Fanfic: Paixão incontrolável | Tema: LevyRroni

Wil desejou que Maite fosse como se apresentava: uma mulher em busca da descoberta de seu desejo. Porque só uma mulher assim, descomplicada, honesta e curiosa, se encaixaria em sua vida atual. Até que soubesse o que queria além do aqui e agora, até que conhecesse a natureza da raiva dentro de si, não podia prometer nada a ninguém.  Wil a viu engolir em seco. Havia sombras em sua pele, que brilhava com o suor causado pela quentura ambiente. Seu perfume pairava no ar. Ele abriu um botão, e depois outro, com todo o cuidado. Umedeceu os lábios, e ganhou uma visão completa dos seios com os quais sonhara durante semanas.

WLevy —Você foi bandeirante, não foi? — Wil brincou, tentando puxar o nó apertado da blusa dela.

Maite riu e quase perdeu o fôlego com a quebra da tensão. "Mas, pudera, eu gosto mesmo de um bom nó. Gosto de desafios." Em menos de dez segundos, Wil conseguiu desfazer o nó. Respirou fundo e a encarou. Maite acenou com a cabeça em resposta a sua pergunta silenciosa, olhou para o peito dele e passou a língua pelos lábios. Wil deslizou uma das mãos por baixo da blusa, sobre o ombro dela, e afastou a alça do sutiã. Fez o mesmo do outro lado. Como imaginara, ela eram delicados, desde os músculos definidos dos ombros até a curva discreta e atraente dos seios, vestidos com o pequeno sutiã meia-taça escuro. Com um dedo, ele tocou a curva da base de sua garganta e traçou uma linha reta para baixo até o cetim frio. — Agora toque em mim, Maite. Ela o observara o tempo todo, muito concentrado.

MPerroni —Onde?

WLevy —Onde quer me tocar?

MPerroni —Acho que essa eu passo...

Ele riu. Como gostava dela! Era bonita, sexy e tinha um senso de humor travesso. Se não fosse a escuridão dentro dele, os monstros que tão bem guardava e trancava, iria se permitir ter a ilusão de que encontrara a garota perfeita.

WLevy —Querida, se você quer me beijar, não precisa passar de jeito nenhum. Eu quero beijá-la há muito tempo.

Will afastou-se por um instante e ergueu lhe o rosto. Ela abriu os olhos. O verde das íris dele estava límpido, brilhante. A boca não sorria, exibia uma linha sex. Maite queria os lábios dele nos seus. Sem perceber, umedeceu-os com a ponta da língua. Ele seguiu o movimento e cerrou as pálpebras para esconder a chama da paixão. Mas aceitou o oferecimento. Levantou a cabeça e a beijou profundamente. Ele lhe respondeu com um beijo, sem reservas, sem hesitação. Suas respirações se misturaram. Uma paixão louca traiçoeira e perigosa. Pouco a pouco procuraram por ar. Ele deixou cair as mãos aos lados do corpo. Maite não era de mentir, a si mesma ou aos demais. No entanto, enfrentar William com aquela realidade foi uma das coisas mais difíceis que ela já precisou fazer. Will. Então, tocou a linha das faces dela com a ponta do dedo. Mai estremeceu.

WLevy _Você me quer? Não minta pra mim, nem para si mesma. Diga: me quer, Mai?

Will sabia a resposta, mas precisava se certificar de que ela também sabia. Estava estampada nos olhos dela, junto com o pânico. Ele entendia como Maite se sentia a respeito de mudanças e óbvio, a enchia de pavor. Até mesmo Will estava perturbado. Mas Mai não podia fugir disso.

MPerroni _Você sabe que sim Will.

E, sem demora, procurou-lhe a língua num movimento ritmado que ela acompanhou de imediato.