Fanfics Brasil - • ๋○ ๋•Flertando com o Perigo• ๋○ ๋• [FINALIZADA]

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Capítulo: 9? Capítulo

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Capítulo VII


 


Não foi necessária uma resposta. Da forma como Dulce deci­diu beijá-lo, Christopher teve certeza de sua decisão. E, tinha de dizer, quando ela decidia algo, colocava sua alma nisso!


Os beijos se tornaram cada vez mais intensos, mais íntimos, e foi quase sem enxergar mais nada que os dois entraram em casa e fecha­ram a porta atrás de si. Estavam presos num abraço alucinado e em beijos delirantes.


Afoito, Christopher afastou-se e, agarrando-lhe a mão, levou-a consigo escadaria acima. Não queria dar-lhe tempo para raciocinar, para, quem sabe, voltar atrás na decisão que tomara de não lutar mais contra o desejo que os dominava.


Dulce, mesmo sucumbindo à paixão, sabia estar fazendo tudo errado. Clientes ou vítimas, não podia confiarem ninguém. Mas, des­de a noite da explosão, parecia ter caído em um redemoinho que a atirava de lá para cá, ao sabor da sorte.


Em dado momento, por entre os beijos, percebeu uma sombra apa­recendo no fim do corredor.


— Chris, pare. — Dul o empurrou de leve. Ele deu um passo atrás ao ver o guarda em sua ronda noturna. Mesmo tendo visto o que seu patrão fazia ali, no topo das escadas, o homem apenas assentiu, num cumprimento, e prosseguiu seu caminho lento e calculado.


Assim, Christopher levou Dul consigo para dentro de seus domínios: uma gigantesca suíte, na qual, assim que pisaram, voltaram a beijar-se com loucura.


Sem saber como, estavam no chão, envoltos num frenesi de roupas e gemidos, de beijos e carícias, que os levou, ali mesmo, sobre o carpete macio da sala de estar privativa, a um abandono delicioso.


Pouco depois, já saciados, mas ainda colados um ao outro, Christopher sorriu e convidou:


— Meu quarto fica logo atrás daquela porta. Vamos para a cama agora?


Era um convite maroto e sedutor, que Dulce aceitou sem pestanejar.


Christopher a carregou até o leito, onde, sabia, repetiriam à exaustão os momentos de volúpia e deleite que tinham acabado de vivenciar.


 


Christopher abriu os olhos quase com cuidado. Uma semana atrás, jamais sonharia compartilhar sua cama com alguém como Dulce Saviñon. Viu-a acordar e sorriu. Tudo nela lhe agradava; absolutamen­te tudo.


Bom dia — ela o cumprimentou.


Bom dia.


Nossa... E eu que achava que vocês, ingleses, fossem frios e sem graça.


Vou lhe mostrar quem é frio e sem graça.


Mais uma vez, Christopher a abraçou, excitadíssimo, e de novo a en­controu-a receptiva, aberta a seus carinhos.


Só depois de muito tempo Christopher deu-se conta de que perdera mais uma reunião sobre a venda da WNBT. Mas não se importou. Estava faminto, e sabia que Dulce devia estar também. Desse modo, decidiram ir até a garagem para buscar a mochila que ficara no porta-malas da Mercedes, para que ela pudesse apanhar suas roupas limpas. Foram juntos, embora Dulce permanecesse a certa distân­cia, como se essa necessidade de liberdade de movimentos fizesse parte dela própria.


Chris, isto não é uma garagem! É uma concessionária! E de diferentes marcas! — Diante da imensa variedade de veículos elegan­tes e possantes, Dulce se deteve.


Gosto de carros. Na verdade, são uma grande paixão. Como você.


Ela o olhou de soslaio e encaminhou-as até a Mercedes. Christopher abriu-a e, cavalheiro, pegou a mochila. No entanto, sentiu um volume diferente dentro dela e olhou seu interior. Fechou-a rápido, tenso.


— O que houve? — Dul alarmou-se.


O detetive Colucci passou pelas portas duplas da garagem, dirigin­do-se a Christopher para saudá-lo. Com uma imprecação, Christopher tornou a guardar a pedra troiana na mochila de Dulce. Ela estava parada, pálida, a seu lado.


— Achei que fôssemos nos encontrar no escritório de Poncho, mais tarde.


