Creo en Ti - Reik [ http://www.youtube.com/watch?v=kmYxSbnph4c ] - se acabar, coloquem pra repetir até acabar a cena, ok?
"Não importa cada noite que esperei, cada rua ou labirinto que cruzei, porque o céu tem conspirado a meu favor, e a um segundo de render-me te encontrei."
No dia seguinte Anahí acordou e estava sozinha na cama. Olhou o celular e eram seis da manhã. Um desespero tomou conta de si. Será que ele havia ido embora? O que ele disse na noite anterior era mentira? Ele não a amava? Olhou ao redor e as roupas dele não estavam mais no chão. Mil coisas passaram por sua cabeça, mas ouviu um barulho na porta e logo em seguida viu Alfonso sair do banheiro já vestido. Quando a viu um sorriso escapou de seus lábios.
"Pele com pele, meu coração se desarma. Você me faz bem, acendes luzes na minha alma."
— Bom dia.
— Bom dia? Poncho, não são nem seis e meia. Caiu da cama?
Ele riu.
— Não consegui dormir. − caminhou e sentou ao lado dela na cama.
— Por que? Tá tudo bem? − perguntou preocupada.
— Não sei. − suspirou e desviou o olhar para o chão.
— Poncho? − chamou e ele a olhou. − O que você disse ontem é sério?
"Creio em você e neste amor que me fez indestrutível, que deteve minha queda livre. Creio em você e minha dor ficou kilometros atras, e hoje os meus fantasmas estão finalmente em paz."
— É. − assentiu. − Eu te amo. − a olhou nos olhos e logo baixou a cabeça. − Se lembra quando eu disse que já tive um amor não correspondido? − voltou a olhá-la.
— Lembro.
— Eu estava falando de você. Eu sempre fui apaixonado por você, Any. Crescemos juntos e o certo seria sermos melhores amigos, quase irmãos, mas não sei como aconteceu. Eu já te amava e depois do nosso primeiro beijo tive a certeza. Deixei isso pra lá, achei que estava confundindo as coisas... Depois que você ficou `presa` na sua casa, senti muito a sua falta. Achei que a qualquer momento você sairia por aquela porta com esse seu sorriso que me deixa louco, com seu charme e sua alegria que contagia qualquer um. Eu e a Sher sempre viajamos, mas todos os meses voltávamos para o México para ela poder te ver e eu ficava esperando no carro. − passou a mão pelo rosto. − Um ano depois eu conheci a Marian e começamos a namorar, ficamos juntos por cinco meses e ela me acompanhava nas viagens. Ela me amava, mas eu não sentia nada por ela além de carinho. − hesitou por um tempo antes de continuar. − Eu... bom... teve algumas vezes que eu e ela estávamos... bem, você sabe, e eu chamei seu nome. Anahí, ontem foi nossa primeira vez e eu posso dizer que foi a melhor noite da minha vida. − ela corou. − Me responde: como posso ter chamado seu nome se nunca antes tivemos relações? Achei que fosse saudade e deixei pra lá, mas isso se tornou frequente e ela terminou comigo. Até então nunca mais me envolvi com ninguém até você aparecer de novo e bagunçar minha vida outra vez. Fiquei confuso, os caras tentaram abrir meus olhos, mas eu não quis enxergar... até ontem. Eu não fiz sexo com você, fiz amor.
"O passado é apenas um pesadelo que acabou, um incêndio que em teus braços se apagou. Quando estava a meio passo de cair, meus silêncios se encontraram com a tua voz."
Anahí estava com os olhos embaçados, as lágrimas teimavam em cair. Ela não disse nada, apenas o abraçou com toda a força do mundo. Ainda estava nua, só com um lençol envolta do corpo, mas eles não estavam ligando para isso. Quando estava mais calma se separou e o beijou.
— E você se lembra quando eu disse que era apaixonada por um garoto e que o desejava? − arqueou uma sobrancelha e ele assentiu. − Esse garoto é você. Quando eu tinha treze anos te vi jogar futebol com os meninos do seu bairro, você estava todo suado, sem camisa, com a calça até metade da b/unda com aquela cueca branca aparecendo e... algo em mim acendeu. − sorriu se lembrando. − Eu nem sabia o que era, nunca namorei antes, nunca desejei alguém, mas naquele momento o que eu senti por você foi tão forte... O tempo passou e a cada dia te quis mais e mais e cheguei à conclusão que estava apaixonada, aliás acho que sempre estive, mas por vivermos juntos nunca percebi. Naquele dia se meus pais não tivessem aparecido, eu me entregaria à você. Mas aí fiquei malditos três anos sem te ver, sem te beijar... não conseguia te tirar da cabeça. Nunca consegui. E depois que nos reencontramos isso voltou com muito mais força. Eu sou louca por você.
"Te segui e você reescreveu o meu futuro. Aqui é o meu único lugar seguro."
Alfonso que também já tinha o rosto molhado pelas lágrimas, a beijou. O beijo que começou carinhoso e lento, logo se tornou selvagem e cheio de desejo. Naquela manhã se amaram duas vezes, como se o mundo fosse acabar e eles precisassem disso.
"Creio em você e neste amor que me fez indestrutível, que deteve minha queda livre. Creio em você e minha dor ficou kilometros atras, e hoje os meus fantasmas estão finalmente em paz."