Fanfic: Paixão incontrolável | Tema: LevyRroni

Ela apanhou uma jarra e dois copos, fez uma limonada e a pôs no freezer para gelar, enquanto trocava de roupa. Depois de arejar o chalé e ligar o ar condicionado, Will trouxe os pacotes do automóvel, inclusive a sacola de papel que ganhara de Elizabeth . Avisou que iria verificar as condições da canoa que o pai mantinha perto do riacho alimentado, segundo informou, pelas fontes de Homosassa e ligado a uma outra fonte cujo nome esquecera. Prometeu voltar num instante, para que Maite se apressasse em armar sua sedução.  Ela abriu o presente de Elizabeth primeiro. Admirou a quantidade de xampus, óleos de massagem e loções, todos com aroma e sabor de limão. Um nota manuscrita explicava que, se não fosse pela fruta, Elizabeth e Koko nunca teriam se conhecido. Engraçado, Will não mencionara nada sobre isso em sua versão da história...  Maite deu de ombros. Homens nunca prestavam atenção a detalhes românticos. Por sorte, naquele momento, isso não importava. Mas as intenções de Elizabeth eram tudo para Maite. Logo gostou dela e comparou sua interferência a algo que Any faria. O presente sexy poderia ser um acessório inocente de lavabo, ou o estímulo para uma tarde sensual. Poderia dedicar um livro a Elizabeth Gutierrez se as coisas saíssem como Maite planejava. Escolher a lingerie não era difícil, já que imaginara algo que combinasse com o tema do limão. Quando a vendedora sugerira tons em amarelo-canário e verde-esmeralda, Maite torcera o nariz. Contudo, ao ver os sutiãs meia-taça, os espartilhos rendados e as calcinhas, mudara de idéia. Reuniu as peças à pilha do que escolhera, junto com a camisola azul aberta até a coxa, cintas-ligas de seda e vários outros conjuntos de calcinha e sutiã. Todavia, a combinação de cores da camisola curta e transparente a inspirara. Tirou o jeans e a camiseta, passou uma das loções de limão pelo corpo e vestiu rápido a camisola. Will ainda não havia retornado quando ela ficou pronta. Então, tirou o suco do freezer, pôs um pouco de gelo, achou uma bandeja e levou tudo para a varanda dos fundos. Encontrou um cobertor verde, macio e limpo com aroma de cedro. Apanhou-o, pegou a sacola de Elizabeth e saiu à procura de Will. Ouviu algumas batidas, mas não podia vê-lo por entre as árvores. No entanto, era possível vislumbrar uma pequena clareira coberta de grama na ponta do riacho.

"Perfeito!"

Logo imaginou a cena. Quem dissera que não podia construir um cenário ideal para sexo e sedução? Franziu o cenho e reconheceu que só ela havia feito tal afirmação. Mesmo Any afirmara que a habilidade estava dentro dela, e que temia externá-la. Dois dias atrás isso era verdade, mas não nesse momento. Maite queria Will. E pretendia tê-lo. Apanhou a bandeja de limonada e encheu um copo. Will entrou pelo outro lado da cabana. Maite o ouviu chamar seu nome, primeiro de modo suave e em seguida em voz alta. Percebeu que olhara pela janela. Então, ele veio ao seu encontro. Ela não se virou. Apenas fechou os olhos e aproveitou a sensação que a proximidade dele causava em sua pele. O aroma forte dos pinheiros, misturado ao de limão, criava um perfume fresco e agradável, realçado pelos raios de sol do final da tarde.

WLevy— O que é isso, Maite?

O sussurro dele arrepiou os cabelos de sua nuca. Will jogou uma toalha que usara para secar as mãos, e se ajoelhou ao lado dela.

MPerroni— Uma surpresa. — Maite estendeu-lhe um copo de limonada. — Você deve estar com calor e com sede.

Will não reagiu. Por isso, ela ergueu a borda do copo até seus lábios. A condensação deixara o copo escorregadio. Maite quase o deixou cair, distraída pelo desejo.  Ele tomou um longo gole.

WLevy— Acertou em cheio — cumprimentou-a, observando as curvas cobertas pelo tecido transparente.

Triângulos gêmeos mal cobriam os seios... e ela sabia que bastava um leve puxão para ficar nua. Mas se se rendesse à tentação, não atingiria seu objetivo. O prazer dele primeiro. Por sua conta. Maite pôs o copo na bandeja e se pôs a andar, devagar, ciente de que a camisola escorregara, e mal lhe cobria as costas. Apanhou um óleo de massagem aquecido pelo sol e pôs um pouco sobre a palma da mão. Esfregou as mãos uma na outra. Só queria que ele soubesse que seria o primeiro.

MPerroni— Não sei quanto a você, mas meus músculos não estão acostumados àquele tipo de estrada. Uma massagem seria excelente.

