Fanfic: Paixão incontrolável | Tema: LevyRroni

Estar seminua ao lado de um homem que lhe contava suas fantasias incendiou a imaginação de Maite de um modo que nenhum livro ou personagem jamais conseguiram. O gosto de seu beijo se demorava em seus lábios, o café tomado na lanchonete e o frescor da bala de menta que ele pusera na boca após a aula. O calor realçava a umidade sobre os seios. Wil com certeza sabia o que fazer.  Maite fechou os olhos por um breve momento e transformou a escadaria escura e úmida no quarto de um sultão, e os degraus nos quais se recostavam num corredor com enfeites dourados que levava à cama do amante. E Wil, com a pele clara e os olhos ardentes, era o xeque perfeito. Misterioso, sedutor, perigoso. Ela suspirou, e reconheceu que extraíra o cenário do último livro de Any. Como suspeitara, alguns momentos sob o feitiço de Wil aguçaram sua criatividade, focada no erótico, no proibido, no absolutamente essencial. Essa era sua fantasia suprema. Ouvir um homem lhe revelar seus anseios mais secretos e ser o objeto de suas vontades mais ocultas. A essência e a alma de sua feminilidade avolumaram-se com um poder intenso.

WLevy —Acho que você não vai querer ouvir — Wil afirmou, endireitando-se. A posição em que estava punha em evidência suas costas, musculosas, largas e lisas, tão atraentes quanto seu peito, ainda mais quando marcadas por suas unhas.

Maite permaneceu reclinada, determinada a deixar os medos de lado e superar a inexperiência. Apesar de sua nudez estar mais ou menos escondida pela penumbra, os mamilos, ainda eletrizados pelo beijo íntimo dele, brilhavam por causa da saliva, cada vez que ele a olhava. A costura do jeans apertado que corria entre suas pernas parecia acariciá-la, torturando-a.

MPerroni —Quero muito ouvir. — Maite o tocou com um dedo, e desenhou um círculo imaginário no braço forte. — Se me contar suas fantasias, eu lhe contarei as minhas. A proposta o fez sorrir, o que mostrou seus dentes alinhados e brancos. Antes, os lábios quase nunca se separavam, como se tentasse se controlar. Mas o olhar dourado, iluminado pela escassa luminosidade da lâmpada de emergência, revelava um homem intrigado com a idéia de se soltar, se libertar.

WLevy —É um acordo justo, e vou fazê-la cumprir sua parte. Entretanto, minha fantasia não é muito criativa.  Wil respirou fundo. — Nós estamos na classe lá em cima após todos irem embora...

MPerroni —Ah, e cai uma tempestade?

Wil riu pelo entusiasmo de Maite.

WLevy —Na realidade, não fantasiei a tempestade, mas é um detalhe interessante. Não havia uma escadaria suja e escura, e tínhamos ar-condicionado.

MPerroni —Isso não é muito interessante agora, não é?

Se tivesse uma chance, ela não mudaria nada. Sem a chuva e os relâmpagos, eles não estariam encurralados. Sem o calor, não teriam ficado quase nus. Sem a escuridão, ela não teria tido a coragem de ir tão longe e ainda ficar tão próxima e exposta.

WLevy —Ah, acredite, o que fizemos juntos em meus devaneios é fascinante!

Ele baixou o tom de voz, atingindo Maite onde ocultava suas necessidades mais proibidas.