Fanfic: •♥ღツ°Uma entrega especial°ღ•♥ [terminada]
—Está tomando conta dela para uma amiga? — questionou ele, ainda desconfiado. —M-mais ou menos - gaguejou Dulce, evitando encará-lo. — Encontrei-a à minha porta, dentro daquela caixa de televisão que está perto da entrada. —Hum, entendo. E com aquele bilhete que me mostrou? Até que enfim as coisas começavam a se esclarecer, pensou ela. Atravessou o quarto com cuidado para não balançar demais o bebé. Os pequenos olhinhos haviam se fechado outra vez. Talvez ela acabasse dormindo se continuasse em seu colo. — Bem, vamos voltar para a sala — sugeriu a seu visitante. — Vai me dar algum conselho ou orientação? Ficando de lado, ele a deixou passar e a seguiu. Porém, ficou de pé e manteve as mãos nos bolsos enquanto a via sentar-se. —Quando a encontrou? —Por volta das sete e meia da manhã de hoje. —E não chamou as autoridades? —Não contei a ninguém ainda, exceto você. -Dulce estava decidida a ser honesta. Com certeza, em se tratando de advogados, a regra básica que ela usava para computadores também deveria se aplicar: quanto melhor a informação fornecida, melhor o resultado obtido. E dizer a verdade era a melhor maneira de se conseguir bons conselhos. — Por quê? — indagou Christopher, com curiosidade. — A princípio, não tive tempo. Estava ocupada demais tentando descobrir como se cuida de um bebé. Depois, não sabia ao certo a quem chamar, nem qual tipo de autoridade deveria contatar. Por fim, quando tive a oportunidade de fazê-lo, já não tinha certeza de que queria contar isso a alguém. Foi então que decidi deixar o bilhete à sua porta. Os lábios de Christopher se comprimiram mais uma vez. Dulce evitou olhá-lo diretamente. —Srta. Saviñon, precisa me dar um adiantamento. —Como? — questionou ela, voltando a encará-lo. —Por acaso está me contratando? — indagou ele, com uma expressão severa. — Se estiver, precisa oficializar isso com um adiantamento. Dulce percebeu que havia uma certa urgência no tom de voz dele, embora fosse impossível identificar o motivo. Seria apenas ambição? Sentindo-se tentada a reagir com mais ímpeto, conteve-se ao se lembrar de que não seria bom acordar a menina. Contudo, teve de se concentrar para se manter calma. —Poderia me mandar a conta depois? Só preciso de um pequeno aconselhamento. Eu gostaria de... —Senhorita, se estiver me contratando — interrompeu ele —, faça-o de uma vez. Agora. A conversa estava sendo bem diferente do que Dulce esperava, depois de ouvir os muitos elogios a respeito do "bondoso" advogado que se mudara para o condomínio. A filosofia profissional dele parecia bem clara: sem dinheiro, sem conselhos. Por que ele não podia mandar a conta depois? Uma das coisas que a haviam incomodado ao longo do dia fora justamente se teria ou não condições de sustentar um bebé. Vinha vivendo no limite de sua renda naqueles últimos tempos. Teria de cortar despesas de alguma maneira, provavelmente mudando-se para um apartamento mais simples. Isso sem considerar as despesas judiciais. Respirando fundo, levantou o queixo e o encarou. Então olhou ao redor. — Não sei onde deixei minha bolsa. O que era verdade, já que a bolsa não estava no balcão da cozinha, onde ela sempre a guardava. Não fazia ideia de onde a havia deixado depois que encontrara o bebé. —É aquela ali? — perguntou ele, caminhando até o arco que separava o hall da sala e se inclinando para pegá-la. —Obrigada — agradeceu Dulce, quando ele lhe entregou a bolsa. Quando tentou abri-la com uma só mão, viu Christopher se aproximar. —Deixe que eu segure o bebé, sim? — sugeriu ele, tirando a menina dos braços dela com tanta habilidade que nem ouve tempo de Dulce reagir. O modo confiante como Christopher acomodou a cabeça do bebé em seu ombro, segurando-o apenas com um braço, demonstrou que ele sabia o que estava fazendo. Como alguém tão ávido por receber um adiantamento em dinheiro podia ser, ao mesmo tempo, tão cuidadoso com uma criança?, Dulce se perguntou. A vida não lhe pareceu muito justa naquele momento. —Quanto? — questionou ela, retirando duas notas de vinte dólares da carteira. —Faça um cheque — respondeu Christopher, com ar indiferente. — Acho que será melhor. —Está bem, mas quanto? Cem dólares são suficientes? Pode mandar uma conta complementar, se isso for insuficiente. —Cinquenta deve bastar — murmurou ele, acariciando as costas do bebé com a mão livre. O jeito dele demonstrava muita experiência com crianças. Quando ela lhe