Fanfic: Paixão incontrolável | Tema: LevyRroni

Enquanto isso, Will tivera problemas no trabalho. Mudara duas vezes de departamento e até ocupara um cargo administrativo em uma escola problemática para tentar redescobrir o amor pela carreira policial. Maite estivera tão envolvida em seu livro que não sabia qual fora sua decisão. Assim como tinha de aprender a viver por conta própria, Will insistira que tinha de tomar sozinho decisões sobre a profissão. Quando Maite ligara para ele para contar que até que enfim acabara a revisão e tudo estava pronto, Will insinuara que se decidira por outra mudança que pretendia que fosse definitiva.

MPerroni — Primeiro dia de aula. — Maite sentiu um frio na barriga. — Sempre fico um pouco nervosa. A margarita terá dupla utilidade: comemorar o livro e me acalmar. Como se fosse uma deixa, o garçom serviu os drinques. Havia sal e limão na beira dos copos gelados. Maite tirou o canudo e ergueu o copo. Will fez o mesmo. — A você, Willliam Levy. Minha inspiração. Meu professor. E o melhor amante que uma mulher poderia ter.

Will deu um sorriso suave e ficou um pouco ruborizado. Maite perdeu o fôlego com o sorriso dele. Ele ergueu o drinque na direção dela.

WLevy— A você, Maite Perroni. A mulher mais fantástica que já conheci. Minha inspiração, minha professora... — Pigarreou. — ...e com certeza a amante mais generosa e cheia de vida que um homem pode desejar, porque você é tão linda? Os olhos se encontrão como Sol e a Lua enamorados!... Os copos se tocaram, e o som significou tanto para Maite que ela quase não conseguiu dar seu primeiro gole. Pudera alcançar todos os objetivos, e Will lhe dera tempo e espaço para resolver seus assuntos por conta própria. Não achava que seis meses eram tanto para uma garota com sua história, mas seriam suficientes. Ela não ficaria mais jovem. Will não fizera nenhuma tentativa de mudar o acordo, mas no fundo Maite sabia que chegara a hora.

Tomou um grande gole e pegou a bolsa. Apanhou uma caixinha de jóias e colocou na frente de Will.

WLevy— O que é isso?

MPerroni— Abra. Will pegou o pequeno estojo, e Maite sentiu um nó na garganta. Nunca, desde que presenteara Will com um livro, meses atrás, fizera algo tão arriscado. Mas era isso o que mulheres fortes e independentes faziam, não era? Tocavam a vida e ficavam no comando de uma relação. Will abriu a tampa e ficou aturdido. Olhou-a com uma expressão indecifrável. — Leia o bilhete, Will. Acho que sou melhor escrevendo.

Ele pegou o pedaço de papel. Maite fechou os olhos. Memorizara a mensagem que escrevera após cinqüenta tentativas frustradas.

Uma vez Will lhe dissera que seguia o princípio de manter as coisas simples, quando estava lhe ensinando a arte do amor. Maite tomara emprestada sua idéia e escrevera apenas duas palavras.

WLevy— "Case-se comigo" — ele leu alto e fez uma pausa até ela abrir os olhos. — Sempre achei que eu iria fazer o pedido. Você inverteu os papéis?  Perguntou ele sorrindo.

Ela se inclinou para a frente, e quis tocar suas mãos.

MPerroni— Isso importa? Quero passar minha vida com você, Will. Todinha, cada minuto. Sua pulsação estava acelerada, e as mãos trêmulas.

WLevy— Cada minuto? Você não vai trabalhar muito, desse jeito.

MPerroni— Sabe o que quero dizer. Case-se comigo, Will.

Ele a beijou, sem pressa alguma. Quase derrubou as bebidas, e até a mesa. Quando pararam, todos no restaurante aplaudiram. Talvez ela tivesse falado mais alto do que pretendia...

Os dois riram, acenaram e ficaram em silêncio, como em um mundo particular, apesar dos comentários e de o barman ter dito que os drinques eram por conta da casa.