Fanfic: Paixão incontrolável | Tema: LevyRroni

Maite desdenhou. Sentia o suor escorrer pelas costas. Aquela conversa insana não os levaria a lugar algum. Sua cabeça latejava com as contrariedades da última hora. Não podia estar apaixonada por aquele debochado.  Não vou me apaixonar, decidiu, combativa! Viu o rosto bonito e, de repente, entendeu que a revolta era inútil. Tudo bem... Pense no assunto. Tenho certeza de que vai achar que é o passo mais lógico a tomar.

MPerroni —Acontece que não sou lógica! Se fosse, jamais se apai­xonaria por um homem tão ereverente!

WLevy —Já tinha reparado — retrucou ele. — Você não deve fugir de um novo casamento. Há um lado bom.

MPerroni —Nesse caso, por que nunca provou de tais delícias? — Cabeça erguida, mãos nos quadris, ela o desafiava.

WLevy —Tive sorte, acho... Ele ergueu o sobrolho, irónico. — O que quer que eu diga, Maite? Claro, tive minhas namoradas... Meus casos... Mas você, querida, levou o prêmio.

MPerroni —O casamento devia ser uma parceria.

WLevy —É? — Ele deu de ombros.

MPerroni —Mas isso não existe. Igualdade, só existe no papel — opinou Maite, convicta. — Um dos cônjuges sempre é o domi­nante e o outro acaba se comprometendo. Deteve-se, atónita com o comentário amargo, que fizera sem pensar... Infelizmente, jamais duvidara da capacidade intelec­tual de William.

WLevy —Você pode me dominar sempre que quiser, Maite. Sou muito flexível nesse ponto. — Ele lhe lançou um olhar signi­ficativo, insinuando-se a nível sexual.

Ela sentiu um aperto no estômago e, mais uma vez, foi tomada por um desejo intenso. Era assustadora a facilidade com que ele a excitava.

MPerroni —Você sempre tem que reduzir tudo ao mínimo denomi­nador comum? — ironizou ela.

WLevy —Só porque você gosta de entregar o controle sexual... Porque você sente prazer em ser dominada na cama... Não a transforma em serviçal em outros aspectos da vida. Isso é lou­cura. Estamos falando de liberdade... Liberdade para expressar sua própria sexualidade.  Maite engasgou.

MPerroni —Como você pode ser tão...Tão... Explícito?

Ora, estavam no meio de um estacionamento, onde qualquer um poderia ouvi-los!

WLevy —Você me vê por aí dizendo que você tem mais poder sobre mim na cama do que qualquer outra mulher no mundo?

MPerroni —Tenho? — Maite estava pasma. Então, disfarçou e res­pondeu à pergunta: — Eu não sou tagarela.

WLevy —Mas ronrona, às vezes — ponderou ele. — Não acho que perdi minha identidade porque acordo à noite desejando-a. — A identidade, não, mas a razão...

MPerroni —Pare de falar assim. censurou ela.

WLevy —Sim, é difícil ficar excitada quando não se tem nenhum controle sobre isso — analisou William.

MPerroni —Eu não estou excitada! — berrou ela.

WLevy —Bom dia, padre! — William acenou alegremente por sobre o ombro dela. Vermelha, Maite voltou-se e não viu ninguém. — Peguei você!

Irritada, Maite quis se vingar.

MPerroni —Acho que não podemos aceitar sua carona. Você não tem um assento para bebês...

WLevy —Na verdade, tenho. — Ele abriu o porta-malas e retirou um assento novinho em folha.

Maite procurou, mas não encontrou nenhum traço de con­vencimento nele. Era incrível, mas William Levy podia ser condescendente na vitória. Gabriel não acordou enquanto seu pai o transferia cuidadosa­mente para o carro. O trajeto até a casa foi feito em silêncio... Fato que William não comentou até saírem do carro.