Fanfic: Paixão incontrolável | Tema: LevyRroni

Willliam passou o resto da noite em claro, enquanto a bela Maite adormeceu a seu lado, ele a admirava e observava suspirando.  Amanheceu chovendo naquela manhã. Willl levantou-se cuidadosamente se preparou, fez uma ligação. Batidas de leve na porta e Will embarcou em um carro e saiu.

Elizabeth —Você pode ao menos me dizer o que ela quer? Um caso? Um amante? Um marido?

Willliam hesitou. Elizabeth Gutierrez, a nova esposa de seu parceiro, não o deixara em paz desde que telefonara de manhã para pedir um favor pessoal. Na verdade, ligara para o marido dela, Koko, mas ele saíra para a corrida matinal e não voltaria tão cedo. Will pensara em buscar o carro de Mai no estacionamento da escola e voltar para o apartamento o mais rápido possível. No entanto, quando percebeu que Elizabeth era sua única saída, alterou os planos. Já esperava pelo interrogatório e separara algum tempo para ele. Não que quisesse lhe contar algo, mas não pretendia lutar contra o impossível. Elizabeth era a mulher mais curiosa que já conhecera, depois de Maite, é claro, sobretudo quando o assunto não lhe dizia respeito.

WLevy —Um marido? Ela não quer isso nem de longe.

Elizabeth  —O quê? Você não pode ser um marido? Há algo que não tenha me contado?

Will tossiu e se sentou. Elizabeth era notável, inteligente e atraente, e ele entendia por que Koko se apaixonara tão depressa por ela. Mas tinha sérias dificuldades em respeitar a privacidade alheia.

WLevy —Não posso? "Não vou" seria mais exato. Além disso, não é o que ela procura.

Elizabeth mudou a marcha de seu carro e ultrapassou o farol vermelho no cruzamento.

Elizabeth  —A garota é solteira, nunca se casou e já passou dos 26. Você devia investigar as pistas, detetive. — Elizabeth baixou os óculos escuros e o observou com cuidado. O trânsito estava tranqüilo, típico de uma manhã de domingo.

WLevy  —Não é como está pensando, Elizabeth .

Elizabeth  —E você sabe disso após um encontro?

WLevy  —Foi um encontro longo. E já nos conhecíamos antes dele.

Elizabeth e Will haviam sido apresentado fazia pouco, mas ela era uma mulher arguta, que o compreendera desde a primeira vez em que se viram. Elizabeth saberia que momentos passados com Maite na sala de aula giraram apenas em torno do curso. Ele só invadira a vida pessoal de Maite na semana anterior.

Elizabeth  —Bem, já que Maite passou a noite em sua casa, acho que posso dizer que as coisas não são tão casuais assim. Will não queria ter contado que Maite dormira com ele, mas, mesmo que Elizabeth não fosse uma investigadora particular muito observadora, não teria deixado de ver a bolsa de Maite perto da porta, ou de entender por que Will lhe pedira para bater de leve quando viesse buscá-lo.

WLevy  —Ela dedicou a juventude a criar a sobrinha.  ele explicou. — Nunca esteve sozinha, e agora quer viver isso. Portanto, não acredito que queira um compromisso comigo.

Elizabeth  —Vou acreditar. Mas o que você quer?

WLevy  —Pegar o carro dela antes do meio-dia. Visão limitada, não acha? Estou tentando não pensar, Elizabeth . Esse é o ponto.

Elizabeth fez um esforço para ficar em silêncio. Koko se casara com uma mulher bonita e sagaz. Sabia quando devia se calar. Evidente que Will decerto acreditava que ela era um gênio, já que conseguira converter um solteiro inveterado como seu parceiro em marido. Fora Koko quem influenciara Will a trabalhar como detetive. Depois que se tornaram parceiros, Will sentiu que algo além de sua carreira mudara. Ele e Koko pareciam unha e carne. Ambos tinham relações limitadas com as famílias, ambos haviam abraçado a carreira militar para aperfeiçoar a disciplina e entrado para a polícia para servir à comunidade, não importava qual fosse o risco. Ou sacrifício. Abriram mão de relacionamentos estáveis, e tinham apenas casos. Porque transformar uma mulher em esposa de um policial não era uma forma de demonstrar amor. A não ser que fosse uma igual a Elizabeth , capaz de se proteger e se concentrar em seu trabalho, e deixar espaço para Koko fazer o dele. Era uma garota especial, sem sombra de dúvida.