Fanfic: Paixão incontrolável | Tema: LevyRroni

As luzes de emergência se acenderam, mal iluminando o corredor.

WLevy —Maite?

MPerroni —Estou bem. Espero que ninguém tenha ficado preso no elevador.

Os olhos dele se acostumaram à luminosidade fraca, e Wil encostou a orelha na porta do ascensor.

WLevy —Não há barulho. Se houvesse alguém, gritaria por socorro. Devem ter saído antes de faltar energia. Ainda bem que não tínhamos entrado, senão estaríamos presos agora.

MPerroni —Não sei... — Maite brincou. — Poderia ser um daqueles cenários interessantes de novo.

WLevy —Srta. Perroni possui uma imaginação pervertida. — Ele ria.

MPerroni —Detetive Levy, o senhor não faz idéia.

Não, não fazia, mas tinha certeza de que queria descobrir. Maite não acreditava que acabara de dizer tal coisa. Desde que Any a levara para casa, depois da partida de Cassie, estivera pensando e falando como se um espírito tivesse tomado seu corpo. Devia ser influência da lingerie. Any lhe dera de presente um lindo conjunto de sutiã e calcinha azul-escuro, acetinado e pequeno o bastante para parecer sedutor, porém simples e confortável para que Maite se sentisse à vontade. Não costuma usar roupa de baixo, mais por trabalhar em casa e ficar com preguiça do que por sexualidade aguçada. Any insistiu para que vestisse a lingerie por baixo da calça jeans emprestada dela, de tamanho menor do que costumava usar, e sua blusa, desabotoada e amarrada com um nó logo acima da cintura. Apesar dos salgadinhos e sorvetes, o hábito de remoer as dificuldades sobre seus enredos enquanto caminhava fora recompensado com uma forma física boa o suficiente para que fizesse qualquer homem delirar. Mesmo assim, Maite percebeu que a manifestação mais intensa de sua sensualidade não tinha a ver com os trajes, e sim com Wil. Ele era mais alto do que ela uns trinta centímetros. Ficara intimidada quando se conheceram, primeiro por seu tamanho e autoridade natural, e depois pela combinação da masculinidade com a humildade, uma característica raramente encontrada nos policiais que a tinham ajudado nas pesquisas para os livros. Suspeitava que Wil fosse alguém de várias facetas. E queria descobrir todas, uma por uma, a começar pela camisa pólo e o jeans, que lhe caíam tão bem.