Fanfics Brasil - • ๋○ ๋•Flertando com o Perigo• ๋○ ๋• [FINALIZADA]

Fanfic: • ๋○ ๋•Flertando com o Perigo• ๋○ ๋• [FINALIZADA]


Capítulo: 12? Capítulo

316 visualizações Denunciar


Capítulo X


 


Dormir com Chris Uckermann era uma coisa; e bastante agradável, por sinal. Ter um relacionamento mais sério com ele era algo bem diferente. E ia sair em sua companhia para um jantar em casa de amigos. Um amigo advogado! A situação começava a ficar feia.


Procurava algo para usar em meio às muitas roupas que Christopher mantinha no closet. Sabia que ele a aguardava, na sala ao lado. E podia ouvi-lo assobiar baixinho. Chris estava feliz. Era estranho, mas sen­tia-se feliz também. Aquela nova vida era estranha e tentadora. Exis­tiam nela pequenos prazeres aos quais jamais dera atenção.


Deixou isso de lado, entretanto, quando se lembrou de Pablo Lyle. Os policiais levaram algumas caixas do escritório dele na man­são, mas Dul pretendia entrar lá nessa mesma noite e verificar se algo que pudesse ser interessante ficara para trás. Caso não achasse nada, não seria difícil saber onde ele morava.


Pronta? — ouviu.


Ainda não. — Dul acabava de colocar um vestido verde com flores pequenas, claras. — Vou me maquiar.


Não é necessário. Está muito bem assim.


Nada disso. Quero estar bem arrumada. Como gente normal. A sra. Poncho deve ser normal. O marido, sei que não é.


Não gosta dele porque Poncho se mantém de olhos abertos para garantir que ninguém se aproveite de mim.


Dulce riu.


Como se isso fosse possível.


De fato, não é.


A não ser seu amigo Gastão Diestro, certo?


Christopher demorou a responder, e ela soube que tocara na ferida mais uma vez:


É, para toda regra sempre há uma exceção.


Apenas uma?


— Se se refere a Pablo, eu o conheço, mas não da mesma forma como conhecia Gastão. E por causa de Gastão, aprendi a escolher melhor meus amigos hoje em dia. Decepcionei-me uma vez e basta.


Dul retornou ao quarto e recebeu um olhar e um sorriso de apro­vação.


— Em que categoria eu me encontraria para você?


— Uma bem nova. E muito interessante. Ela sorriu com certa tristeza.


— Não vai durar, você sabe. Entre nós, quero dizer. Assim que soubermos quem está com a pedra, tudo terá fim. Não haverá motivos para eu ficar aqui, e você, sem dúvida, tem coisas melhores para fazer do que ficar comigo.


Christopher a fitou, agora muito sério.


— Eu a espero lá embaixo. — E se foi, deixando-a perplexa diante de tal reação.


Dulce não conseguia entendê-lo.


Christopher a esperava junto à porta. Ofereceu-lhe o braço e, ao saírem, Dul maravilhou-se com o carro que os esperava diante da entrada. Era o que mais gostara na garagem. Não imaginava que Christopher pu­desse ter notado seu olhar para o veículo quando estiveram lá. Con­tudo, Chris notara, e preparara aquele carro em especial. Mais do que isso: entregou-lhe a chave, num gesto de absoluta confiança.


Você dirige.


Oh, meu Deus! Vou dirigir um Bentley?!


— Isso mesmo. Mas cuidado para não nos matar, certo? —Animadíssima, Dul não discutiu; e foi com um prazer enorme que se sentou atrás do volante. No caminho, quis saber:


Eles têm filhos?


Sim.


Qual a idade?


— Jonny tem dezenove, mas você não o conhecerá. Começou a estudar este semestre. Yalles tem catorze, e Olívia, nove. É a terceira residência depois da esquina.


Parecia uma casa de bonecas, bem-arrumada, com um jardim bem cuidado e uma cerca branca ao redor. Pararam diante da porta princi­pal, e Christopher pegou dois pequenos embrulhos do porta-luvas.


Presentes para as crianças. Quer levá-los?


Dê-me um. Para ter algo nas mãos, sabe? Chris sabia o quanto Dulce estava nervosa.


— Calma. Enfrentou duas granadas hoje, querida. Este jantar você tirará de letra.


Foi Poncho quem atendeu quando tocaram a campainha.


Any está na cozinha — avisou, dando uma boa olhada em Dulce, que não passou despercebida a Christopher.


Sua casa é linda! — ela elogiou, com sinceridade.


Obrigado. Gostariam de beber algo?


Christopher e Dul aceitaram uma cerveja. E seguiam para o quintal, onde a mesa fora montada, quando Olívia apareceu na escada, abra­çando Christopher. Ele lhe disse que ela crescera bastante e depois apre­sentou Dul. Em seguida, entregou o presente à menina, que gritou de alegria ao abrir a caixinha e ver a delicada bonequinha japonesa.


— Mamãe, olhe o que tio Chris me trouxe! — Olívia saiu correndo para a cozinha.


Poncho comentou, um tanto preocupado:


Deve ter pago uma pequena fortuna por aquela bonequinha.


