brasil - 1 Cuidado garoto apaixonado

Fanfic: Cuidado garoto apaixonado | Tema: vondy


Capítulo: 1

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desde que eu tinha cinco anos só sabia pensar com poucas sílabas, eu achava que a palabra amor era um substantivo muito complicado
tá certo que eu não pensava assim : substantivo.ru nrm sabia o que era isso . mas o que eu sintia , o amor que eu sentia e nem sabia que se chamava amor, eu já achava uma coisa muito estranha para sentir.Princioalmente quando esse alguem era eu.
mas , antes de falar sobre isso, acho melhor falar de outra coisa, que aconteceu antes do que eu vou contar.Como naqueles filmes em que o diretor mostrau uma cena da historia pra quem está no cinema entender melhor o que vai acontecer



assinado:
christopher


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primeiro capitulo


A  casa do meu pai fica na Baleia. A casa do pai


do poncho fica em outra praia: Boiçucanga. Mas


mesmo assim, desde que a gente se conhece,


quando a gente estava de férias, ou o poncho ficava comigo


na minha casa ou eu ficava com ele, na casa dele. Já que


não temos irmãos da mesma idade, um tinha praticamente


adotado o outro. A gente sempre f oi bastante amigos.


 


Nesse ano, o poncho tinha vindo pra minha casa com bike,


skate, walkman, bola de capotão número dois... e a prancha


de surf.


 


Bike, bola, skate e walkman eu também tenho. O que


eu nunca tive foi prancha de surf. Lá em casa até tem uma.


Do Dani, meu irmão mais velho. Mas eu nunca usei. Por


uma simples razão: eu não sei surfar. Pra falar a verdade,


eu nem sei nadar. E pra ser um pouco mais sincero, eu


morro de medo de água. Sempre tive. Rasinho, tudo bem.


Mas só até o umbigo. Mas eu gosto muito da praia. De


andar na praia. De jogar bola. De jogar conversa fora, na


areia. De ficar pensando e tudo.


 


O Dani, meu irmão, os outros caras, meu pai e meus


tios, e às vezes até a minha mãe, tiram um pouco de sarro


de mim por causa desse meu medo da água. O que é que


eu vou fazer? Eu tenho medo mesmo.


 


Só quem nunca tinha tirado nenhum milímetro de


sarro de mim era o Ale. A gente se respeitava pra burro,


sabe?


 




- Olha,ucker: (esqueci de dizer que todo inundo me


chama de ucker) fica aí pensando naquela


gata da Luiza que eu vou pegar umas ondas.


 


Quando ele não dizia pra eu ficar pensando na menina


 que estava afim, ele dizia pra eu ficar fazendo alguma


outra coisa legal. Era pra eu não ficar muito sozinho enquanto


 ele pegava ondas.


 


Só que naquele dia me deu um tipo meio besta de


coragem. Coragem de quem não tem menor ideia do que


está fazendo.


 


- Me ensina a pegar onda.


 


-Quê?


 


- É. Eu quero aprender.


 


- Mas você tem medo de ir pro fundo. Pra poder voltar


na onda, tem mesmo que ir um pouco mais fundo do que


você vai. Você tá cansado de saber.


 


- Mas eu também estou cansado de ficar pensando


na Luiza.


 


Eu não estava cansado de pensar na Luiza coisa


nenhuma. Eu nem pensava mais nela. Ela é vizinha da


nossa casa da praia da Baleia. Eu queria aprender a surfar


porque eu estava ficando praticamente interessado na


Maria Hercília. Uma supergata, que também é vizinha da


nossa casa, na Baleia, só que do outro lado. E eu sabia


que ela adorava surfistas. Eu queria impressionar a gata.


Jeito de surfista era superfácil de fazer (só imitar um pouco


o jeito do poncho). Cor, eu já tinha. Só faltava mesmo aprender


a surfar.


 


- Ensina ou não ensina ?


 


O poncho estava com o maior jeito de quem não queria


ensinar droga nenhuma. Achei estranho. A gente sempre


foi legal um com o outro.


 


- Acho melhor outro dia.


-E eu acho melhor hoje.


 


- O mar está meio bravo.


 


 


 


Até aquela hora o mar estava mais do que calmo.


Estava tudo meio abafado. Parado.


 


— Qual é,poncho? Me ensina, vai.


 


O poncho, meio de saco cheio, enterrou o bico da prancha


na areia e sentou ao meu lado.


 


- Tá bom. Eu fico com você.


 


-Você tá surdo ou não lavou os ouvidos? Eu quero ir


pra água, aprender a surfar. E eu só tenho coragem de


pedir isso pra você. Será que dá pra você entender?


 


-Dá. E será que dá pra você entender que o mar está


meio bravo e que não demora muito vai cair a maior


tromba-d ’água ?


 


- Tromba-d’água é a sua cara, querendo me enrolar.


E óbvio que você não quer que eu também seja surfista,


pra se exibir sozinho para as gatas.


 


- Para de viajar, ucker.


 


- Para de viajar você, seu corintiano hermafrodita


de orelhinha furada.


 


”Corintiano hermafrodita de orelhinha furada” é um


ótimo start pra uma briga com o poncho.


 


- Não começa que depois você não aguenta. São paulino


 veadinho.


 


Só que eu já tinha começado! Foi aí que aumentou a


minha coragem besta.


 


Eu xinguei o poncho com um palavrão que eu não me


lembro agora, me levantei, peguei a prancha dele e quando


me virei pra ir pra água, o sacana do poncho me segurou pelas


canelas e eu caí de boca na areia. Ele estava muito bravo


comigo. Parecia que saía espuma pelos olhos e fumaça


pela boca, quer dizer, ao contrário.


 


- Nem se eu tiver que te atolar na areia, você não vai


entrar na água agora. Tá perigoso.


 


— Perigoso é você, seu pedaço de resto, que só porque


é mais forte do que eu, fica me prendendo pelas pernas.


Me larga, seu babaca.


 


 


 


Aí a gente começou a rolar na areia. O poncho tentando


me segurar. E eu querendo me soltar. Eu dei um chute nele,


naquele lugar. Ele me deu uns doze socos. A gente nunca


tinha brigado antes. Eu nunca briguei com ninguém. Pra


alarmais uma verdade, eu nem sei brigar. Só esses golpes


baixos, como chutes naquele lugar.


 


A gente ficou rolando na areia um tempão. Só o


barulho de um raio fez a gente se soltar. O maior que eu já


tinha ouvido. O raio aconteceu um milionésimo de segundo


antes de cair o maior temporal que eu nunca tinha pensado


 que pudesse existir. Pelo peso, cada pingo de chuva


parecia que era um limão. Só se via gente saindo da água.


Correndo. E gritando assustados. Acho que era por medo


de se afogar, porque o mar começou afazer umas ondas


enormes e o vento levantava a areia, que ficava girando.


Tapamos os olhos com as mãos pra não entrar areia e


fomos correndo pra casa. Até deixamos a prancha na praia.


No caminho, era só árvores caindo, telhas voando. Tudo


superperigoso.


 


Nós chegamos sãos e salvos na varanda da minha


casa. Graças a Deus! Meu coração quase saía pela boca,


mesmo assim eu disse:


 


- Pó, cara. Obrigado! Você salvou a minha vida.


 


- Depois você me paga um sorvete.


 


Tinha alguma coisa de herói na cara do poncho e na


risadinha que ele deu.


 


Um sorvete é meio pouco pra retribuir quem salva a


vida da gente.


 


Ou não é?


 



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Autor(a): gigi_rbd

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