A cerimônia foi rápida, porém as mulheres ali presentes não paravam de chorar. Principalmente Shailene.
No altar, Alfonso e Anahí que estavam ao lado dos noivos, a todo momento trocavam olhares, como se a mesma coisa passasse pela cabeça deles: Um dia querem estar no mesmo lugar em que Dulce e Christopher estão. Juntos.
Depois de ontem não se falaram mais, só um simples "bom dia" na hora do café da manhã e depois não se deram a palavra.
Na festa, Emma tentava ficar com Alfonso à todo custo, o que o estava deixando irritado. Ele não queria ficar com ela. A achava muito bonita e atraente, mas não estava pronta para engatar em nenhum relacionamento, não agora.
Michael que estava conversando com Maite e Christian percebeu o desconforto de Alfonso e foi ao encontro do mesmo.
— Emma, vamos dançar? − a chamou.
— Estou tentando convencer o Poncho à ir comigo. − respondeu com a voz manhosa.
— Agora não, Emma. Vai com o Michael. − falou cansado.
— É, vem comigo. − Michael a puxou delicadamente pelo braço e Alfonso balbuciou um "obrigado" para ele.
Passou a mão pelo rosto e foi pegar uma bebida. Quando estava indo, viu Anahí sentada em uma cadeira perto da piscina brincando com uma criança. Ficou observando a sua loira de longe. Tão linda, tão delicada e angelical... Se aproximou mais e ouviu a gargalhada dela ao ouvir o que a pequena menininha falou em seu ouvido. Um sorriso bobo brotou em seus lábios e por um momento imaginou Anahí como mãe.
— Vai lá. − uma voz murmurou por trás.
— Ah, oi Ucker. − sorriu de canto.
— Any seria uma ótima mãe, não?
— É... seria.
— Vou te dar um conselho, Alfonso. Não perde o amor da tua vida por causa de uma família hipócrita. Os pais dela não apoiam e jamais apoiarão o namoro de vocês, mas o amor sempre vem primeiro. E daí que ela vai viver em guerra com os pais? E daí que vocês não terão paz? Isso tudo não importa se o amor de vocês for maior que todas as injustiças. − Alfonso o olhou e viu sinceridade em seus olhos. − Ela é sua prima, não sua irmã. − deu leves tapas nas costas dele e se afastou.
Poncho ficou um tempo ali processando tudo o que Ucker disse e percebeu que ele tinha razão. Iria resolver tudo isso.
Se aproximou de Anahí que ainda brincava com a criança.
— Olá. − sorriu se sentando ao lado da loira que o olhou.
Tão perto e ao mesmo tempo tão longe...
— Oi. − falou a pequena garotinha que tinha olhos verdes e cabelos castanho claro. − Meu nome é Larissa, e o seu?
— O meu é Alfonso.
— Al...fon ...fon − fez careta. − Nome difícil, tio.
Alfonso e Anahí riram.
— Não é difícil, não. Repete comigo: Al...
— ...Al...
— ...fon...
— ...fon..
— ...so...
— ...so...
— Alfonso.
— Alfon... so
— Viu, não é tão difícil assim. Você conseguiu. − sorriu.
— Eba! Viu, tia Any? Sou esperta. − fez pose.
— Muito bem, linda. − sorriu.
— Você é namorada do tio Alfonso? − olhou para os dois que se entreolharam.
— Não meu anjo. Eu sou a prima do tio Alfonso.
— Ah... A tia Dul tá com um bebê na barriga. − disse pensativa. − Como ele foi parar lá? Ela comeu ele? − arregalou os olhos.
Alfonso cuspiu a água que estava tomando e Anahí começou a tossir.
— Eles comeram... literalmente. Mas comeram outra coisa. − sussurrou Alfonso que levou um tapa no braço. − Ai, Any. − fez bico passando a mão pelo local.
— Cala a boca. − murmurou e se virou para a criança que os olhava confusa. − O tio Chris deu uma sementinha pra tia Dul comer.
— Ah, e por onde ele sai?
— Pela barriga.
— Ou não... − murmurou Alfonso reprimindo um riso ao ver a cara de espanto de Anahí. − Foi mal, não pude evitar.
— Idiota. − revirou os olhos. − Você vai falar essas coisas pro nos... seu filho, Herrera? − corou ao se dar conta do que ia falar.
Alfonso sorriu.
A mãe de Larissa apareceu para buscá-la e se despediram.
— Pro nosso filho? − enfatizou e ela o olhou. − Se for menina, não. Mas se for um garanhão igual ao pai aqui, vou ensinar as coisas boas da vida. − sorriu safado.
— Você não presta. − riu.
— Olha que eu presto pra muitas coisas, hein... − piscou.
Any revirou os olhos.
— A festa mal começou e você já está bêbado? − brincou.
Poncho deu a língua.
— Quem dá a língua quer beijo. − falou ela sem perceber, mas ao se dar conta, corou.
— Talvez eu queira mesmo. − sussurrou olhando para os lábios dela que fez o mesmo.
Eles se aproximaram até que as respirações se misturaram. Poncho roçou seu nariz no dela que fechou os olhos sentindo a sensação. Uma mão foi para a nuca dela e a outra para a cintura. Any mordeu o lábio inferior dele.
— Você sumiu, Poncho. − uma voz irritante os tirou daquele momento.
Alfonso se afastou fechando os olhos com força para tentar manter a calma. Murmurou um "garota insuportável" que Anahí conseguiu ouvir e não pôde evitar sorrir com o comentário. Isso significava que ele não estava afim da outra.
— Você não estava dançando com o Michael? − perguntou seco.
— Estava, mas é você que eu quero, não ele. − fez bico.
Anahí revirou os olhos.
Poncho se virou para Any e murmurou para que só ela ouvisse:
— Onde eu estava com a cabeça quando resolvi trazer essa chata? − fez careta e ela riu.
— Se vira. − se levantou. − Vou lá com o Michael. − piscou.
Alfonso sorriu e não sentiu ciúmes, sabia que Michael era apenas amigo.
— Vem Ponchooooo. − chamou Emma.
Ele se levantou e gritou para Anahí que estava se afastando:
— Trégua?
Ela sorriu por cima do ombro.
— Trégua.
Capítuloss GRANDÕES né, não acham que eu mereço comentários?