Sim, sr. Uckermann, mas achei que seria mais confortável aqui. — Colucci notava os roupões que ambos usavam e seus cabelos despenteados.


Na verdade, creio que seria ainda mais confortável se estivés­semos na cozinha — Christopher sugeriu. — Podemos todos tomar um bom café lá.


Ótimo!


Se puder nos dar alguns minutos para nos vestirmos...


Vou levar minhas coisas lá para cima — Dulce murmurou, sem encarar o policial.


Claro. A propósito, li nos jornais desta manhã que estão namo­rando. Se não se importarem com a pergunta... De onde trará seus pertences, srta. Saviñon? Fiz uma busca sobre a senhorita e não en­contrei endereço fixo, muito menos uma carteira de habilitação.


Christopher decidira, no momento em que tocara a pedra, que prote­geria Dulce a todo custo, mas não sabia ainda se isso lhe acarretaria problemas maiores com a lei. Afinal, passara a esconder evidências.


Estive hospedada em casa de amigos. — Dul tentou sorrir. — Sabe por causa da reputação de meu pai, costumo evitar que a polícia me interpele.


Entendo. Devia escrever um livro sobre Don, sabia?


Para quê? Quem acreditaria? E depois, ele me fez sempre seguir os passos da lei.


Deixaram o detetive na cozinha e, assim que se viram a sós, Christopher segurou os ombros dela.


Mas o que aquilo estava...


Aqui, não. É preciso ter cuidado.


Em meu quarto, então. Uma vez lá, Christopher a encarou.


Por que mentiu para mim?


Não menti!


Eu devia entregá-la a Colucci agora mesmo!


— Não sei o que está havendo. Não fui eu que pus a pedra em minha mochila!


Não sou tolo, Dulce.


É verdade!


Está me dizendo que outro alguém colocou? Mas que jogo é esse agora?


Por que não pergunta a Poncho? Duvido que haja uma pessoa com mais acesso a esta propriedade do que ele!


Não mude de assunto!


Chris, não fui eu. Juro.


Ele meneou a cabeça, descrente.


— Entrou aqui para pegar a pedra, Dul.


— Sim e nunca menti sobre isso. Não sei o que há e também não gosto de ser feita de boba.


Muito bem. Se é assim, como a pedra foi parar em sua mochila? Ela ia negar outra vez, mas parou e pediu:


Deixe-me vê-la.


— Não. Vista-se enquanto ligo para Poncho. Não quero que Colucci saiba o que está acontecendo.


Mas Dul não lhe obedeceu. Pensava e colocava suas idéias em voz alta:


— Revertte morreu enquanto Guillermo roubava a pedra. Em seguida, Guillermo foi assassinado, imagino que nas mãos de quem o contratou. Não faz sentido que a pedra esteja em minha mochila! Alguém a queria muito, a ponto de matar para tê-la!


Christopher baixou os olhos para a pedra, que segurava agora.


Não, nada está fazendo sentido — concordou, num sussurro.


Mas alguém deixou de levar um milhão de dólares só para me envolver numa trama de assassinato. Deixe-me ver isso, Chris.


Ele relutou, mas acabou estendendo a pedra troiana na direção dela. Dulce sentiu a garganta se apertar. Uma lágrima apareceu em seu olho esquerdo, mas fez questão de secá-la. Não chorava. Nunca.


— Obrigada por me dar mais uma chance. — E, acariciando a pedra, acrescentou: — É tão linda!


Havia tamanha reverência na atitude dela que Christopher teve certeza de que Dul jamais a tocara antes. Mas sentira-se tão desapontado quando achara aquele objeto, na garagem! Quase tanto quanto ao surpreender Gastão e Belinda em sua cama.


O que tem em mente? — perguntou, afastando as lembranças dolorosas.


Alguém teve muito trabalho para me fazer parecer culpada. Ninguém sabia onde meu carro estava... Nem mesmo Christian ou o moço inteligente.


Não poderiam tê-la colocado na mochila antes de você a pôr em seu carro?


— Não. Ela estava embaixo de minha cama. Depois que saí da casa de Christian, fiquei na minha por dois dias, até que a polícia apareceu. Chris, por que abriu a mochila na garagem?


Vai me acusar agora?


Não... Mas o que o fez abri-la?


