Anahí tinha acabado de pegar no sono quando escutou batidas na porta. Levantou-se irritada, o quarto a sua volta permanecia escuro, olhou para o relógio no canto da cama marcando quase quatro horas da manhã. Quem poderia ser uma hora dessas? E batendo na porta com tanto desespero? Detestava acordar dessa maneira, em meio ao barulho, forçada. Com certeza seu humor não seria diferente agora e seria capaz de esganar a pessoa do outro lado da porta por se atrever a incomodá-la em um horário tão impróprio. Ainda mais por não ter conseguido dormir direito pelo ocorrido algumas horas antes.
Estava tão atordoada de sono que nem se importou em colocar uma roupa mais decente, caminhou até a porta vestindo apenas uma camisola curta branca, pelo menos não atenderia de calcinha e sutiã. Abriu a porta pronta para matar o ser irritante e simplesmente sua garganta secou.
Alfonso se encontrava encostado no batente da porta, seus olhos a encaravam com uma intensidade devastadora e viu o exato momento quando passearam por seu corpo, parecia um falcão observando atentamente a sua presa. Um arrepio percorreu sua espinha e automaticamente se sentiu quente diante daquele olhar. Estava morrendo de saudades dele.
Assim que os olhos dele voltaram a fitar os dela, sem dizer uma palavra sequer, ele avançou sobre ela. Foi tão rápido, escutou-se o barulho da porta batendo ao ser fechada com violência, e quando se deu conta estava prensada contra ela. Com uma mão Alfonso agarrou sua nuca mantendo-a imóvel e com a outra, prendeu seus braços bem acima de sua cabeça.
Sua boca desceu de encontro à de Anahí e a consumiu com desespero, foi impossível não gemer diante de tal ato. Sua mão deixou a nuca dela e trilho um caminho até sua perna direita, levantando-a e prendendo em sua cintura. Logo sentiu seus dedos brincando com a parte interna de sua coxa, subindo em direção ao seu centro, que nesse momento estava em chamas.
Um simples toque daquele homem que tanto amava, fazia com que seu corpo se acendesse instantaneamente. Quando os dedos fizeram contato com sua intimidade, mesmo por cima do tecido da calcinha, ela se perdeu. Se perdeu em seu beijo delicioso, sua língua invadindo a boca dela da mesma forma que seu dedo invadia seu sexo e a partir daí tudo saiu fora do controle.
As mãos dela foram soltas e rapidamente Alfonso a levantou. Enlaçou as pernas em sua cintura enquanto sua boca devorava o pescoço dela, descendo de encontro aos seus seios. Mesmo por cima do tecido fino da camisola pôde sentir o calor de seus lábios, mandando um raio diretamente para o centro de suas pernas. Sua ereção roçando contra aquele ponto sensível a estava matando.
Alfonso expôs os seios dela e se deliciou neles, seus gemidos ficaram cada vez mais altos conforme a assaltava com a língua. Sem perder tempo, abriu o cinto e o zíper da calça e puxando a pequena calcinha para o lado, a invadiu de uma só vez. Sentiu o membro grande e grosso a preencher por completo. A sensação era única. Estava morrendo de saudade do corpo dele colado ao seu novamente.
Se movimentava cada vez mais fundo, mais bruto e forte. Seus dedos brincavam e beliscavam seus mamilos enrijecidos. Ela mordia seu ombro em desespero, sentindo o o/rgasmo se construindo. A mão dele que a sustentava apertava sua pele e, com certeza, deixaria marcas no dia seguinte. Mas quem disse que ela se importava? Ela só queria curtir o momento e ter aquilo que tanto precisava e ansiava.
O suor cobria ambos os corpos, a ânsia em chegar ao ápice os dominava de forma voraz. Alfonso era gostoso, intenso, e sabia perfeitamente como enlouquecê-la. Ela arranhava suas costas, enlouquecida, pois sentia o o/rgasmo cada vez mais próximo. Ela queria tanto, e Poncho sabendo que ela estava quase lá, se tornou mais faminto. Quando estava prestes a gozar, ouviu o toque de seu celular no fundo, parecia tão distante, tentou ignorar. Porém foi impossível, pois o som ficava mais alto conforme o tempo passava.
Fechou os olhos com força, achando que fazendo isso, o som desapareceria. Puro engano, porque quando os abriu novamente, pôde constatar que se encontrava toda suada, ofegante e o pior: sozinha sobre sua cama.
— M/ERDA! − gritou frustrada.
Pegou o celular na cabeceira da cama - que continuava a tocar - e na tela viu o nome de sua amiga. Maite.
— Booom dia, flor do dia! − Mai falou toda animada. Anahí olhou para o relógio e não era nem nove horas da manhã.
— Aconteceu alguma coisa? O hotel está pegando fogo? Porque eu juro que se você estivesse aqui agora, eu te mataria!
— Credo, está tudo bem comigo e com você? − foi irônica. − O que eu fiz? Atrapalhei alguma coisa?
— Claro né! Me tirou do melhor sonho molhado da minha vida! − falou alto e com raiva, justo quando estava quase lá, Maite tinha que ligar?
Fez um resumo do que aconteceu na noite anterior e de seu sonho erótico e Mai ficou desapontada ao saber que ela não tinha se acertado com Alfonso.
— Você vai ver, Any. Tudo isso vai se resolver. − falou sincera.
— Espero que sim. − suspirou. − Mas por que me ligou tão cedo?
— Como por quê? Hoje é o casamento, mulher! Temos que ir ao salão, afinal seremos as madrinhas e depois da noiva, nós somos as mais importantes. Então levanta essa b/unda preguiçosa da cama e vem que eu e as meninas estamos te esperando no hall. − desligou sem antes dar tempo para Anahí responder.
É, aquele dia seria longo.