Fanfic: Paixão incontrolável | Tema: LevyRroni

Todavia, Will soubera lidar com Any com facilidade.

MPerroni — Do que está rindo?  ele quis saber, ao seguirem para o estacionamento. A atmosfera estava quente e úmida. O clima estava bom, e quase não havia nuvens no firmamento. Mas a umidade da tempestade da véspera persistia, e Maite começou a transpirar. — Eu lhe agradeci por falar com Any? Maite perguntou, embora soubesse que não agradecera e que era o que devia fazer.

WLevy— Não mostraria gratidão tão rápida se fosse você. Não faz idéia do que falei para ela. Disse Will acariciando forte a nuca de Maite. 

O olhar malicioso dele não enganou Maite. Will protegia sua privacidade quase do mesmo modo que ela. Não contaria nada íntimo a Any; pelo menos, nada verdadeiro. Maite não o criticaria por inventar algo só para manter a amiga tranqüila.

MPerroni — Espero que tenha lhe dito que não vou ligar por algum tempo.

Will apontou para a fila onde estava estacionado o caro.

WLevy— Fiz isso. Ela não pareceu preocupada.

MPerroni — Any sabe que posso cuidar de mim, mas deve estar morrendo de curiosidade.

WLevy— Vai sobreviver.

Maite estudou o semblante dele, e imaginou se Will inventara umas cenas para abrandar Any, mas não chegou a nenhuma conclusão. Deu de ombros, e pensou que Any poderia se beneficiar com o silêncio de Will. Adorava a melhor amiga e admirava sua habilidade nas relações com os homens. Sabia manipulá-los, e uma lição de humildade não seria ruim. "Por falar em humildade..." Maite sorriu ao ver o belo carro esporte que comprara com a última publicação de seu livro. A tinta preta, coberta por uma camada de poeira, perdera o brilho que a atraíra tanto.

WLevy — Você não agüenta ver esse carro sujo, não é? — Will comentou, ao notar-lhe a careta.

MPerroni — Adoro esse automóvel. Fiz Dulce instalar um daqueles aparelhos para lavagem automática em casa só para mantê-lo sempre brilhando.

WLevy — Não tem quem lave o carro para você?

MPerroni — É tudo de que preciso: um bando de estranhos para cuidar de minhas coisas. Dulce tem uma comitiva. Cassie e eu cuidamos de nós mesmas. Há uma mulher que vem duas vezes por semana, só porque a casa é grande demais. Mas não há governanta, cozinheiro ou mordomo, a não ser quando Dulce vem para ficar um tempo.

WLevy — Não tem babá? Como você estudou, tendo de cuidar de um bebê?

Will apanhou as chaves, desativou o alarme e abriu a porta para Maite. Ela entrou e arrumou os pacotes perto dos pés.

MPerroni — Nós tínhamos alguém, mas quando terminei a escola resolvi cuidar de tudo. E você?

WLevy — Tive uma empregada, mas não gostava que mexessem em meus pertences. Por isso, faço tudo sozinho. É o preço de ser solteiro, creio.

MPerroni — Você faz tudo muito bem, para um homem. Sua mãe deve ter sido uma boa professora.

WLevy — Ela fez o melhor que pôde, garanto.

Will fechou a porta e travou-a. Maite observou que a sra. Levy fizera um trabalho e tanto. Will combinava qualidades raras: um cavalheiro e funcionário confiável, por um lado, e um aventureiro, por outro. Em algum lugar, atrás das duas imagens, tinha de existir o verdadeiro Willliam Levy.

MPerroni — Até agora você não falou sobre sua mãe.

Will pôs a chave no contato e afivelou o cinto, antes de responder:

WLevy — Minha mãe é especial. Um pouco submissa a meu pai, mas é feliz assim.

MPerroni — Fala com ela com freqüência?

Will franziu o cenho, e Maite percebeu que precisaria insistir. Não tinha visto nenhum outro sinal da expressão sombria que captara em seu olhar. O passado de Will e suas relações com a família e os amigos seriam a chave para entender o homem em que se tornara, que fora suspenso por quebrar a regra de nunca perder a cabeça. Will concordara em ensiná-la sobre erotismo, mas não parecia aberto a discutir assuntos pessoais. Maite queria descobrir o que ele buscava da vida, de que precisava. Ela desejava ter um relacionamento temporário com Will, mas não podia negar que ele estava se tornando muito importante en sua vida. Maite se preocupava com ele, e já há algum tempo. Conhecer os segredos de Will passou a ser sua prioridade. Ele parecia determinado a satisfazer suas vontades, sexuais e profissionais, mas mal lhe dera uma pista de como poderia retribuir.

MPerroni — Will?

Ele esboçou um de seus doces sorrisos e ligou o motor.

WLevy — Falo com mamãe mais ou menos uma vez por semana. Não conversamos nada de mais, só como vão as coisas, se estou bem, como está o tempo. Saber que não morri durante o trabalho a deixa feliz.

MPerroni — Ela parece ser uma pessoa doce.

WLevy — É a típica esposa de pastor, com um coração enorme.

Maite sorriu e Will observou o movimento fora do estacionamento.