Ela estava embrulhada num pano, quase caindo, e eu ia empur­rá-la para dentro. Você não a teria jogado ali. Acho que a teria segu­rado com o mesmo cuidado com que o faz agora.


Bem, alguém quer que você acredite que eu a roubei; e me mantiveram longe dela antes.


Isso significa que você, de fato, era o alvo, e não eu. Nem meu pessoal.


Dul respirou fundo e ergueu as sobrancelhas.


Alguém não gosta mesmo de mim...


Ou a quer fora do caminho. Mas por quê? Por que contratá-la, tentar matá-la e plantar evidências contra você quando a tentativa de morte falhou?


E por que desistiram da pedra?


Se a polícia a achasse em seu poder, deixariam de olhar em outra direção...


É. Mas algo não bate, ainda. Continuo sendo suspeita, esteja ou não com a pedra.


— Bem, vamos descer, ou Colucci poderá começar a ter idéias. Dul tornou a embrulhar a pedra e deixou-a sobre uma mesa pró­xima.


Tem informações sobre essa peça, Christopher?


Tenho fotos e uma descrição feita pela companhia de seguros em meu escritório. Por quê?


Posso vê-las enquanto você se veste?


A porta está trancada.


Isso não é problema para mim, você sabe... — Ela sorria. E, com um beijo rápido, deixou o quarto.


Dul não mencionara sua nova teoria a Christopher, nem o faria até estar absolutamente certa de tudo. Mas era fato que a pessoa que colocara a pedra em sua mochila tinha acesso fácil à mansão.


Abriu a porta do escritório usando um clipe. As informações sobre a pedra troiana se achavam numa pasta marcada com uma seqüência numérica que ela imaginou ser parte do inventário das peças danifi­cadas pela explosão.


Deixou a pasta sobre a escrivaninha e vasculhou em sua mochila em busca de roupas limpas. Em seguida, voltou para a suíte de Chris e tomou um banho. Não parava de pensar um minuto sequer. E, imersa em suas idéias, levou um susto quando Christopher voltou.


— O que foi? Que sorriso é esse? — ele perguntou, assim que a viu sentada numa cadeira da varanda, secando os cabelos ao sol.


Quer me matar do coração?


Desculpe-me.


E Colucci?


Acabo de acompanhá-lo até o carro.


O que ele queria?


— Mostrar-me algumas fotos de Ochoa, para saber se eu o reco­nhecia.


— Então, Guillermo é um suspeito oficial agora.


— Sim. Veio para Miami três dias antes do roubo, e acharam fio de cobre no quarto que ocupava num hotel, do mesmo tipo usado na detonação da bomba.


Dulce meneou a cabeça. Ainda não acreditava que Guillermo tivesse tentado matá-la.


— Ainda não me disse por que estava sorrindo.


— É tão engraçado... Eu queria roubar a pedra, e agora estou aqui, tentando protegê-la.


Teve mais alguma idéia?


Algumas teorias. Christopher sentou-se a seu lado.


Quais?


Bem, além de quererem colocar a culpa em mim, o único mo­mento em que poderiam ter tido algum contato com minha mochila foi no espaço de tempo entre deixarmos seu carro diante da porta e abrirmos o porta-malas esta manhã.


Sendo assim, alguém entrou na mansão outra vez. Veremos as filmagens desta noite.


Talvez a pessoa nem tenha entrado aqui...


Como assim?


Olhe, não foi Guillermo quem voltou e colocou a pedra em minhas coisas, certo?


Acha que foi alguém de minha casa?! Mas você nem os conhecia há dois dias! Por que iriam querer fazer algo contra você?


Não sei. Mas desconfio de que o culpado pode trabalhar aqui, na mansão.


Christopher assentiu. Foi até a varanda, e de lá respondeu:


A pedra nunca saiu daqui, não é? Mas que droga!


Que tal examinarmos com mais atenção a pedra e o arquivo sobre ela? Talvez haja algo que ainda não conseguimos ver...


Ele voltou, enquanto Dul pegava a pasta e a abria.


Você ia vendê-la para o Museu Britânico ou doá-la? — Dulce espalhou as fotos pelo sofá, estudando a ranhura na pedra que fora provocada quando de sua extração do solo.


Seria uma doação. Por quê? Faz diferença?


