Fanfic: Paixão incontrolável | Tema: LevyRroni

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A idéia de casar-se não representava um problema. A irmã fora casada uma vez, por alguns poucos meses, e Maite achava que Dulce nem se lembrava do nome do sujeito. Mesmo Any, com todas as noções de romantismo e namoros excitantes, jamais dera o grande passo. Porém, casamento parecia algo muito distante para Maite. Então, se decidisse mesmo seguir o conselho de Any, teria de encontrar um camarada descomprometido, interessado em continuar assim, apesar de... digamos... concordar em colaborar com ela.

MPerroni —Um homem versado em paixão, hein? Maite brincou, e afastou a idéia de que Wil poderia satisfazer suas necessidades.

Ter um caso com ele seria dar um passo grande demais. Deixara o jogo começar, por assim dizer.

Any —Alguém interessante no curso de redação?

Maite fez que não.

MPerroni —Há cinco rapazes na turma, no total. Dois ainda têm de cuidar das espinhas todas as manhãs, dois precisariam de Viagra e o outro está apaixonado por um motorista de ônibus chamado Gus. Não que eles não sejam muito amáveis, mas...

Any —...nenhum tem potencial. — Any ficou em silêncio, enquanto terminava o café. — E aquele curso da polícia comunitária que está fazendo? Não disse que o instrutor era um lindo?

MPerroni —O detetive  Levy? — Maite engoliu em seco.

Não estava surpresa por Any ter rastreado tão rápido aquele sobre quem tentava manter em segredo. Tentou rememorar a ocasião em que conversara sobre Wil com a amiga, mas desistiu. Todas as noites de terças-feira elas jogavam pôquer, tomavam drinques especiais e contavam todo o tipo de segredos. Mesmo se Maite tivesse feito um comentário rápido, o radar sexual de Any era algo comparável ao aparato da CIA. Tentar esconder dela algo relacionado a sexo seria inútil. Ainda assim, o lado lógico de Maite determinava que ela começasse seu aprendizado sexual com um homem doce, de fala mansa, talvez tímido, que atendesse suas necessidades e a ensinasse. Devagar. Um dia poderia chegar a um deus como William Levy. Não, ela fizera isso após vários drinques e uma noite insone. Wil era um gigante magnífico. Tinha um porte admirável, uma beleza provocante. Decerto tivera de alargar as mangas minúsculas da camisa pólo do Departamento Policial de Tampa, para que não impedissem a circulação sanguínea de seus enormes bíceps. E os olhos... penetrantes, claros, pareciam duas esmeraldas em um grosso aro de ouro. Belos, porém ásperos. Como a boca lábios carnudos. Wil não sorria muito, exceto por um sorriso discreto, um pouco mais acentuado no lado esquerdo.

Maite não conteve um suspiro sonhador que apenas Any testemunharia.

Any —Ah, sim... — Any recostou-se no sofá e cruzou os dedos na nuca, triunfante. — Céus, Mai, você ficou vermelha só de tocar no nome dele! É ele...  É esse detetive  Levy, sem dúvida. Sorriu triunfante pela descoberta.