Will tentou alcançar o óleo, mas Maite o impediu. — Já fizeram massagem em você?

WLevy— Não é a coisa mais incomum do mundo.

MPerroni— Muitos massagistas se ofenderiam com esse comentário, Will.

WLevy— Você tem formação nessa área?

MPerroni— Não, mas matei um em meu terceiro livro...

WLevy— E isso a faz mais experiente do que eu?

MPerroni— Talvez sim. Talvez não. Eu tenho o óleo em minhas mãos, e você está vestido demais.

Will tirou a camiseta pólo. A visão de seu peito nu a deixou sem fôlego. Ela já o vira sem camisa. Aliás, já o vira nu. Mas aquele físico perfeito jamais deixaria de acelerar seu coração.

WLevy— Pensei que eu estava no comando. — Ele esboçou um sorriso suave.

MPerroni— Você poderá ficar, logo, logo. Primeiro, deite-se, fique à vontade, e aí comece a dar as instruções.

Will obedeceu. Maite o observou deitado sobre o cobertor, e achou que o jeans poderia atrapalhar. — Precisa afrouxar a calça, Will.

WLevy— Afrouxar ou tirar? — Você manda.

Will riu, pois sabia que não estava no comando, mas não discutiria com uma mulher sexy vestida numa camisola sensual, cheia de más intenções. A cerca-viva que o sr.  Levy tentara remover sem sucesso para dar visão para a água desde a varanda estava densa como nunca. Will livrou-se da calça e da cueca, satisfeito por aquela privacidade. Deitou-se de bruços no cobertor, e achou uma posição confortável. Queria aproveitar o que Maite tinha em mente. Ela subiu em suas costas. Por um momento, Will pensou que sentia a pele úmida e quente, mas a sensação passou quando ela encostou as mãos em seus ombros. Afinal, Maite estava de calcinha. Will relaxou, imaginando como seria sua lingerie. Decerto com cores vivas. Amarelo-limão e verde. As alças finas em seus ombros. Triângulos de um material fino cobrindo-lhe os seios perfeitos. Salivou ao se lembrar do gosto doce da limonada. Será que Maite teria o mesmo sabor? Ela passou o óleo morno com firmeza. Massageou os músculos do ombro, usando os polegares e a palma das mãos. Will gemeu de satisfação.

MPerroni— Até que não sou ruim, para uma aprendiz, não é?

WLevy— Você tem um talento nato. Eu sempre disse isso. Maite parou para pegar mais óleo e recomeçou a massageá-lo. Traçou um caminho ao longo da espinha, e se moveu para trás, para apoiar o peso sobre as coxas dele. O desejo de Will crescia. Moveu-se, gemendo de encontro à coberta. Maite estava tão perto... Ele só precisava se virar para experimentar a euforia de sentir-lhe as mãos lisas e habilidosas acariciando-o com o mesmo fervor que dedicara a suas costas. Ela desceu mais um pouco, sentou-se sobre os joelhos dele e passou as mãos por suas pernas. Em seguida, inclinou-se para a frente, para beijar a base da espinha. — Maite... O sangue corria rápido pelas veias dele. Will só podia sentir a língua fazendo círculos sobre sua pele.

MPerroni— Sim, Will?

WLevy— Pare.

MPerroni — Por quê? Você trouxe o presente de Elizabeth . Não era isso o que planejava?

Ela tocou suas coxas e seus quadris. Embora zonzo de paixão, Will conseguiu falar:

WLevy — Não exatamente.

Maite parou de tocá-lo, e ele praguejou em voz baixa.

MPerroni — Ah, está certo... Você manda. Bem... — Ela saiu de cima dele. — ...essas são as regras. Que pena! Acreditei que podia acrescentar algo novo a nosso joguinho.

Will virou-se e viu o olhar misterioso dela. Soube que fora tolice fazê-la parar. Em algum lugar em seu íntimo, além da onda de desejo, existia um grande plano para ensiná-la sobre erotismo. mas a quem queria enganar? Maite possuía suas próprias idéias. Tinha algo que queria ensinar sobre sensualidade, e ele não podia esperar para aprender. Will entrelaçou os dedos na nuca e sorriu.

WLevy — Sou todo seu.

MPerroni — Todo? — As pupilas dela cintilaram.

WLevy — Sou um homem, Maite, não um monge. Se você quer tomar conta do jogo por um momento, não estou em condições de discutir.

Ela olhou para baixo, e observou-o.

MPerroni — Pode ser que não, mas está em condições perfeitas para o que planejei, Will.

E deslizou uma das pernas por cima dele, deixando entrever a abertura no centro de sua calcinha. Ajeitou-se, morna e úmida, sobre o abdome firme e colocou mais óleo nas mãos.

WLevy — Vamos aprender mais um pouco sobre beisebol...