entregou o cheque preenchido, viu-o checar primeiro o relógio e então fazer uma careta. Depois de dobrar a folha preenchida, colocou o cheque no bolso sem nem mesmo olhá-lo. —Não vai verificar se escrevi tudo certo? —Não é preciso, obrigado. — Oh — murmurou Dulce, arqueando uma sobrancelha. O suspiro que o ouviu soltar lhe pareceu um evidente sinal de alívio, o que a deixou intrigada. Ao fazer menção de pegar a menina dos braços dele, teve outra surpresa. —Deixe que eu cuide dela por alguns minutos. Você parece exausta. Sente-se e relaxe um pouco. Segurarei a menina para que possa se concentrar e me dizer o que quer que eu faça. —Não foi para isso que acabei de contratá-lo? Para me dizer o que fazer? — indagou Dulce, sem conseguir esconder sua indignação. —Não, srta. Saviñon — respondeu ele, surpreendendo-a e acalmando-a em seguida, com seu sorriso bem-humorado. — Você me contratou para nos proteger de qualquer problema futuro. —Como assim? Foi tudo o que Dulce conseguiu dizer. Estava com a cabeça repleta de perguntas, mas aquele sorriso arrebatador a impediu de concatenar as ideias. —Tenho a impressão de que estou prestes a ficar sabendo de um crime — respondeu Christopher. —O quê?! —Se pretende admitir que cometeu um, não prefere estar protegida pelo privilégio do relacionamento sigiloso entre advogado e cliente? —Sobre o que está falando? —Para ser sincero, ainda não sei ao certo — admitiu Christopher. — Mas rapto foi a primeira coisa que me veio à mente. —Eu não a raptei! O bebé foi abandonado à minha porta! —Como eu já lhe disse, não sei ao certo que lei foi quebrada aqui, mas tenho certeza de que é ilegal encontrar o bebé de outra pessoa e mantê-lo consigo. Caso seja essa sua intenção, claro. —E isso mesmo o que quero que consiga para mim. Diga-me como mantê-la, mas dentro da lei. —Então, encontrou-a essa manhã, certo? —Isso mesmo. —E já tem certeza de que quer mesmo ficar com ela? Mesmo sendo a filha de uma desconhecida? Uma criança sem referencial nenhum, que pode ter sido gerada por uma viciada em crack ou por uma aidética? Pretende mantê-la mesmo assim? Olhando para o bebé, Dulce rogou para que aquelas suposições fossem um engano. —Sim — respondeu, em um tom de voz firme, voltando a olhá-lo. — Quero ficar com ela. —Então vamos fazer uma coisa de cada vez — prosseguiu Christopher. — Primeiro vamos entrar em contato com a polícia e contar o que aconteceu. Depois começaremos o processo para indicá-la como mãe adotiva ou protetora da criança. —Não. Os dedos de Dulce se fecharam sobre os dele quando Christopher pegou o telefone. O olhar surpreso que ele lhe lançou a fez recolher a mão no mesmo instante. — Como alguém que lida com leis, sou obrigado a denunciar atos criminosos — declarou ele. — Se não houvesse me escolhido como seu advogado, eu estaria avisando a polícia sobre esse bebé abandonado neste mesmo instante. E como seu advogado, é isso que eu a aconselho a fazer. "Alguém que lida com leis", pensou Dulce. As palavras a deixaram apreensiva. Porém, logo voltou a ficar aliviada ao se lembrar de que acabara de contratá-lo como seu advogado. Christopher Uckermann não poderia fazer nada contrário aos desejos dela. — Faça isso certo, srta. Saviñon — insistiu ele. — Conte o que aconteceu às autoridades, para que nenhum de nós tenha de se preocupar. Farei o possível para conseguir que você seja escolhida como protetora da criança. —E justamente esse o problema. Você não pode me garantir nada. Pode? —Sou muito bom no que faço. —Então fico contente por havê-lo contratado. Mas sabe onde este bebé estaria se eu tivesse ligado para a polícia de manhã? Christopher franziu o cenho. — Sob os cuidados de alguém? — Provavelmente, mas não sem antes passar pelas mãos de policiais grosseiros e de assistentes sociais. Depois iria para algum internato, onde seria tratada apenas como "mais uma", sem receber nenhum carinho ou atenção especiais. Seguiu-se um momento de silêncio. — Está falando isso por experiência própria? — Christopher perguntou. Dulce levantou ligeiramente o queixo. —Eu sobrevivi. Mas tive de ser forte. — Ficando de pé, ela se aproximou dele e olhou para o bebé. — Não quero que o mesmo aconteça com esta criança. Não se eu puder evitar — acrescentou enquanto Christopher lhe entregava a criança. —Vai continuar chamando-a de criança e de bebé? — perguntou ele, com um sorriso se insinuando nos lábios. Voltando a ficar sério, falou: — Parece estranho que a mãe não tenha dito o nome dela no bilhete. Dulce estivera tão preocupada em cuidar da criança que não pensara nesse detalhe. Claro que o bebé precisava de um nome. .