É para a bela coleção que Olívia vem fazendo.


Any apareceu, então, agradecendo o presente, e Chris apresentou-lhe Dul. O primeiro comentário da loirinha simpática foi:


Ouvi dizer que empurrou meu marido para dentro da piscina. Bem-feito! Ele sabe como irritar uma garota!


Nossa... ainda bem que não ficou zangada.


Que nada! Poncho mereceu, tenho certeza. Sabe cozinhar, Dulce?


Nada mais que pipoca.


As duas foram para a cozinha, conversando, enquanto Chris volta­va-se para seu advogado:


Onde está Yalles?


No treino de beisebol. Chegará logo. Escute, o que deu em Saviñon? Era pior do que um porco-espinho comigo e agora está tão simpática!


Deve estar se adaptando. É assim que vive, imagino.


Entendo. E qual de suas adaptações dorme com você?


Todas. Mudemos de assunto.


Certo... Vi que a deixou dirigir o Bentley.


É.


Mas não deixa que eu o dirija.


Porque não quero impressioná-lo. Poncho fez uma careta de aborrecimento.


Quanto Any sabe sobre Dulce?


— O que você disse ao jornalista, Chris. Também contei que ela vem ajudando a encontrar a pedra. Mas sei que Saviñon fará com que Any pense o melhor a seu respeito. Ninguém consegue ser mais fingida.


Poncho, por favor...


Pelo que vejo, a situação ficou séria entre vocês.


A conversa ia tomando um rumo desagradável, e Christopher achou melhor alterá-la:


— Alguma novidade sobre Lyle?


— Eu ainda estava na delegacia quando você ligou informando da morte de Mike Biagio. Contaram a Pablo, e ele me pareceu ainda mais assustado. Acabei arranjando-lhe um advogado.


Quem?


Steve Tannberg.


Chris assentiu, aprovando o nome, que não pertencia à firma de Poncho.


— Não quis me envolver. E, pelo que Steve disse depois de assistir ao interrogatório de Pablo, ele prefere ficar na cadeia; disse que é uma forma de protestar contra a injustiça que lhe fizemos.


Bobagem. Deve estar com medo de morrer também, se sair.


Concordo. E acho que ele até quer confessar algo sobre a pedra.


— Mas se fizer isso, será também suspeito de ter colocado as gra­nadas...


Dulce nunca estivera numa casa tão tranqüila. E acabou se dando conta de que suas reservas em relação a Poncho se deviam mais a sua profissão do que a ele, pessoalmente. Mas tinha de fazer algo que pretendia desde que soubera do jantar.


— Por favor, Any, onde fica o banheiro?


— No andar de cima, a primeira porta depois do escritório de Poncho. Dul agradeceu e subiu. O jantar, como imaginara, lhe daria uma excelente oportunidade de vasculhar a casa.


Encontrou o banheiro e trancou a porta, como se estivesse lá dentro. Seguiu, então, para o escritório.


Foi direto até a escrivaninha, onde havia algumas fotos, um com­putador e um telefone. Sentou-se na cadeira e abriu a primeira gaveta do móvel. Canetas, blocos de anotação, clipes. Ergueu os olhos para uma das fotos, que mostrava toda a família, com a Universidade de Jonny ao fundo. Jonny, o filho mais velho dos Herreras, era alto e moreno como o pai. Na certa seria um bom advogado também. Os demais retratos eram de Yalles, em seu uniforme de beisebol, e de Olívia, usando uma fantasia de feiticeira. Havia outra, de Poncho e Chris se­gurando peixes que deviam ter pescado juntos.


— Satisfeita?


Dulce levou um susto. Chris acabava de entrar.


Eu procurava evidências de que Poncho estivesse ligado ao roubo da pedra ou aos atentados.


E encontrou algo?


Detesto admitir, mas... não.


Ótimo. — Christopher rodeou a escrivaninha e Ponchoou Dul pela mão, fazendo-a erguer-se. — Eu disse que agora sei escolher meus amigos. Mas saiba que tenho uma paciência restrita para certo tipo de jogos, Dulce.


Dul respirou fundo e assentiu, deixando-se levar de novo para o quintal dos fundos dos Poncho, onde o jantar estava servido.


Pouco depois, Yalles chegou, muito alegre, e foi apresentado a Dul. Perguntou logo a Chris sobre a explosão, como se ela não passasse de um enorme divertimento.


— Deixei um presente para você sobre o bar — Christopher avisou, recebendo o abraço do garoto. — E quanto à explosão, não foi tão emocionante assim. Tive de usar uma camisa de seu pai para sair nos jornais.


Dul assistia a tudo encantada com a alegria e a paz que reinava naquele lar. Tinha de tirar Poncho de sua lista de suspeitos, afinal.


— Ei, acho que vou pegar meu presente!


— Vá, Yalles, e ligue a cafeteira, sim, querido? — pediu-lhe a mãe. Café. Dul detestava café. Mas esse sacrifício, para terminar o óti­mo jantar, embora supremo, seria suportável.


Ei! — Yalles exclamou, abrindo a caixa que continha o boneco dourado.


