Fanfic: Paixão incontrolável | Tema: LevyRroni

MPerroni —Conte-me sobre um de seus medos, primeiro, e aí talvez eu lhe confesse os meus.

WLevy —Não me assusto com facilidade.

MPerroni —É claro, eu esqueci. Você é um policial grande e mau, e não tem medo de nada. E eu que pensei que fosse diferente...

WLevy —De quem? De outros homens?

MPerroni —Outros policiais. Conheci muitos de seus colegas durante as pesquisas para meus livros, freqüentando aulas como as suas, ou nas noites de autógrafos nas quais eles se deliciam em me dizer que o submundo não é tão cheio de glamour ou aventura como o apresento em minhas histórias. Que não conheço a vida real, o que está ótimo, já que não escrevo sobre ela. Sempre muito cheios de si, alguns um pouco arrogantes... Aliás, a maioria.

WLevy —Essas características não são tão ruins em um policial, que enfrenta a morte ou ferimentos graves o tempo todo. E, só para constar, a maior parte das policiais femininas é arrogante também.

MPerroni —Sei disso. E nem pense que não o considero um policial arrogante.

WLevy —Você falou que eu era diferente. Ou que pensou que eu era.

MPerroni —Eu achei. E acho. A questão é que não sei dizer qual é a diferença.

Maite observou os ombros e os bíceps dele. Depois de experimentar-lhe o toque, ao descerem as escadas, percebeu que não podia parar. Tocá-lo se tornara algo intrínseco, natural... Inocente, apesar de suspeitar que os conceitos de um William Levy sexy e inocente não podiam existir. Forçada a ficar tão perto dele, sentiu o suave aroma de sua colônia pos barba. Um elixir poderoso. Uma combinação perfeita para um homem.

WLevy —Então você vai ter de me conhecer melhor.

MPerroni —E essa a idéia, Wil.

Ele se mexeu mais uma vez, e resmungou:

WLevy —Droga, está quente aqui...

MPerroni —O fato de você estar molhado e grudento não ajuda. Pode tirar a camisa. Não vou me ofender.

WLevy —A calça também? Perguntou ele provocando.

MPerroni —Bem, se precisar... — Ela estremeceu com a idéia. — Tenho certeza de que não desmaiarei.

Wil se moveu para soltar a camisa do cós da calça.

WLevy —Aposto que diz isso para todos.

MPerroni —Não tenho ninguém, Wil. Faz muito tempo. Seu sussurro pareceu ecoar pelas escadas.

Maite não acreditava que admitira algo tão pessoal, mas Wil merecia saber, sobretudo devido às circunstâncias. Ela podia mudar suas roupas, os cabelos, a maquiagem, mas não deixaria de ser quem era agora ou quem fora nos últimos quatorze anos. Mais cedo ou mais tarde, seus motivos e sua inexperiência iriam transparecer. E se no momento não estava pronta para contar suas razões para ir atrás dele, poderia ao menos preparar o terreno.