Fanfic: Paixão incontrolável | Tema: LevyRroni

Any entrou na casa, e Maite suspirou. Concentrou-se em sua tarefa, sem esperar que a amiga a ajudasse. Any, decerto fora ler e tomar um refrigerante, até que Maite voltasse.  Ao olhar em direção da casa, viu uma sombra do outro lado do carro.

Recostado em uma parede de tijolos, vestido com um jeans gasto e uma camiseta branca, Will a fitava com a expressão mais séria que já vira, poderia perceber de longe que ele estava muito nervoso. Apertava os lábios de uma forma Will de ser. Maite soltou o esfregão e fechou a torneira, procurando ganhar tempo enquanto sua pulsação acelerava.

MPerroni— Como você entrou aqui? — ela quis saber.

Afinal, morava em um lugar seguro e protegido.

WLevy— Mostrei meu distintivo ao segurança.

MPerroni— Pensei que estivesse suspenso.

Will sorriu sem nenhum humor.

WLevy— Estava até esta manhã. Meu supervisor me ligou. Recebi uma advertência, e terei de freqüentar um curso de controle da violência. Mas posso retornar ao trabalho, se quiser.

MPerroni— Se quiser?

Não era a primeira vez que Maite ouvia Will citar as dúvidas sobre sua profissão, mas, agora que fora chamado de volta sem grandes conseqüências, não podia deixar de questionar sua postura. E havia a questão do porquê de ele estar ali. Maite não negava que se escondera de Will. Suas emoções se achavam à flor da pele, e sentia muito medo. Will declarara seu amor a ela, e, mesmo tendo ficado juntos apenas dois dias, sabia o significado disso. Ele não costumava expor-se sem pensar bem, ou sem estar seguro. Will a amava. Ela acreditava nisso. A verdade, porém, permanecia a mesma: não poderia deixar que o sentimento dele ditasse a direção de seu destino. Maite pendurou o esfregão em um gancho na parede e torceu um trapo. Colocara sabão demais no balde, e a mistura ficara pegajosa, o que a fazia lembrar o óleo de massagem que usara em Will. Suspirou. Não podia pensar nisso. Não podia vê-lo ali, e ponto final. Não se quisesse seguir seu plano, experimentar a independência pela primeira vez. Não, se tinha alguma esperança de escapar à armadilha para a qual seu amor por Will a atraía.

WLevy— Acho que nós dois temos muito em que pensar Maite.

Ela mordeu o lábio e tentou disfarçar o quanto ele era importante. Chegara à conclusão de que o amava que queria passar o resto de seus dias com ele. Que desistiria de seu sonho de independência com alegria, para passar mais tempo em seus braços. No entanto, resistia em confessar isso a Will. Achava que tal afirmação soaria ridícula e contraditória em relação a tudo o que desejara para si e seu futueo. Só o conhecia há dois dias. Será que não buscava nele um modo de não ficar só? Ou deixava que o desejo guiasse seus passos?