Você não tem vários desses robôs? — Poncho indagou, desatento.


— Pai, este é C3PO! E é a versão 1978, genuína! Nossa! Olhe as pernas! E a cintura! É um original, com certeza! Pode-se saber olhando os pés. Vejam! As marcas são diferentes. Mas alguns colecionadores querem tanto um destes que são enganados com facilidade. Há réplicas muito bem-feitas por aí.


Dulce ouviu bem as últimas palavras do garoto. E algo lhe ocorreu. Algo que poderia explicar por que alguém com um empre­go tão bom quanto o de Pablo Lyle se arriscaria a ir para a cadeia, ou pior.


Any convidou-os a tomar o café na sala. Pouco depois, com a mesa já arrumada, Olívia foi buscar outras de suas bonecas para mostrar a Dul. E ali, vendo-a admirar as japonesinhas, Christopher teve curiosidade de saber se ela teria tido uma infância feliz. Notara como Dul obser­vara as fotos da família Poncho, no escritório. Quase com inveja. Também Chris tivera uma infância pouco alegre, e talvez por isso gostasse de colecionar coisas que tinham pertencido a outros.


Mais tarde, Christopher e Dul despediram-se de seus anfitriões e re­tornaram à mansão. No caminho, Dulce mostrava-se pensativa, olhando para fora. Dessa vez, era Chris quem dirigia. De repente, como se estivesse analisando a situação até aquele momento, ela disse:


Chris, alguém como Pablo Lyle arriscaria sua liberdade, re­putação e carreira para vender uma peça de um milhão e meio de dólares?


Ao que parece, foi o que ele fez, não?


Não estou tão certa.


Ele quase cantou os pneus, ao parar no farol vermelho.


O quê? Não acha mais que ele tenha colocado as granadas?


Não... acho que colocou, sim. Mas Pablo quer aparecer. Gosta do prestígio de seu emprego. Não se arriscaria tanto apenas por uma peça. E não se mata gente por um objeto. Ele tinha uma pedra falsa para colocar no lugar da verdadeira, certo?


Christopher teve de estacionar para poder discutir o tema:


Acredita que já tenha feito isso antes? Sem que eu soubesse?


Pablo trabalha em alguma de suas outras propriedades ou ape­nas na mansão?


Christopher cerrou os dentes.


Ele faz algumas compras, mas vive aqui.


E quantos meses por ano você passa na mansão?


Um ou dois, no verão, algumas semanas no resto do ano. En­tendo o que quer dizer. Talvez Pablo tenha ficado um tanto ambicioso demais, e tentou me enganar com a pedra falsa. Mas... está dizendo que ele fez isso várias vezes?


— É mera especulação. Mas faz sentido, não? Quero dar uma olha­da em suas outras peças de arte.


— Mas que droga!


Você me pediu para contar-lhe o que estou pensando. Porém, se vai ficar assim irritado, é melhor eu guardar para mim e...


Não. Estou irritado comigo mesmo por nunca ter imaginado algo assim.


Posso ter me enganado. Christopher meneou a cabeça.


Seja como for, trataremos disso apenas amanhã pela manhã.


Por quê?


Ele a olhou e sorriu; daquele modo que Dul começava a conhecer e que deixava todos os seus nervos em alerta. Chris a desejava, e muito.


— O banco detrás de um Bentley é muito desconfortável para você? — Dulce sugeriu, com uma expressão sedutora, carregada de ma­lícia e paixão.


— Não. — Chris a puxou consigo para o banco detrás, beijando-a freneticamente.


Mais uma vez se envolveram numa onda devastadora de volúpia, que os consumia até a exaustão.



Compartilhe este capítulo:

Autor(a): dullinylarebeldevondy

Este autor(a) escreve mais 22 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
Prévia do próximo capítulo

Capítulo XI   Os policiais na entrada da mansão fitaram, sonolentos, o Bentley que passou por eles. Nem havia mais necessidade de estarem ali, na realidade, mas Colucci insistira em mantê-los mais um pouco. Dulce entrou e subiu a escadaria com extremo cuidado, pro­curando por qualquer sinal de fios ou arames. Mas, com Lyle preso e Guillermo mo ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 50



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • natyvondy Postado em 25/10/2009 - 13:00:07

    amei!!!

  • natyvondy Postado em 25/10/2009 - 13:00:06

    amei!!!

  • natyvondy Postado em 25/10/2009 - 12:59:38

    amei!!!

  • natyvondy Postado em 25/10/2009 - 12:59:37

    amei!!!

  • natyvondy Postado em 25/10/2009 - 12:59:36

    amei!!!

  • natyvondy Postado em 25/10/2009 - 12:59:34

    amei!!!

  • natyvondy Postado em 25/10/2009 - 12:59:31

    amei!!!

  • natyvondy Postado em 25/10/2009 - 12:59:30

    amei!!!

  • natyvondy Postado em 25/10/2009 - 12:58:56

    amei!!!

  • natyvondy Postado em 25/10/2009 - 12:58:55

    amei!!!


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.


- Links Patrocinados -

Nossas redes sociais