Fanfic: Paixão incontrolável | Tema: LevyRroni

Maite colocou a palma das mãos sobre a caixa a sua frente, como em um alegre ritual. Ignorou as vozes que vinham das mesas a sua volta. Dessa vez não tinha de fazer uma prece. Havia muito tempo o livro fora aceito, e ela recebera o adiantamento. Mas, após seis meses de produção e algumas revisões, seu primeiro romance erótico, cujo objetivo era fazer de Maite Perroni um nome consagrado, logo iria para Nova York.

Graças a um charmoso policial chamado William Levy, tivera momentos de poder de sedução e erotismo para tornar seus encontros incrivelmente ardentes.

Claro, após seis meses com Will, Mai não só acreditava em momentos quentes como achava que eles haviam feito grandes progressos em dar um novo sentido ao termo. Suspirou de alívio, colocou o manuscrito em sua bolsa e fez, da mesa no fundo do restaurante texano, um sinal para o garçom. Consultou o relógio e verificou que tinha apenas trinta minutos até a primeira aula da nova turma de redação na Universidade. O suficiente para realizar a cerimônia que ela e Any inventaram anos atrás, quando eram desconhecidas e lutavam para fechar um negócio.

Cobriu-se com o suéter. Sabia que deveria pedir algo mais forte do que a margarita gelada habitual, mas não brincava com superstições. Um brinde à pessoa que mais influenciara seu livro, e colocaria o manuscrito no correio mais próximo. Esperaria pelo melhor, e se aqueceria mais tarde.

Tornou a consultar o relógio. Onde estava Will, afinal?

WLevy— Então, o que vai ser?

Maite sorriu ao reconhecer a voz dele, e virou em sua direção.

MPerroni— Uma margarita.

WLevy — Morango?

MPerroni — Clássica.

Will fez o pedido para o garçon, que atendeu de imediato. Sim, senhor, se quisesse, Will poderia dominar o mundo.

Ele se sentou. Estava mais charmoso que nunca com a jaqueta de couro que ela lhe dera no Natal.

WLevy — Você não tem de dar uma aula em meia hora? — Will perguntou.

Maite passou os dedos pelo couro macio, impressionada. Contara a ele sobre sua rotina, mas não esperava que Will se lembrasse de detalhes. Não em meio ao turbilhão em que vivia.

Namoravam fazia seis meses. Saíam como um casal normal, e faziam amor como se fossem os dois últimos seres humanos vivos na face da terra.