Fanfic: Paixão incontrolável | Tema: LevyRroni

Mai recostou-se na parede e esperou por Wil, sob a luz cor clara do lado de fora do apartamento dele. Relutou em se importar com sua aparência, a cabeleira despenteada e molhada, a blusa toda transparente deixando a mostra seus seios modelados. Não que Wil não achasse essa última parte atraente. Maite esquecera o sutiã nas escadas, e quase pedira para voltar quando viu uma alça de cetim azul saindo do bolso dele. Em minutos, Wil retornou do apartamento da vizinha com um embrulho de papel que exalava um delicioso aroma de alho e queijo.

WLevy —Ainda está quente. Wil apanhou as chaves para abrir a porta. —A sra. Glacci guardou-o no forno para nós. Ela gosta muito de mim.

Ele deu um de seus sorrisos discretos, e Maite se arrepiou.

MPerroni —Há alguma coisa em você de que não se possa gostar?

WLevy —Você não quer saber mesmo, não é, Maite?

MPerroni —Quero saber tudo a seu respeito.

WLevy —Não quero aborrecê-la. Wil fez um gesto, convidando-a a entrar.

Maite riu e balançou a cabeça, enquanto ele acendia a luz.

MPerroni —Não costumo me aborrecer com facilidade.

Como Maite esperava, a casa dele parecia organizada. Havia uma parede repleta de prateleiras de ferro preto ocupadas por livros, CDs e vídeos. Um olhar mais cuidadoso, porém, mostrava que precisavam ser limpos. O carpete estava um pouco gasto, mas alguém passara o aspirador havia pouco, e era possível ver as marcas do aparelho. A decoração era constituída por tons de marrom-terra, preto e vermelho-escuro. Havia almofadas estampadas com motivos de zebra e leopardo, e réplicas de artefatos africanos espalhados pelo ambiente. Aquilo a surpreendeu. Esperava um lugar organizado, mas se preocupar com decoração não parecia ser o estilo de Wil.

MPerroni —É bonito aqui.  Maite olhava para uma fascinante gravura na sala de jantar que retratava uma manada de elefantes.

WLevy —Minha irmã cuidou de decorá-lo, se estiver pensando nisso.

MPerroni —Eu estava. Não sabia que tinha uma irmã.

WLevy —Tenho. Sherlyn não pára quieta. É jornalista... Na maioria das vezes, trabalha como free-lancer em revistas, mas às vezes faz algo na televisão.

MPerroni —Ela mora aqui, na cidade?

WLevy —Los Angeles. Mas Sherlyn é do tipo que não cria raízes. Aparece de repente sem avisar e espera ser acolhida. A última vez que passou pela cidade, resolveu retribuir minha hospitalidade com essa decoração de safári pré-colombiano.

MPerroni —Eu gostei. As gravuras de leopardo, as cores escuras, os tons terra combinam com você, acho. Talvez Sherlyn o conheça mais do que imagina. Parece que o fato de alguém conhecê-lo muito bem o incomoda. William colocou a sacola sobre o balcão da cozinha e lhe lançou um olhar através do corredor. Ia responder, mas desistiu, com um resmungo quase inaudível.

Wlevy —Você devia trocar essas roupas molhadas enquanto eu ponho a mesa, Maite. Siga até a última porta, onde fica meu quarto. Pegue algo para vestir.

Ela saiu se aproximou e se apoiou no bar.

MPerroni —E se eu não quiser usar nada?

Wil esboçou um largo sorriso.

WLevy —Eu adoraria. Tudo bem, para mim. — Ele abriu a tampa do recipiente de penne a carbonara que pedira, deixando escapar um aroma delicioso. — Mas se você despertar meu outro apetite rápido demais, não pode reclamar porque você não tocará nisso aqui durante horas. Sem demora, Maite desapareceu no corredor, desabotoando a blusa.