Fanfic: Paixão incontrolável | Tema: LevyRroni

Mas essa não era toda a verdade. Ela lutara contra a atração por Wil desde o primeiro momento em que ele entrara na classe, desde a primeira noite que sonhara em tê-lo. Agora tinha a chance de tornar o sonho realidade. Para ela. Para ele. E para o livro. Não importava o que fizesse esses fatos não mudariam.

MPerroni —Cassie partiu esta manhã para encontrar Dulce na Europa. Agora tenho a oportunidade de reavaliar tudo.

WLevy —Está sozinha para fazer isso. — Wil riu, mas não havia humor no som breve e profundo. — Conheço a sensação. Eu admiti para a classe que não estava trabalhando esta semana, mas não lhes contei o porquê. Ele fitou a luz de emergência.

MPerroni —Quer me contar o motivo de sua suspensão?

O fato de ela saber o fez virar-se em sua direção. Seus lábios ficaram apenas a alguns centímetros dos dela, William teve de lidar com sua beleza devastadora.

WLevy —Como sabia, Maite?

MPerroni —Que outra razão você teria para ficar em casa a semana toda, remoendo velhos assuntos insolúveis em vez de investigar? Li no jornal que um policial disfarçado levara suspensão por ter agredido um suspeito de violência doméstica, mas que iriam preservar seu nome durante a investigação. É você, não é? Wil assentiu.

WLevy —Culpado.

MPerroni —Isso deveria me assustar?

WLevy —Não precisa ter medo de mim.  Wil estava determinado a afastar as lembranças amargas e se concentrar na jovem adorável e sedutora diante dele. Mesmo assim, ainda lhe devia a franqueza. — A não ser que pretenda bater em alguém cinqüenta quilos mais leve e grávida.

MPerroni —Grávida?!

WLevy —Ela esperava um bebê, e o perdeu bem ali, na sala. No chão de cerâmica frio, que acabara de esfregar para que ele não se irritasse quando voltasse da bebedeira com os amigos. Teve sorte em sobreviver depois do que aquele canalha a fez passar. Maite pousou os dedos sobre o braço dele, que enrijeceu. Não porque seu toque não trouxesse um calor gostoso, mas por ter externado uma parte de sua ira. Wil fechou os olhos e se concentrou. Quando conseguiu conter a raiva, Maite parara de acariciá-lo, mas não retirara a mão.

MPerroni —Onde estava seu parceiro, Wil?

WLevy —Em lua-de-mel. Cade me faria parar. Acho. Eu tinha um novato me cobrindo, mas ele estava com os paramédicos, e os policiais fardados não tinham chegado.

MPerroni —Se você está suspenso, por que o estão deixando dar o curso de polícia comunitária?

WLevy —Sorte, creio eu. O curso é controlado pela União, não pelo município. Eles não vão me suspender duas vezes.

MPerroni —É mais do que sorte. Se não pudesse ser meu instrutor, não estaríamos aqui. — Os olhos dela brilharam com uma ponta de divertimento. — Se você bateu naquele sujeito é porque tinha um bom motivo.

WLevy —Nenhum deve ser suficiente para eu perder a cabeça. Jurei defender a lei, não fazer justiça com as próprias mãos.