Talvez. De acordo com a descrição, a pedra é o objeto que acabou esclarecendo os historiadores sobre a exata localização de Tróia. Por isso cavaram em Hisarlik em 1868. pena eu não ter sabido disso antes. Tive pouco tempo para pesquisar antes de invadir sua casa. — Dulce analisava uma foto e, de repente, pegou a pedra, comparando-a à da gravura. — Meu Deus!


O que foi? — Christopher inclinou-se.


Veja! Estes sinais que quase não aparecem no retrato estão bem claros na pedra! Esta pedra é falsa!


Christopher tomou o objeto nas mãos e passou a olhá-lo. Sim, Dulce estava certa.


Eu ficaria mais surpresa se colocassem a original em minha mochila. Mas a questão é: essa é uma falsificação boa o suficiente para ser doada ao Museu Britânico?


Imagino que sim, se demorassem a identificar a fraude.


É possível que alguém quisesse que você doasse uma falsifi­cação.


Muito bem, mas por que a bomba?


E por que fazer uma falsificação tão boa se vai explodi-la?


A companhia de seguros pagaria a mesma quantia se a pedra fosse roubada, perdida ou destruída.


Christopher levantou-se de um salto e, indo até o telefone, digitou um número.


— Any? Olá, é Chris. Seu marido está por aí? Dul fitou o teto. Poncho de novo...


Assim que o advogado atendeu, Christopher indagou:


— Poncho, quem faz minha folha de pagamento? Não, não, a da mansão. Quero saber quem esteve aqui nas últimas três semanas.


Dulce tornava a guardar as fotos.


Verifique também serviços externos que tenham sempre o mes­mo profissional vindo aqui — sugeriu.


Certo. Não, Poncho, não me traga pessoalmente. Mas quero isso hoje. E também uma lista dos que fazem serviços freqüentes aqui, mas são de empresas contratadas. Não. Não é de sua conta! É, algo novo apareceu, sim. Venha até aqui amanhã às dez, com um promotor. Macon, talvez. Alguém que encare o relacionamento advogado-cliente com seriedade.


Desligou e voltou para o sofá. E, antes que Dulce pudesse dizer algo, explicou:


Não discuta. Quero estar preparado para tudo. Se Colucci, ou quem quer que seja, colocar as mãos na pedra, você estará encrencada. Seja ou não falsa, não quero que seja pega com ela.


Quer que eu a esconda?


Cuidarei disso.


Dul assentiu. Começava a sentir-se segura com Christopher, e isso a assustava, porque sempre fizera tudo sozinha, sem necessitar de nin­guém. Precisar dele agora era novo e assustador. Sobretudo se a si­tuação piorasse, se alguém cismasse de colocar a arma que matara Guillermo em sua mochila, por exemplo.


Muito bem, daremos uma olhada nas fitas desta noite. — Christopher já pegara a pedra. — Onde poderíamos esconder isto? Em­baixo da cama?


Não. Em minha mochila. E a deixaremos em seu quarto até acharmos um lugar melhor.



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Autor(a): dullinylarebeldevondy

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Capítulo VIII   Tómas fora transferido para o turno do dia depois do roubo e estava sentado diante dos monitores, na sala de vigilância, quando Christopher e Dulce entraram. Christopher pediu os teipes da véspera, na garagem, a partir das nove horas. E Dulce acrescentou que queria também o que fora fumado na entrada principal. &mdas ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 50



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  • natyvondy Postado em 25/10/2009 - 13:00:07

    amei!!!

  • natyvondy Postado em 25/10/2009 - 13:00:06

    amei!!!

  • natyvondy Postado em 25/10/2009 - 12:59:38

    amei!!!

  • natyvondy Postado em 25/10/2009 - 12:59:37

    amei!!!

  • natyvondy Postado em 25/10/2009 - 12:59:36

    amei!!!

  • natyvondy Postado em 25/10/2009 - 12:59:34

    amei!!!

  • natyvondy Postado em 25/10/2009 - 12:59:31

    amei!!!

  • natyvondy Postado em 25/10/2009 - 12:59:30

    amei!!!

  • natyvondy Postado em 25/10/2009 - 12:58:56

    amei!!!

  • natyvondy Postado em 25/10/2009 - 12:58:55

    amei!!!


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