— Tem alguma sugestão? — perguntou a Christopher. Ele deu de ombros. —Qualquer nome que escolhermos não será usado por muito tempo. — Limpou a garganta. — Eventualmente terá de ficar sem esta criança, Dulce. Pelo menos por algum tempo. Tem certeza de que não quer entrar em contato com a polícia agora, antes de ficar muito apegada ao bebé? —Tarde demais porque me apeguei a ela desde o primeiro instante — afirmou Dulce. — Além disso, você vai me ajudar e é muito bom no que faz, lembra? —Sim. Mas eu seria um advogado irresponsável se não a avisasse sobre o que pode acontecer. —Eu sei. E lhe agradeço por isso. — Decidindo usar o bebé como uma desculpa para se afastar um pouco dele, falou: — Acho que ela está molhada. —Quer que eu pegue uma fralda? —Oh, não. — Dulce fechou os olhos. — Esqueci que essa era a última. Tenho de... Preciso... — Respirou fundo. — Sei que deve ter outro compromisso agora, mas poderia esperar só mais dez minutos? Irei rápido até uma farmácia comprar fraldas. Prometo que voltarei rápido. Está frio lá fora e não quero que ela acabe doente... —Deixe que eu vá à farmácia para você — Christopher propôs. Então olhou para o relógio e arqueou as sobrancelhas. — Espero que isso esteja sendo mais interessante do que o coquetel que estou perdendo. Irei à farmácia rápido e espero chegar à festa a tempo para o jantar. Isso eu não posso perder. Dulce assentiu e pegou a bolsa. — As fraldas ficam por minha conta — anunciou ele, pegando o casaco. — E trarei mais leite também. Qual é a marca do que a mãe dela deixou? Dulce hesitou um instante, então foi pegar uma embalagem vazia na cozinha. — Sr. Uckermann... — Pode me chamar de Chris — disse ele. — Eu... agradeço por tudo que está fazendo por nós, Chris. Ele sorriu com charme. — Eu não conseguiria agir de modo diferente.Não poderei ficar mais depois que trouxer as fraldas, mas passarei por aqui depois da festa, se você quiser. Acha que ficará bem com o bebé? Dulce assentiu. Ficou surpresa quando Chris tocou seu rosto levemente ao dizer: — Sorria. Logo conseguiremos resolver essa situação. Então saiu com uma piscadela. Dulce ficou olhando para a porta fechada, tomada por uma onda de emoções conflitantes. Passara toda sua vida tentando ser independente e finalmente conseguira conquistar uma posição em que não dependia mais de ninguém. Até aquele bebé ser deixado à sua porta e mudar seu modo de encarar a vida. Afinal, para cuidar do bebé ela precisara recorrer a outra pessoa. Voltara àquela incómoda situação de dependência. Acariciou os cabelos do bebé então beijou-os com delicadeza. — Vamos solicitar toda a ajuda de que precisarmos, está bem? — prometeu, em um sussurro. — Tenho a impressão de que Chris Uckermann poderá nos ajudar muito. Mesmo não tendo chegado a nenhuma solução ao conversar com ele, estava se sentindo mais tranquila. Nem chorara durante a última meia hora!, pensou com um suspiro. Ainda bem que ele prometera voltar depois.
Dulce assentiu.
Ela hesitou mais uma vez.
Autor(a): dullinylarebeldevondy
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CAPÍTULO II Já era quase meia-noite quando Chris bateu levemente à porta de Dulce. Dessa vez o bebe não estava adormecido, e nem parecia ter a mínima intenção de dormir. Ao recebê-lo à porta, Dulce notou que ele parecia preocupado por algum motivo. Havia trocado de roupa, mas parecia tão ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 75
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bellarbd Postado em 23/10/2009 - 14:55:33
nossa já acaabou?
=(
tudo bem, eu amei a web do msm jeiito
que final mais lindo
meus olhos ficaram cheios de águaa
adoreeeeeeeeeeeeiiiiiiiii
parabéns pela magnifica e linda web! -
jessikavon Postado em 20/10/2009 - 15:43:40
Nossa q wn lindaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
ameiiiiiiiiiiiiiiii
foi perfeitaaaa
vou acompanhar sua outra wn...foi d++
Parabéns!! -
jessikavon Postado em 20/10/2009 - 15:43:39
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jessikavon Postado em 20/10/2009 - 15:43:37
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jessikavon Postado em 20/10/2009 - 15:43:37
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jessikavon Postado em 20/10/2009 - 15:43:36
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